Luz, Câmera, Ação! The White Princess

Produtora: Starz
Ano do Término: 2017
Temporadas: 1

Gênero: Histórica, Drama

Elenco: Jodie Comer, Richard Dillane, Michelle Fairley, Patrick Gibson

Nota:     

Sinopse: Baseada nas obras A Princesa Branca e A Maldição Do Rei de Philippa Gregory.

A minissérie dá continuidade aos eventos posteriores em The White Queen, e conta sobre o casamento da filha de Elizabeth Woodville (A Rainha Branca) e o filho de Margaret Beaufort (A Rainha Vermelha) e a tentativa dos Yorks de tomarem o poder dos Lancasters. Na trama, Margaret Beaufort, a mãe obstinada do rei Henrique VII, entra em confronto com sua nora, a princesa Isabel de York. Enquanto sua influência sobre seu filho começa a diminuir e a de Isabel (Lizzie) crescer, Margaret começa a desvendar como os pecados do passado e do presente pesam sobre sua consciência enquanto sua relação com Henry fica cada vez mais em risco.

Atenção: por ser uma série baseada em fatos reais, essa resenha pode entregar alguns pontos importantes dos episódios. Além disso, pode conter spoilers da série anterior "The White Queen"

Resenha:

The White Princess é uma série da Starz, lançada em 2017 como forma de dar sequência aos fatos passados na série The White Queen. Na série, temos como foco principal o casamento de Henrique VII com Elizabeth, filha de Isabel com Eduardo. O casamento faz com que a casa de York (representada por Elizabeth) e a casa Lancaster (representada por Henrique VII) finalmente se unam e dê fim à chamada na história da Inglaterra de Guerra das Rosas.

Elizabeth, interpretada por Jodie Comer, é uma mulher com personalidade muito forte e desde criança foi ensinada a odiar a casa dos Lancaster, principalmente Henrique VII, que tirou o trono do seu então amado e derrotado Ricardo III. Essa personalodade foi o que eu mais gostei na série inteira! Não é segredo que essa trilogia (The White Queen, The White Princess e The Spanish Princess) conta a história na visão das mulheres e como elas são fortes em um meio onde o sexo feminino é considerado frágil. Mas, de todas, Elizabeth de York é a mais obstinada. Apesar de terem opiniões próprias, as mulheres da corte são obrigadas a serem educadas, ser fiel e fazer mesuras, elas precisam se curvar aos mais poderosos. Elizabeth não faz isso, ela enfrenta Henrique VII desde o primeiro momento em que coloca os olhos sobre ele, ela não se importa com os xingamentos e até esnoba isso.

Além do casamento, Henrique VII, interpretado por Jacob Collins-Levy, tem uma grande missão pela frente, lidar com o seu povo, que não vê nele um grande governante e estão insatisfeitos com a mudança (outra) do trono. Henrique VII sempre foi atormentado pelas conspirações contra a sua coroa e isso fica evidente na série. Na releitura da Starz, ele não me parece um rei muito forte e convicto, e isso também se deve ao fato de sua mãe, a cobra religiosa Margarida Beaufort, agora interpretada por Michelle Fairley, ter uma grande influência em cada passo que ele dá.

Ao lado de Henrique VII e sua mãe, está Elizabeth, que começa a ter certo companheirismo com o seu marido depois de terem o primeiro filho. Acho que esse arco da série é um dos arcos que me faz amar The White Princess, pois eu não resisto ao clichê de amor e ódio que vira apenas amor! Não é segredo que Henrique VII e Elizabeth tiveram um bom casamento, o que era considerado raro na monarquia, pois o casamento era mais um tratado político do que de sentimento. Essa felicidade é mostrada na série. Porém, o casal, além de lidar com as conspirações dos outros ao trono, precisa lidar com a intervenção da mãe de Henrique VII.

A guerra sempre fez parte da história da Inglaterra, e isso é mostrado na série também. Henrique VII está sempre sendo testado e indo apaziguar pequenas tentativas de calúnia e conspirações. Defender o poder dos Tudor se torna fundamental, e felizmente Henrique VII tem uma grande aliada nessa empreitada. Não, não sua mãe, mas sua própria esposa! Elizabeth, que sempre quis os York de volta no trono, acaba defendendo o poder dos Tudor acima da sua casa de nascença, o que gera inúmeros conflitos, inclusive com a sua própria mãe. Mas Lizzie é uma peça forte no tabuleiro de Henrique VII, além de apoiá-lo, representa uma força para ele. Isso fica evidente quando a personagem vai de encontro a ele na batalha para dar um apoio moral. É uma das melhores cenas da série.

Com apenas oito episódios com cerca de uma hora de duração e por também ser uma série baseada em fatos reais, The White Princess entrega o que todo fã de história gosta: fatos reais representados por grandes atores, mas com licença poética para agradar o público. A fotografia e o figurino são impecáveis e dignos da Starz, que também assina as outras séries que fecham essa trilogia.

Novamente, a dica importante, a série The White Princess também é baseada no livro de mesmo nome da autora Philippa Gregory, dessa vez quinto livro da série Guerra dos Primos. A autora possui vários livros sobre a história contada pelo ponto de vista das mulheres. Se você gosta de fato sobre fato, não leia, a autora gosta de mexer com alguns personagens com situações que saem da cabeça apenas dela.

Livros: A Princesa Branca

Autora: Philippa Gregory

Ano: 2018

Páginas: 560

Editora: Record

Eu sempre procurei essa série toda para ler, mas nunca a achei para comprar, se alguém souber onde vende todos os livros, me avisem!

A continuação dos eventos da série de televisão vocês poderão ver em The Spanish Princess, em breve resenha dela também!