Luz, Câmera, Ação!!! Viúva Negra

Diretor ou produtor: Cate Shortland 

Ano: 2021
Gênero: Ação
Elenco:  Scarlett Johansson, Florence Pugh, David Harbor, Rachel Weisz, O.T. Fagbenle, William Hurt
Nota:  

Sinopse: Neste suspense de espionagem e ação da Marvel Studio, Natasha Romanoff, também conhecida como Viúva Negra, confronta o lado mais sombrio de sua história quando surge uma perigosa conspiração ligada ao seu passado. Perseguida por uma força implacável disposta a tudo para destruí-la, Natasha precisa agora lidar com seu passado como espiã e com as relações que deixou para trás muito antes de se tornar uma Vingadora.

Resenha:

Gente! Depois de VÁRIOS adiamentos, o aguardado filme da Natasha Romanoff finalmente está entre nós, com estreia simultânea nos cinemas e no Disney Plus. Vamos ver o que eu achei? 

Confesso que já tive a minha fase "adoro quadrinhos e filmes de herói bla bla bla" e raramente me vejo animado atualmente para conferir longas da Marvel/DC. Mas quando a gente vê que se trata de uma protagonista feminina, dá vontade de conferir sim (considerando que no mundo em que vivemos só temos err, TRÊS filmes focados em heroínas). 

O enredo do filme gira em torno de Natasha e seu passado. A protagonista, que passou por uma verdadeira lavagem cerebral para se tornar Black Widow, se junta à sua família russa (que eram espiões nos EUA) para libertar todas as aprendizes de viúva das garras de Draykov (que no caso é o criador dessas mulheres superdotadas).

E basicamente nas duas horas de filme é isso mesmo que acontece. A direção segue o padrão dos filmes Marvel: diálogos fáceis de entender e com piadas. Mas aqui o alívio cômico parece ser bem mais sutil, se assemelhando bastante ao clima de tensão visto em Vingadores: Ultimato. 

Importante enfatizar que o filme, embora tenha uma considerável minutagem, não consegue explorar com profundidade os dramas de Romanoff. Até a irmã dela parece ter uma carga dramática mais pesada, e eu particularmente senti que mesmo a Viúva Negra sendo a PROTAGONISTA do longa, não há nada que a torne mais bem caracterizada. 

É exatamente aquela mulher fria que vimos em centenas de blockbusters do estúdio nos quais ela participa, sem a vulnerabilidade que era esperada de um filme que promete contar o seu passado e como este a moldou e traumatizou. Tudo bem que estamos falando de um produto voltado para todos os públicos, incluindo crianças, mas a diretora tinha a autonomia para dar ênfase ao abuso psicológico que faz parte da história da protagonista. 

Por outro lado, as cenas de ação são MUITO BOAS. Nada muito novo ou que sobressaia aos olhos, mas o expectador não consegue desgrudar os olhos da tela quando Johansson e Putgh estão lutando. Cenas extremamente bem coreografadas, de fato (e com aquela ajuda básica do CG para deixar os efeitos especiais deslumbrantes). 

Em suma, Viúva Negra certamente deve causar uma mistura de sentimentos aos cinéfilos. Os fãs de quadrinhos com certeza sentirão falta de uma maior profundidade em relação ao passado da protagonista, mas o expectador provavelmente vai se deleitar com excelentes cenas de ação e uma storyline fácil de compreender (até demais né).

Até a próxima resenha!