Ano: 2016
Editora: Intrínseca
Gênero: Romance; Drama
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:
Sinopse: Matt e Laura McCarthy são obcecados pela ideia de herdar a Casa Espanhola — uma construção malcuidada e quase em ruínas no condado de Norfolk, interior da Inglaterra, que tem um valor simbólico para os moradores locais. Para atingir esse objetivo, Laura, a mando do marido, faz todas as vontades do velho Sr. Pottisworth, o proprietário. Entretanto, como o homem nunca deixou nada por escrito, quem acaba por herdar a casa é uma parente distante, Isabel Delancey. Primeiro violino na Orquestra Sinfônica Municipal, em Londres, Isabel tinha uma vida tranquila com seus dois filhos e o marido, mas tudo virou de cabeça para baixo quando ele morreu em um acidente de carro e deixou uma grande dívida. Sua única oportunidade de recomeço é fincar moradia na Casa Espanhola — algo que o casal McCarthy vai tentar impedir a qualquer custo. O som do amor é um romance sobre obsessão, manipulação, segredos e paixões. Por meio de personagens carismáticos e capazes de tudo para realizar seus objetivos, Jojo Moyes mantém seu estilo inconfundível em uma brilhante história de recomeços.
Até onde somos capazes de ir para conseguir alguma coisa?
A Casa Espanhola, situada no pitoresco condado de Norfolk, sempre foi
considerada uma estrutura mítica pelos moradores locais e toda essa magia por
trás da construção fez com que Matt e Laura ficassem completamente loucos para
morar no imóvel.
Acontece que quando o morador da casa, Sr. Pottisworth, morre subitamente,
quem acaba herdando o imóvel é Isabel, uma violinista que se vê num beco sem
saída quando seu marido morre em um acidente de carro e a deixa com uma dívida
impagável. Sem nada a perder, a viúva e seus dois filhos acabam se mudando para
a Casa Espanhola, porém, ao chegarem em Norfolk, percebem que os vizinhos ao
lado estão dispostos a qualquer coisa para conquistar a casa.
Jojo Moyes é uma das minhas autoras preferidas. Eu simplesmente AMO a forma
com a qual a autora constrói seus personagens, e claro que por conta disso
sempre fico com expectativas elevadas com a história. Mas confesso que aqui, ao
contrário de outros livros de Moyes, não me senti tão conectado com a
trama.
Para começar, a começo do livro é bem confuso. De uma hora pra outra temos
uma mudança de arco que prejudica a compreensão do que está acontecendo.
Sabemos, pela sinopse (que eu não li) que teremos pontos de vista do Casal
McCarthy e de Isabel, mas no meio disso vários outros personagens vão surgindo,
e demora um pouco para que leitor se acostume com essa dinâmica.
“A vida não era justa e pronto. O jovem Thierry lá embaixo sabia disso, e tivera que aprender, dolorosamente jovem, uma lição mais dura que Byron.”
Logo no começo da leitura, é possível perceber que Matt e Laura não são um
casal feliz, e nesse contexto, temas como traição e machismo são inseridos de
forma correta para causar a devida reflexão. Infelizmente, a infidelidade é
algo comum, e muitas vezes a decisão de terminar o relacionamento não é tão
simples como imaginamos, ainda mais quando o casal possui filhos.
Mas embora eu tenha ficado com pena de Laura, não consigo passar pano para
os planos de casal de ficar com a casa. A manipulação aqui é abordada
cruamente, vemos que o ser humano, cego por tanta ambição, não possui qualquer
senso de moralidade.
“Aquilo tinha que parar, disse a si mesma. Não importava que a casa estivesse caindo aos pedaços, já não sobrava quase nada.”
A falta de empatia também se estende para Isabel, que dá um show de egoísmo
para com seus filhos. A violinista vivia um vida cheia de comodismos e
conforto, valorizando somente e sua carreira na orquestra. Porém, só quando a
família perdeu tudo que a protagonista passou a conhecer de verdade os seus
filhos, e a redenção da personagem é algo bem satisfatório, pois foi uma
transição real e com consequências.
“Só quando o trem entrou na estação de Little Barton, Isabel se levantou e fez o que jurara que não faria. Estendeu o braço e viu que sua mão se fechou em volta da alça do estojo de um violino que não estava mais ali.”
A história se foca bastante nos problemas que cada personagem do seu
referido arco está enfrentando, com a Casa Espanhola no centro de tudo. Não se
trata de uma leitura ágil, e pra mim foi uma experiência cansativa em alguns
momentos, mesmo com a reviravolta que acontece mais para o final.
E falando em final, não gostei do jeito que a história se encerrou. Faltou
alguma coisa para me convencer, e certos personagens poderiam ter desfechos bem
mais interessantes depois de tudo que aconteceu.
“E quanto mais velha ficava, quanto mais conhecia outras mães, mais Isabel reconhecia que era uma das poucas sortudas que não tivera a criatividade roubada pelo casamento e pela maternidade.”
Mas isso não exclui o excelente aprofundamento que a obra nos apresenta.
Sendo assim, O Som do Amor entrega uma trama com personagens
ricos, que se mantém estável do começo ao fim, ainda que não possa se igualar
ao ápice do catálogo da autora, constituído por Um Mais Um, Nada Mais A Perder
e Ainda Sou Eu (indico todos, são maravilhosos).
Até mais!
Olá Alison
ResponderExcluirParece que quando vamos ler um livro com expectativas altas a coisa meio que desanda né? Pela sinopse a trama parecia mesmo que tinha tudo para ter um desenvolvido melhor .E como é ruim quando a gente não consegue sentir empatia por algum personagem.
De qualquer forma se eu o encontrar em algum sebo ou na biblioteca daqui eu leria sim .mesmo com essas ressalvas parece é uma estória que vale sim uma leitura
Sou #JojoLover com muito orgulho. Mas nem swmpre minha relação com ela é perfeita. Vez por outra nos estranhamos. Depois de Você é prova disso.
ResponderExcluirO Som do Amor eu curti porém concordo com os pontos que você levantou.
Confesso que só recentemente me deu vontade de ler jojo moyes por conta daquele livro que veio no clube do intrinsecos.
ResponderExcluirDepois fui ver outras obras dela, e gostei de algumas outras historias. Essa ainda nao tinha visto, acho.
E frustrante quando nao gostamos tanto de um livro de uma autora favorita neh!
A única experiência que tive com Jojo foi Como eu era antes de você. Aliás, nem quis continuar a sequência, às vezes acho que livros perfeitos não deveriam ter continuidade, pois alguma coisa vai fazer perder aquele brilho.
ResponderExcluirMas imagino que os outros livros dela sejam tão bons quanto, o que não faltam são elogios à sua escrita ne?
Não tenho muito contato com as letras da Jojo, mas sim, tenho vontade claro de conhecer mais de seus livros.
ResponderExcluirNão li muito sobre essa obra,mas sei lá, parece não ser um dos melhores livros da autora.
Confesso que não senti muita vontade ler não rs
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Olá Alison!
ResponderExcluirEu li esse livro há algum tempo e também foi o que menos gostei da autora. Parece que ela usou alguma fórmula diferente das outras obras, ou o tema ambição e traição me deixaram desanimada, sei lá. Tanto que meus personagens favoritos foram o dono do mercadinho e seu par romântico, não foram os protagonistas. Dos três livros que você citou, só não li Nada mais a perder, mas mal posso esperar.
Beijos
Alison!
ResponderExcluirA Jojo também é uma das minhas autoras favoritas e tenho de concordar que esse não foi um dos melhores livros para mim.
Logo fiquei indignada com Izabel, mesmo que depois ela tenha mudado um pouco de atitude devido a situação.
Depois achei um tanto confuso e lento certos aspectos do livros.
O bom é que gosto dos dramas familiares apresentados e salvou a leitura.
cheirinhos
Rudy
Olá! Gosto muito dos trabalhos da autora, mas confesso que já faz um tempo que não leio nada dela. Esse livro em si me deixou curiosa, mas ao mesmo tempo algumas ressalvas me deixaram com aquela sensação que talvez agora não seja o momento para arriscar a leitura e acabar pegando aquele rancinho dela (risos), por isso, vou adiar um pouquinho essa leitura e tentar outro título da autora.
ResponderExcluirOi,
ResponderExcluirEu acho essa capa magnífica. Mas o meu doei.
Achei a história da Isabel triste demais.
Gente, como essa mulher sofre e é manipulada!
Meu Pai!
Mas o final foi bonito.
Bjs
É interessante casos de manipulação, parecem tão presente. Achei um livro bem diferente para a autora, sempre achei o estilo da Jojo meio dramatico, mas fiquei bem curiosa para saber como ela se saiu nessa escrita.
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