Autor: Marcel Proust
Páginas: 528
Ano: 2022
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Ficção, Romance
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Classificação Etária: 16 anos
Nota:
Sinopse: Publicado pela primeira vez em 1919, À sombra das moças em flor é o segundo dos sete volumes que compõem o romance À procura do tempo perdido e aquele que rendeu a Marcel Proust o prêmio Goncourt.Ambientado em Paris e na praia imaginária de Balbec, na Normandia, o livro trata da adolescência e do amor juvenil – desde a relação do Narrador com Gilberte Swann até a descoberta de um novo universo de sensações e seu deslumbramento pelas moças que dão título ao romance. É ainda nessas páginas que são introduzidos outros personagens decisivos, como Albertine, Robert de Saint-Loup e o barão de Charlus.De acordo com Rosa Freire d'Aguiar, que assina a tradução, a introdução e as notas desta edição, a obra "revela um observador excepcional que desmonta as engrenagens de todos os aspectos de nossa vida, impressões e emoções, palavras e gestos, cheiros e suspiros."
Este livro foi cedido pela Editora Companhia das Letras, porém as opiniões são completamente sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora.
Resenha:
Olá praticantes de Livroterapia
Hoje minha indicação de leitura é de um clássico da literatura, que acabou de ganhar uma nova edição de luxo, pela editora Companhia das Letras.
À Procura do Tempo Perdido, volume 02 – À Sombra das Moças em flor do autor francês Marcel Proust, faz parte de uma das obras literárias mais famosas, composta por 07 volumes, possui a força de uma narração poética, e que marcou o mundo, sendo uma referência imensa, até os dias de hoje.
A resenha do primeiro livro, você encontra clicando na imagem abaixo:
A nova edição recebeu um projeto gráfico impecável, capa dura e uma nova tradução, além de notas do tradutor.
Um fato interessante é que cada volume está sendo traduzido por pessoas diferentes, que além da tradução escrevem a a introdução e notas, deste segundo volume temos Rosa Freire d’Aguiar que pontua o livro como:
“… revela um observador excepcional que desmonta as engrenagens de todos os aspectos de nossa vida, impressões e emoções, palavras e gestos, cheiros e suspiros.”
E não posso deixar de concordar demais com ela.
À Sombra das Moças em flor, é um livro clássico, que poderia existir por si só, mas está preso dentro de uma obra ainda maior, ele precisa ser lido com uma calma de quem lê para sentir e buscar entender os mistérios sobre a vida cotidiana. Gostei muito da nova tradução, é dessa vez enquanto lia, eu pensava que estava lendo algo pela primeira vez, porque não me lembrava muito deste volume pela leitura de décadas atrás.
À Sombra das Moças em flor, nos faz acompanhar nosso narrador em sua jornada através das memórias e dessa vez o foco está na adolescência e nas experiências vividas em férias idílicas em uma praia com família e novos amigos, novos amores, e um pouco da vida em Paris na mesma época.
Aqui preciso fazer dois adendos:
Primeiro, Proust, veio de uma família rica, mãe herdeira e pai médico então ele mesmo viveu o frisson da vida em Paris nos altos círculos, com férias em lugares paradisíacos e vivendo a vida dos ricos que muito pouco precisam enfrentar empecilhos para conseguir o que querem e isso marcou sua escrita e como encaro muito desse clássico é uma autobiografia.
Segundo, estava debatendo o primeiro livro com um amigo e ele me jogou essa bomba: todas as moças e interesses românticos do narrador não são mulheres! E aqui fui eu, ler este livro com essa frase, os nomes todos podem ser masculinos, estamos falando afinal de nomes franceses, sua ambiguidade notória nesse departamento, e nos outros livros houve muitos momento que a Vivian do passado pensou que havia sim essa possibilidade, mas não se aprofundou muito nisso… Agora aqui estou eu, relendo e vendo como toda a obra À procura do tempo perdido, pode ser ainda mais profunda e pode se revelar leituras diferentes a cada público!
Por isso é um clássico atemporal!
Em À Sombra das Moças em flor, segue o ritmo da escrita de Proust, capítulos longos, parágrafos que são capítulos e etc, isso pode ser um desafio para a leitura, mas recomendo persistir e ler com calma (não façam como eu que reli ele em dois dias, não façam hahahh)
Como moradora de uma cidade praiana, eu me conectei muito com as memórias dele das praias, das sensações de viver esses dias idílicos de férias, conhecer pessoas novas de diversos lugares, os amores fugazes (que como dizem por aqui: não sobem a serra!), toda a sensação de paz e ao mesmo tempo de energia que se tem estando em contato com a natureza e o mar.
É um livro denso, mas de certa forma muito doce e nostálgico.
Dividido em duas partes:
Primeira Parte: Em torno de Madame Swann
Segunda Parte: Nome de terras: a terra.
Personagens importantes para os próximos volumes surgem aqui: Albertine, Robert de Saint-Loup e o barão de Charlus.
A relação do Narrador com Gilberte Swann é de uma beleza ímpar, apesar de ser sim, uma relação cheia de ambiguidades, as vezes me traz uma sensação de relação totalmente inapropriada, outras me deixo levar pela época da escrita e não vejo nada tão errado. Esse segundo volume é cheio de memórias de descobertas de sensações, emoções e sentimentos que moldaram o narrador no futuro.
À Procura do Tempo Perdido, tem 07 volumes, foram escritos há mais de 100 anos e são um relato interessante da vida da época, é a Magnus Opus do autor e tem um que de autobiografia, não somente pelo nome do narrador, mas Proust também foi um jovem de saúde frágil e amante das artes. Dedicou muito dos seus dias na escrita, e viu apenas os 04 primeiros volumes publicados em vida.
É uma indicação para quem gosta de ler clássicos, livros mais intimistas, com uma jornada poderosa de crescimento e descobrimento.
Espero que tenham gostado da indicação e até a próxima.
Gente do céu, eu não imaginava esse clássico atemporal nessa edição tão linda! Fiquei aqui encantada com o que li acima, com essa jornada épica.
ResponderExcluirMe lembro vagamente sobre o livro. A tal da época escolar forçada. Mas nunca tinha pensado por esse prisma dos nomes e fiquei ainda mais intrigada(não me lembro de nenhum dos nomes)
Com certeza se puder, quero muito reviver ou melhor, viver essa parte da história novamente!
beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Um clássico mesmo!
ResponderExcluirAchei o título tão lindo! Poético!
Genial a ideia de cada volume ser traduzido por uma pessoa diferente.
Seu amigo tem razão...os nomes franceses são ambíguos
Eu já informei que não conheço essa serie de livros mas dogo que parecr ser lindo de se acompanhar.
ResponderExcluirRelembrar momentos de nossa vida é na maioria das vezes emocionante e quando é de um tempo na praia e com novas amizades deve ser melhor ainda. Gostando demais de conhecer essas histórias de Proust através daqui.
É tão interessante o quanto uma releitura pode nos apresentar uma nova visão de uma obra, por vezes quase completamente diferente da primeira que tivemos.
ResponderExcluirDanielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br
Uma surpresa esse segundo ponto sobre os nomes, principalmente pelo livro ter sido escrito a mais de 100 anos.
ResponderExcluirUm livro é tanto.
Vivian!
ResponderExcluirConfuso esse lance dos nomes, né?
Amo os clássicos e ainda não li esse.
Bom poder acompanhar as memórias e sentimentos do protagonista.
cheirinhos
Rudy
Ola
ResponderExcluirNão conhecia esse clássico. Foi escrito há tanto tempo .Achei intrigante o lance dos nomes.
Gostei do título do livro!!não conhecia esse clássico e ele foi escrito há tanto tempo né. E esse lance dos nomes hein
ResponderExcluirOlá! Um livro que possui muitas camadas, e que tem tanto a nos transmitir que é preciso ir além e descobrir mais sobre essa história.
ResponderExcluirQue Serie grande, mas acho que vale a pena. Não conhecia essa história e nem ao autor, mas è válida fazer pesquisa sobre a série.
ResponderExcluir