Autor: Stephen King, assinando como Richard Bachman
Páginas: 288
Ano: 2023
Editora: Suma
Gênero: Distopia, Ficção, Suspense e Mistério, Terror.
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Classificação Etária: 16 anos
Nota:
Sinopse: Contrariando a vontade da mãe, o jovem Ray Garraty está prestes a participar da famosa prova de resistência conhecida como A Longa Marcha, que presenteia o vencedor com “O Prêmio” ― qualquer coisa que ele desejar, pelo resto da vida.No percurso anual que reúne milhares de espectadores, cem garotos devem caminhar por rodovias e estradas dos Estados Unidos acima de uma velocidade mínima estabelecida. Para se manter na disputa, eles não podem diminuir o ritmo nem parar. Cada infração às regras do jogo lhes confere uma advertência. Ao acumular mais de três penalidades, o competidor é eliminado ― de forma “permanente”. E não há linha de chegada: o último a continuar de pé vence.
Este livro foi cedido pela Editora Suma, porém as opiniões são completamente sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora.
Resenha:
Olá praticantes de Livroterapia.
“Viver um pouco mais. Viver um pouco mais. Viver um pouco mais.”
Prontos para a nossa dose de Stephen King do mês?
E dessa vez é uma dose levemente diferente.
Eu trago o super lançamento da Editora Suma, A Longa Marcha, que é o primeiro livro da nova coleção da editora, que estará lançando em novas edições, com direito a traduções novas, novos projetos gráficos, todos os livros do Mestre Stephen King, que ele assinou e publicou sob o pseudônimo de Richard Bachman, nome que o mestre usou entre os anos 1977 a 1985, para publicar livros que ele mesmo definiu como histórias angustiantes e surpreendentes e por alguns motivos editoriais, porém, que ao ser descoberto a ligação do pseudônimo com o mesmo, King, “matou” Bachmam.
“King: Repito, que bom que não matei ninguém, hummm?”
A longa Marcha foi publicado originalmente em 1979, cinco anos após Carrie, que já era um sucesso, e foi essa notoriedade um dos motivos que fez King escolher um pseudônimo para seus livros.
A nova edição da SUMA está impecável, lindo projeto gráfico, letras confortáveis, e tradução de Regiane Winarski, que é a responsável pelas traduções do King para a editora, e tem um dos melhores trabalhos de tradução dele que já li.
Essa nova série está sendo entregue como: Os livros de Bachman: A Longa Marcha.
A história está dividida em 03 partes: Começando, Seguindo pela Estrada e O Coelho.
E acompanha um grupo de 100 jovens, que se inscrevem na Longa Marcha, uma tradição anual que consiste em este grupo, que após a inscrição são sorteados de forma aleatória para marchar pelas estradas, sem parar... E quando digo sem parar, é mesmo sem parar para nada, alimentação, necessidades fisiológicas devem ser tudo realizadas andando, quem dormir é bom que durma andando, pois se parar a marchar por mais de dois minutos, nunca mais vai levantar...
“... Eu entrei nessa merda de Longa Marcha como os caras entravam na Legião Estrangeira. Nas palavras do grande poeta do Rock ‘n’roll, eu dei meu coração a ela, e ela o destruiu, e quem se importa?”
E é isso que posso falar da trama, pois vocês precisam ler, para entender a angustia que é essa leitura. Eu não li, eu participei da marcha, eu me conectei com a vida desses jovens, com o destino deles, com o absurdo que é a marcha, e eu precisava de respostas, o livro inteiro, King, como sempre vai soltando informações sobre a Longa Marcha, o que faz os jovens a se inscreverem, os prêmios, dinheiro, tudo o que desejarem? Existe algum contexto fantástico para o premio?
E temos Garraty, um garoto do Maine, um dos concorrentes, e através de quem marchamos pela leitura. Seus desejos, sonhos, tristezas e desilusões, é ele quem nos apresenta os demais competidores, amamos e os odiamos, pelo ponto de vista dele.
Ah, esqueci de dizer, você não pode parar de marchar, e marcha até só sobrar um...
Ai está o terror mordaz dessa leitura, pois sabemos que de 100 personagens, apenas 1, termina o livro vivo, quem será? Iremos ver o final da marcha? Ou teremos mais um livro de King de final aberto, quando nosso narrador, não agüentar e parar...
Deixo esses detalhes para vocês, espero que leiam, pois realmente foi um livro que me pegou de jeito.
“- Por que você não me ajuda a decidir?- Claro. Qual é o tema da decisão?- Quem está na jaula? Nós ou eles?”
Temos uma narrativa bem descritiva, acompanhamos as dores físicas, emocionais e o desmoronamento desses jovens competidores, vemos favoritos enlouquecerem, vemos desconhecidos aguentarem mais do que eles mesmos imaginavam, e tudo isso, temos vislumbres de uma sociedade doentia. King, tem suas criticas a sociedade, a reality shows (já em 1979), a fome do publico em acompanhar tragédias e assassinatos, tudo isso muito bem mesclado a uma trama, poderosa e densa.
Achei um livro muito bem escrito, com uma narrativa que precisa sim, ser lida com calma e absorvida e uma história de pessoas comuns, que tiveram uma péssima escolha de atividade física.
A Longa Marcha, já se encontra em algumas livrarias físicas e em pré-venda. Sua data oficial de lançamento é 13 de janeiro, sim, a primeira sexta-feira 13 do ano, e é um livro distópico com um terror pessoal, que recomendo para todos, os fãs do gênero, e aqueles que gostariam de começar a ler.
Porque digo terror pessoal? Não temos nenhum vilão, toda a história é sobre um terror, e cada perda, tiro, alguém parando de andar, é o vilão deste livro!
Espero que tenham gostado da indicação e até a próxima.
Quinta feira mal começou e já tenho dois fardos para resolver. Um aqui, na minha meleca de vida pessoal...e outra, a rainha trazendo King logo de manhã, em uma resenha que já me deixou agoniada com isso de ficar andando sem parar. Carambola, tô véia, minhas pernas não aguentariam meia hora. Já senti a angústia e claro, a curiosidade em saber se haverá um vencedor ou o final deixa sempre uma pergunta, como a maioria dos livros do Mestre.
ResponderExcluirQuero? Claro!
Tenho dinheiro? Não!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
É bem comum os autores usarem pseudônimo quando querem se arriscar em um estilo diferente....
ResponderExcluirAngustiante e cansativo são as únicas coisas em que consigo pensar lendo esse post...
Marchar em determinado ritmo sem parar....
Não tenho coragem de ler terror mas coloquei em minha meta conhecer a escrita do King, pois sei que ele escreveu outros gêneros.
ResponderExcluirEsse livro realmente parece ser bem angustiante, não sei se consigo ler mas confesso que fiquei mexida com essa resenha.
Tenho um amigo que só leu esse do king e eu tinha muita vontade de ler, só que não tinha edição brasileira e quando anunciou comemorei muito. Esse livro me animar muito para a leitura.
ResponderExcluirEsse livro me parece um tanto aflitivo, deve dar a maior agonia, uma sensação de que também não podemos parar junto com os participantes.
ResponderExcluirDanielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br
Vixe caminhar sem parar? O homem tem idéia pra tudo hein? Só de ler que o livro é angustiante já me deu uma coisa kkk não é uma leitura para mim.
ResponderExcluirVivian!
ResponderExcluirInteressante ver que King, há tantas décadas atrás, já trazia esse 'terror pessoal' como crítica social e que continua até hoje.
Deve ser um livro angustiante, acompanhar cada corredor ir ficando pelo caminho.
Acredito que o narrador é o único que fica vivo, será?
cheirinhos
Rudy
Vivian, deu pra sentir a angústia do livro só de ler a sua resenha, caramba! Eu não curto o King, já tentei ler inúmeras vezes mas a escrita dele não me convence, tirando o fato que eu não sou muito fã do gênero, então... Mas esse parece um livro que nunca pensaria que ele fosse escrever, que história interessante, bom vou ter que perguntar pra alguém todos os spoilers porque não tenho coragem de ler. Cheirinhos de livro novo.
ResponderExcluirEsse livro è daqueles que causa sensações péssimas no leitor, mas mesmo assim a gente quer ler até o final. Amo as histórias de King, sempre se supera e surpreende.
ResponderExcluirOlá! Bacana ter a oportunidade de ler esses livros do King, mesmo que eles tenham esse tom assim mais dark, incrível (e assustador) como uma história escrita em 79 ainda consegue ser atual, e que mesmo em um gênero como terror o autor consiga nos fazer refletir e inserir criticas a nossa sociedade.
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