Recordação Mortal - Série Mortal, 22 - J. D. Robb (Nora Roberts)

Título: Recordação Mortal - Série Mortal, 22

Autor: J. D. Robb (Nora Roberts)
Páginas: 476

Ano: 2014
Editora: Bertrand
Gênero: Romance Policial
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:   

Sinopse: Em Recordação Mortal, a corajosa tenente Eve Dallas é forçada a mergulhar de volta em seu passado. Trudy Lombard, uma mulher cruel e oportunista que diz ser sua mãe, aparece na Central de Polícia e desperta as piores lembranças na tenente, fazendo-a relembrar o tempo em que era atormentada e torturada diariamente. Mas parece que Eve não foi a única a sofrer nas mãos de Trudy, e talvez alguém esteja em busca de vingança.

Resenha: Vou começar falando que vocês precisam ler a sinopse acima!

Ah e se você quiser ler as resenhas anteriores, clica na imagem abaixo:

Agora sim, podemos falar de Recordação Mortal, o livro mais intenso que eu li até agora! E minha nossa, o vigésimo segundo!

Se você seguiu o meu conselho e leu a sinopse, já imagina o motivo né! Pois bem, uma megera, uma monstra, que "acolheu" Eve enquanto a menina ainda era uma criança traumatizada ressurge das cinzas!

Eve estava trabalhando na rua, quando chegou na Central de Polícia, deu de cara com uma mulher esperando por ela. Na sala dela! Pra ver o quanto a criatura é abusada. Em um primeiro momento Eve não a reconheceu, porém quando a ficha caiu e ela percebeu quem era a mulher, seu mundo caiu junto.

A tal mãe da sinopse, que na verdade era só mãe adotiva e uma pessoa que ficou com ela por seis meses apenas, era má, abusiva, controladora e manipuladora. Então imaginem que a pobre da Eve, cheia de traumas pelo passado com seu pai, acabou tendo que enfrentar os traumas que viveu após se livrar do homem e caiu nas garras desta mulher!

"E você, está olhando para mim por quê? — quis saber de um homem que olhou para ela assustado, ao passar pela calçada. — Isso mesmo, não pare e continue andando, seu cara de bunda. 

— O cara de bunda é um pedestre inocente, Peabody. Aliás, um dos caras de bunda que nós juramos proteger e servir, lembra? 

— Todos os homens são bundões...."

Pois então imaginem a reação que ela vai ter no momento que se der conta de quem está ali na sua frente exigindo um reencontro entre mãe e filha...

Claro que Eve vai desmoronar, mas também é claro que na mesma velocidade que cai, ela se reergue e também é lógico que esta mulher não veio do nada de volta para a vida dela, ela quer alguma coisa. Então não se espantem quando eu contar que ela viu na TV entrevistas da Eve depois que ela desmontou todo um complexo de clones e tudo o mais que é proibido fazer no livro anterior e viu ali uma oportunidade de ouro, literalmente!

"— Quanto tempo e planejamento foram necessários para a senhora se empetecar toda agora de manhã?

 — Para me empetecar? — Mira olhou para si mesma. 

— Sabe como é... Escolher a roupa e os complementos, arrumar o cabelo e a maquiagem, tudo junto para ficar com essa aparência perfeita. 

— Não estou muito certa de isso ser um elogio, mas tudo bem. Levei quase uma hora. Por quê? 

— Só curiosidade. 

— Espere! — Mira ergueu a mão antes de Eve abrir a porta. — E você, quanto tempo levou? 

— Eu? Sei lá... Menos de dez minutos. 

— Saia imediatamente da minha sala! — ordenou Mira, dando uma risada."

Só que a vida não á assim né? Logo vamos ver que não é só a Eve que tem um passado horrível e lembranças bem ruins com aquela mulher. Um crime acontece e cai nas mãos de quem investigar? Só podia ser....

"— Ela pensava em se mudar e se instalar num local apropriado para viver uma vida de luxos depois de depenar você. 

— Faço objeção a esse termo. Ninguém consegue me “depenar”.

Eve, Roarke e sua equipe acabam mergulhando de cabeça nas investigações. Eve encara o seu passado e consegue derrotar muitos dos traumas que carregava consigo. Claro que ela teve a ajuda do marido e todo o apoio que precisava dele, assim como da Peabody, sua antiga auxiliar, agora detetive e que é parceira, e amiga da Eve!

"— O que aconteceu? — quis saber Eve. 

— Como assim? 

— Tem um bicho estranho tentando estrangular você. Devo chamar o serviço de desinfecção? 

— É um cachecol de lã. Minha avó o teceu, enviou e ordenou que eu o abrisse só hoje de manhã. Foi o que fiz. Eve apertou os lábios e analisou com mais atenção o padrão em zigue-zagues verdes e vermelhos. 

— Que festivo! — elogiou. 

— Pelo menos é quente, bonito e estamos entrando na estação do “frio pra cacete”, certo? 

— Segundo eu soube na última vez que conferi o calendário, estamos, sim."

Enfim, aconteceu muita coisa nesse livro, ele foi carregado de emoções do começo ao fim. Espero que no próximo a Eve tenha um pouco de paz e o passado dela fique quieto lá pois, caramba, é demais para um único ser humano!

"— Ela não é a mulher que eu teria escolhido para você. 

— Ora... — Com uma risada, Roarke deu uma mordida no cookie. — E como eu sei disso!

— Mas ela é a mulher certa para você. A mais perfeita, a única. — O sorriso de Summerset surgiu com descontração. — Apesar ou por causa de seus muitos defeitos."

Pois é isso gente, não dá pra falar mais do que eu falei sem contar detalhes que vocês não vão querer saber sem antes ler. Mas eu digo que vale muito a pena. Como sempre, Nora nos entrega um livro perfeito, que não é repetitivo e que mostra a crueldade como sabemos que existe e sempre vai existir, assim como mostra o outro lado. O amor e amizade necessários para vencer os desafios da vida!

"— Amigos servem para amortecer a dor dos tombos, mesmo quando a pessoa acha que não precisa ou não quer alguém por perto. Eu lhe agradeço muito por passar aqui na minha sala para ver se eu precisava de um ombro amigo, doutora. Estou ótima, obrigada."