Reencontro Mortal - Série Mortal, 14 - J. D. Robb (Nora Roberts)

Título: Reencontro Mortal - Série Mortal, 14
Autor: J. D. Robb (Nora Roberts)
Páginas: 434

Ano: 2010
Editora: Bertrand Brasil
Gênero: Crime, Ficção, Romance policial
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:   

Sinopse: Depois do grande sucesso Sedução Mortal, Nora Roberts, sob o pseudônimo de J.D. Robb, lança no Brasil mais um livro da sua famosa série policial: Reencontro Mortal.
Eve Dallas foi a responsável direta pela prisão de Julie Dockport há dez anos. Agora, solta por bom comportamento, Julie não pretende deixar a policial escapar ilesa. Um reencontro que jamais será esquecido pelas duas.
Exatamente às 19h30, Walter Pettibone chegou em casa e encontrou mais de cem amigos e familiares que gritaram em uníssono: Surpresa!. Era seu aniversário. Embora há várias semanas ele já suspeitasse de que uma festa estava sendo organizada, a verdadeira surpresa ainda estava por vir. Às 20h45, uma ruiva com olhos cor de esmeralda lhe entregou uma taça de champanhe. Um único gole do líquido borbulhante o fez cair morto.

Resenha:

"— O grande lance do amor é que ele não tem razão para existir. Simplesmente acontece. Eve olhou demoradamente para ele. 

— Acho que eu sei disso — afirmou ela, afastando-se da mesa."

Bom, antes de mais nada, se você quiser ler as resenhas anteriores, clica na imagem abaixo:

Então agora podemos falar de Reencontro Mortal, o décimo quarto livro da Série Mortal escrita por Nora Roberts, sob o pseudônimo de J. D. Robb, e publicado pela Bertrand Brasil.

"...— Ele deu a impressão de que já a conhecia? A garçonete... — acrescentou Eve bem depressa, ao ver a boca de Bambi começar a formar uma palavra que certamente seria mais um “Quem?”. 

— Por que ele a conheceria? 

Ninguém, decidiu Eve, conseguiria fingir ser tão imensuravelmente idiota. Aquilo só podia ser sinceridade."

Estou me repetindo, eu sei que estou, mas o que eu posso fazer? Vou ter que dizer novamente que cada livro é melhor que o anterior, mas gente...é!

"— Você está pensando em investigar... Como é mesmo o nome dela?... Muffy? Twinkie? 

— Bambi. Ela demonstrou a mesma capacidade intelectual de um brócolis, mas vamos investigá-la. Pareceu sincera quanto ao fato de ser uma anta, mas agora virou uma anta viúva e podre de rica."

A escrita da autora não muda, não tem o que melhorar, na minha opinião, é perfeita, fluída e muito fácil de assimilar.

O que evolui, e muito, são os personagens, mas deixa eu contar brevemente da trama deste livro, depois eu falo sobre os personagens.

"— Ótimo! — McNab atraiu a atenção de Eve. — Vai doer mais quando a senhora a pegar desprevenida e voar na garganta dela. 

— Tá puxando meu saco, detetive? — Estou, senhora. — Ele lançou um sorriso tão luminoso quanto as três argolas que lhe balançavam na orelha. — Mas é a pura verdade. Ela não é melhor que você... Isto é, que a senhora."

Julie Dockport foi presa por Eve uma década atrás, como a sinopse diz. Mas a sinopse não conta muita coisa, na verdade, quase nada. Para começar este nem é o verdadeiro nome da mulher que foi solta, querendo vingança e com muito dinheiro guardado para cumprir seu propósito!

Quando Eve se dá conta de quem é a assina, uma mulher que casava, tirava o dinheiro dos seus maridos e depois os envenenava, percebe que não vai ser nada fácil recapturá-la.

Não era nem para a mulher estar solta, acabou que a prisão em que ela estava foi flexível demais e a soltou por bom comportamento. Eve, com a ajuda da sua equipe e claro, de Roarke, sabe que ela tem muito dinheiro, mas não encontram, sabe que ela tem uma casa, mas não imaginam onde...enfim, ela está sempre dois passos a frente, sempre!

"— Fique fora da linha de fogo — aconselhou Roarke, colocando a mão no ombro de Peabody. — É a mim que ela quer transformar em pedacinhos pequenos e ensanguentados, mas você pode ser pega no fogo cruzado e estragar seu dia, que até agora foi muito bom. 

— Em minha opinião, é você quem merece ser atingido mesmo, Roarke. Não acha que ela foi golpeada o bastante ontem? Para surpresa de Roarke, Peabody girou sobre os calcanhares e marchou, empinada, na direção oposta."

Enquanto ela vai matando homens que nem são mais seus maridos, Eve tenta desesperadamente descobrir porque ela os escolhe e acaba desconfiando de que tudo não passa de um esquema para se vingar por ter sido presa, e para se vingar de Eve, quem se torna um alvo? Pois é...

"— Ela está lá fora, andando de um lado para outro, descalça, machucando os pés feridos e morrendo de preocupação por você. Portanto, pegue leve com ela. 

— Qual é, vai me ensinar a trabalhar agora? 

— Não, vou ensinar o seu coração a funcionar. Ela acha que, se tivesse sido mais ágil, você não estaria aqui. 

— Nada a ver! Eu saí na dianteira e ela correu atrás, mesmo com aqueles sapatos idiotas..."

Enquanto tudo isso acontece, nos bastidores da vida destes personagens, coisas novas acontecem, conhecemos os pais de Peabody, descobrimos que eles são capazes de umas coisas bem estranhas, vimos o romance de MacNab e Peabody se fortalecer, até que enfim e acompanhamos o quotidiano de Eve e Rorke, com seus encontro cheios de pimentas!

"— Será que agora não seria um bom momento? — perguntou Roarke, baixinho. — Tenente, você sabe o quanto eu fico excitado quando você rosna para mim. 

— Vamos logo, coloque-nos do lado de dentro de uma vez e pare de se sentir tão convencido."

Além de tudo isso, Eve faz uma viagem ao seu passado e muitas coisas que só víamos através de fragmentos de suas lembranças, vieram com tudo agora e meu deus...se eu pudesse eu mesma mataria o pai dela, quanta maldade em um único ser humano!

E voltando a falar dos personagens, preciso dizer o quanto todos vêm evoluindo a cada livro, é incrível e eu gosto muito de acompanhar esta parte da trama. Eve está se tornando uma pessoa cada vez melhor, Roarke sempre foi bom, assim, meio bandidinho mas de bom coração, sabe? mas também evolui como ser humano a olhos vistos. O romance entre MacNab e Peabody, me parece que veio para ficar e é outro ponto a se notar, eles estão aprendendo a amar e a conviver com suas falhas e seus erros e o mais importante, estão aprendendo a respeitar um ao outro.

"— Acha que me chamar de “senhora” com esse tom respeitoso vai salvá-la da minha ira implacável? — Pode ser que não, mas garanto que consigo correr mais do que você, considerando seu estado de saúde. — Ela ergueu dois dedos. — Quantos desses você está enxergando? 

— Os dois que vou arrancar e enfiar em você, um em cada orelha."

Enfim, mais uma leitura super recomendada!