A Cidade de Vapor - Carlos Ruiz Zafón

Título: A Cidade de Vapor

Autor: Carlos Ruiz Zafón
Páginas: 184
Ano: 2021
Editora: Suma de Letras
Gênero: Contos, Ficção, Literatura Estrangeira
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon 
Nota:  

Sinopse: A cidade de vapor reúne todos os contos de Carlos Ruiz Zafón. Pensado pelo autor como uma verdadeira homenagem aos leitores que o acompanharam ao longo da série iniciada com A sombra do vento, este livro contém todo o mistério, o terror, a magia e a fascinação que sempre permearam suas histórias. Um livro emocionante, do qual ecoa a magia de um escritor ainda capaz de nos fazer sonhar, A cidade de vapor é um passeio pelos temas, lugares e personagens do universo literário da série O Cemitério dos Livros Esquecidos.

Criativos e envolventes, os contos aqui reunidos trazem à vida personagens conhecidos e novos, todos carregando a melancolia e a beleza da escrita de Zafón, e nos convidam a entrar em seu mundo onírico e em sua cidade de névoa.

“O escritor espanhol mais vendido deste século.” ― El País

“Um dos escritores de língua espanhola mais bem-sucedidos, comparado por críticos a Charles Dickens.” ― Forbes

Este livro foi cedido pela Editora Suma de Letras, porém as opiniões são completamente sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora. 

Resenha: 

A cidade de Vapor, é o lançamento mais recente do autor Carlos Ruiz Zafón, publicado pela editora Suma, e assim que vi que o livro de contos e o último que o escritor escreveu antes de falecer, já queria ler. 

Como em seus outros livros, é uma leitura que transporta para onde o narrador nos conta. Esse livro de conto têm várias personagens da tetralogia O Cemitério dos Livros Esquecidos, um que não tem como esquecer e assim que li seu nome recordei-me de sua história, foi o David Martín. Que personagem icônico.

"- Não gostas do bairro? - Cheira mal, é escuro, faz frio e as pessoas são feias e fazem muito barulho."

O livro contêm doze contos que nos faz entrar em cada história e senti tudo o que as personagens sentem. Parece que estou vivenciando tudo. O país em que se passa todas as histórias é Espanha, mais especificamente em Barcelona em diferentes épocas, datas, séculos e afins, mas que tem um encanto, suspense e diversas emoções que um cenário gótico, porém viva, pode trazer aos leitores.

"Laia sabia que o pai mentia, que mentia sem saber que o fazia, como todos os grandes mentirosos que primeiro mentem a si mesmos e são incapazes de reconhecer a verdade mesmo que ela os apunhale no coração."

O maior conto é O Príncipe do Parnaso, que traz um dos escritores mais conhecidos da literatura espanhola, o que não há nem necessidade de citar. O quarto e último livro da tetralogia, traz inúmeras descobertas e fechamentos para várias partes que o autor não deixa tão claro os livros anteriores.

Nesse de contos me senti fascinada por ele contar algumas partes anteriores na vida de algumas personagens e tenho certeza, quem os leu vai lembrar-se de cada personagens e se maravilhar com cada conto, pois no geral eles são bem curtos, excluindo o supracitado.

"A que da dos justos vem sempre da mão daqueles que mais lhe devem."

O livro é contado por um narrador onisciente, onipresente. Vemos tudo através do que cada parte que o narrador nos quer contar e/ou mostrar em cada conto. O cenário de Barcelona vai se alterando aos poucos no decorrer de cada conto, todavia continua com sua neblina gótica, lugares históricos e antigos, mesmo com pequenas coisas modernas. Distinção da parte nobre para parte periférica e o belo para o sinistro.

"- A comédia ensina-nos que não se deve levar a vida a sério e a tragédia ensina-nos o que acontece quando não fazemos caso do que nos ensina a comédia - explicou Cervantes."

No final dos contos temos várias citados e/ou críticas de suas obras. Zafón será sempre lembrado. Seus livros são fascinante e nos fazem entrar em suas histórias. Narrativas longas na medida certa com suspense, romance, gótico e afins. Sempre será um dos meus escritores favoritos e o meu favoritos de literatura espanhola.