Autor: Stephen King
Páginas: 479
Ano: 2017
Editora: Suma de Letras
Gênero: Sobrenatural, Thriller, Horror
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:
Resenha:
Ano: 2017
Editora: Suma de Letras
Gênero: Sobrenatural, Thriller, Horror
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Nota:
Sinopse: Depois de quatro anos e meio, John Smith acorda de um coma causado por um acidente de carro. Junto com a consciência, o que John traz do limbo onde esteve são poderes inexplicáveis. O passado, o presente, o futuro – nada está fora de alcance. O resto do mundo parece considerar seus poderes um dom, mas John está cada vez mais convencido de que é uma maldição. Basta um toque, e ele vê mais sobre as pessoas do que jamais desejou. Ele não pediu por isso e, no entanto, não pode se livrar das visões. Então o que fazer quando, ao apertar a mão de um político em início de carreira, John prevê o que parece ser o fim do mundo?
Após sofrer um terrível acidente de carro, John Smith fica quase cinco anos em coma. Quando acorda, o jovem professor descobre que possui poderes paranormais que vão totalmente de encontro a tudo que já foi provado pela ciência.
John é capaz de descobrir fatos do passado, presente e futuro ao tocar uma pessoa, e embora todos ao seu redor considerem isso um dom, o professor vê seus poderes como algo amaldiçoado.
Porém, começa a ser difícil reprimir esses poderes quando, ao tocar em um político em ascensão nos Estados Unidos, John vislumbra um futuro mórbido para a população americana. A questão é: usar ou não seu dom para impedir que essa visão se torne realidade?
A Zona Morta aparentemente é uma das obras mais cultuadas do autor, e depois de conferi-la acho que eu preciso concordar.
Peguei o livro um tanto receosa, afinal é apenas o segundo livro dele que leio.
Trata-se de uma história bastante centrada no cenário político dos EUA na década de 70, e confesso que eu fiquei confusa com algumas referências que eram feitas, mas nada que não dê para entender.
"Todos nós fazemos o que podemos, e isso tem de ser o bastante...e se não é bom o bastante, temos de continuar fazendo."
Percebe-se que o autor quis fazer uma grande crítica ao período eleitoral que se seguiu à queda de Nixon e utilizar um pouco de sobrenatural para contar essa história denotou uma criatividade que eu achei incrível!
Jonhnny é um protagonista cativante. Quem não teria empatia por uma pessoa que no auge da sua juventude sofre um acidente e perde cinco anos da sua vida? Acredito que isso deixaria qualquer um abalado, ainda mais se depois de acordar a pessoa descobrisse que tinha dons muito loucos.
"Não há nada que não possa ser encontrado."
E a relação do personagem com seus poderes é outro ponto chave que foi construído com maestria. John não gostaria de virar o centro das atenções, mas como fugir desse destino quando o futuro de toda uma nação está em suas mãos?
A obra é dividida em três partes, e demora um pouco para que as coisas comecem de fato a acontecer, mas quando o negócio fica bom, fica bom pra valer! Não se trata de um livro leve, inclusive já aviso que a histórica possui muita violência.
"O vento, que pareceu tão quente e próprio do verão, tinta agora o frio de fevereiro ao bater em suas faces úmidas."
Gostei também que outros personagens possuem caracterizações tão densas quanto a do protagonista. Os pais de Jonhnny me divertiram muito ao longo da leitura, e mais para a metade vamos conhecendo outros pessoas que marcam muito a vida do rapaz.
Para mim essa história se encerrou exatamente da forma que deveria. Como já é característico do autor, o desfecho soa dramático e muito triste.
"As primeiras lágrimas, vagarosas e escaldantes, começaram a chegar."
A Zona Morta se utiliza de uma trama que mistura muito bem política e ficção científica, o autor nos mostra como a manipulação é capaz de fazer as pessoas colocarem monstros no poder.
Estou virando fã do cara gente!
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