Autor: Jojo Moyes
Páginas: 368
Ano: 2019
Editora: Intrínseca
Gênero: Romance
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:
Resenha:
Ano: 2019
Editora: Intrínseca
Gênero: Romance
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:
Sinopse: Cinco mulheres vão enfrentar uma cidade inteira por amor aos livros. E juntas vão descobrir o poder do conhecimento, da liberdade e da amizade. Em uma época em que não seguir os costumes e a religião era transgressão gravíssima, o caminho de um grupo de mulheres se cruza de maneira inesperada. A década de 1930 está chegando ao fim, e, em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos, a ideia de que as moças administrem uma biblioteca itinerante desafia o status quo. Com o compromisso de levar livros para os moradores mais pobres da região, Margery, Alice, Beth, Sophia e Izzy aceitam trabalhar na biblioteca. E à medida que enfrentam inúmeras dificuldades, como aprender a cavalgar, percorrer rotas de difícil acesso e suportar o preconceito dos mais conservadores, elas fortalecem o laço que as une e descobrem mais sobre si mesmas. Em pouco tempo, toda a cidade se volta contra o grupo, colocando em risco a sobrevivência do projeto. E as mulheres vão se perguntar mais uma vez se o poder das palavras será suficiente para salvá-las. Inspirado em uma história real, Um Caminho Para a Liberdade fala de lealdade, independência e justiça. Com uma trama envolvente e emocionante, Jojo Moyes faz o leitor refletir sobre as redes de apoio e amizade entre mulheres e como é preciso ir além dos nossos — supostos — limites. Afinal, conquistar a liberdade nunca é fácil.
Ler é um privilégio!
Fã de carteirinha de Jojo Moyes que sou, fui correndo conferir este último lançamento da autora, ainda mais depois de descobrir que a obra foi inspirada no clássico Mulherzinhas, de Louisa May Alcott.
Em Um Caminho Para a Liberdade conhecemos a história de cinco mulheres que para promover o acesso a leitura para pessoas carentes, desafiam os preconceitos e imposições da época. Montadas em seus cavalos e dispostas a superar as dificuldades para manter a biblioteca itinerante, essas protagonistas precisarão de resiliência para atingir seus objetivos.
“Margery O’Hare não era uma mulher que gostasse de depender de ninguém”.
A obra se concentra em grande parte nas tramas de Alice Wright, uma dama recém casada que se muda para uma pequena cidade dos Estados Unidos após ser “mal vista” pelos seus parentes britânicos, e Margery, a principal bibliotecária que todos os dias enfrenta a árdua tarefa de entregar os livros para as famílias pobres das montanhas.
Alice e Margery possuem um desenvolvimento extremamente aprofundado no decorrer da leitura, e a amizade que surge entre as duas após Alice ingressar na biblioteca se torna bastante cativante, embora as realidades de ambas sejam bem distintas.
“Uma biblioteca deve ser para todos, tanto do meio rural quanto do urbano, tanto para os negros quanto para os brancos”.
O trabalho de Alice na biblioteca enfurece seu sogro machista, Van Cleve, dono de uma das principais empresas da cidade. Por conta da influência do personagem, acompanhamos várias tentativas para derribar o trabalho das bibliotecárias, tanto pelos objetivos escusos dos poderosos quanto pelo incômodo que era para os homens da época ver mulheres independentes e destemidas no controle de suas vidas.
É importante mencionar que a autora faz um trabalho maravilhoso para nos mostrar como a mulher era vista à época. A sociedade impunha uma vida restritiva e qualquer coisa que não se encaixasse no “padrão feminino” era vista como algo antinatural. E por isso foi demais acompanhar Alice e Margery, junto com as outras bibliotecárias, tacarem fogo no patriarcado e não abaixarem a cabeça para homem nenhum (eu amo).
“Nas últimas semanas, marido e mulher tinham se certificado de que suas vidas se cruzassem o mínimo possível”.
Evidentemente, o livro também nos reserva momentos de tristeza e angústia. Em algumas passagens, fiquei com o coração na mão com as injustiças e a dura realidade das pessoas mais carentes, que eram exploradas em subempregos. Mais uma vez elogio Moyes por nos fazer refletir sobre a alienação: assim como era na época, empresários em posição de poder querem trabalhadores ignorantes, sem instrução para questionar.
Quanto aos personagens secundários (nem tão secundários assim), simplesmente me apaixonei pelas outras bibliotecárias, pois cada uma a sua maneira via na biblioteca itinerante uma oportunidade de ir além. Vale ressaltar a representatividade que se faz presente na história, contando com personagens negras, portadores de deficiência e bissexuais.
“Alice já não sentia mais medo de ficar sozinha na casa. Dormia cedo e tinha o sono pesado, levantava às quatro e meia, com o sol, banhava-se com a água gelada, alimentava os animais, vestia quaisquer roupas que estivessem secas e preparava um café da manhã com ovos e pão, jogando os farelos para as galinhas e os cardeais-do-norte que se reuniam no peitoril da janela”.
Apesar dessa pegada girl power que toma conta da obra, confesso que achei a construção do romance algo negativo. Mais para o final do livro, Margery toma uma decisão bastante controversa que não combinou com a personalidade que foi construída desde o começo. A autora sentiu a necessidade de introduzir esse arco provavelmente para equilibrar o teor dramático presente na trama, porém a mudança de comportamento foi bastante brusca.
É claro, contudo, que o livro continua sendo um excelente entretenimento. Por meio de mulheres guerreiras, Um Caminho Para a Liberdade entrega ao leitor uma história de independência feminina, além de nos fazer refletir sobre machismo e democratização da cultura.
Até mais pessoal!
Este último livro da Jojo é tão elogiado e a gente entende tão bem os motivos!Isso de trazer mulheres determinadas nessa luta pelos livros e pela importância deles na vida das pessoas é algo que chega a emocionar!
ResponderExcluirPelo que li acima, ela não só trouxe essa luta, mas também fez as críticas sempre tão necessárias!
Com certeza, ainda quero muito ler esse livro e outros da autora!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor
Angela, obrigado pelo comentário!
ExcluirA Jojo é simplesmente maravilhosa! O jeito que ela escreve realmente consegue fazer a gente refletir, e essas personagens femininas são todas muito bem construídas.
Beijos.
Oi Alison,
ResponderExcluirSou #JojoLover com muito orgulho!
Assim como você, quando vi Um Caminho Para a Liberdade, ainda no Intrínsecos, fiquei amiosa para ser lançado de forma normal.
Foi bem diferente dos outros livros da Moyes mas foi uma mudança boa. Ver a força dessas mulheres foi muito forte e transformador.
Senti raiva de Van Cleeve e morri de pena do filho dele.
Sofri, chorei, mas o final tudo compensou
Chelle, obrigado pelo comentário!
ExcluirNão é? É com certeza o livro que mais foge do padrão da autora, mas fiquei feliz que ela resolveu inovar um pouco, e acabou sendo um dos livros mais aclamados dela, né?
Beijos.
Gosto muito quando colocam fatos historicos nos livros junto com um pouco de ficcao. Não li nada dessa autora mas quero muuuito ler esse livro. curiosa pela decisão bastante controversa que a protagonista fez quase no final do livro. A intrinseca ta arrasando muito nos titulos trazidos pra cá!
ResponderExcluirola
ResponderExcluirdesde que esse livro foi lançado eu fiquei com vontade de ler.gosto de romances assim que trazem mulheres fortes,determinadas e esse fato de elas decidirem levar a leitura para os mais pobres é tudo de bom . está na minha lista dedesejado .
Olá Alison!
ResponderExcluirFiquei super animada com esse lançamento da Jojo, mas ainda não tive a oportunidade de ler. Acho que todo leitor ama quando uma obra retrata sobre bibliotecas, livros e demais elementos do universo literário, junte isso ao fato da obra ser baseada em fatos reais, ter protagonistas femininas fortes e temos o pacote completo. Apesar da obra diferir um pouco do que estamos acostumados da autora, ainda quero muito ler e pretendo fazer isso em breve.
Beijos
Só li um livro da Jojo e achei muito bom!! Então sempre que vejo indicação leio com muito carinho e espero só coisa boa.
ResponderExcluirLer é mesmo maravilhoso, achei a sinopse tão interessante, além da união dessas mulheres.
Gostaria de ler!
Oi Alison! Nunca li nada da Jojo Moyes, acredita? Essa capa me chamou mais a atenção do que as outras dela, e fiquei surpresa pela temática fugir um pouco do romance que ela sempre escreve.
ResponderExcluirAcredito que falar sobre o papel da mulher em uma sociedade machista é sempre importante, e mostrar a realidade de pessoas carentes. Fiquei mais animada em saber que elas tacaram fogo no conceito de "padrão feminino" que, vejam só, são sempre homens que criam. haha
Bjim
Oiiii
ResponderExcluirConfesso que já tenho esse livro aqui e até comecei ele, mas não tava funcionando pra mim no momento, só que li só umas 10 páginas hahaha
Preciso pegar ele pra continuar lendo, a história é muito boa e interessante, o único problema pra mim é que é um livro mais lento, mas eu acho que vou gostar dele.
Bjss ^^
Olá, Alison
ResponderExcluirEu sou super fã da Jojo Moyes, mas ainda não li esse livro dela.
Até comecei a ler ano passado, mas não tava muito na vibe, e deixei para ler esse ano.
Depois dessa sua resenha vou pegar pra ler sim! Muito difícil a Jojo decepcionar!
Beijos
Alison!
ResponderExcluirGosto muito da Jojo, porque ela sempre traz críticas à sociedade, mesmo que em outra época, podemos trazer para nossa realidade atual, afinal, ainda há muito sexisismo e machismo na nossa sociedade atual.
Ler sobre mulheres desbravadores e ainda com diversidade, é sempre um grande incentivo e aprendizado.
cheirinhos
Rudy
Olá! Ahhh que também sou muito fã da Jojo e o quanto ela consegue emocionar com a sua escrita. Estou aqui com o livro na minha estante e depois dessa resenha com uma dor na consciência por não ter começado a ler ainda (risos), mas antes tarde do que nunca, espero começar em breve e me emocionar com mais essa história inspiradora.
ResponderExcluirOi,
ResponderExcluirli ele ano passado e gostei demais.
Tiveram algumas partes enroladas, mas é lindo.
Mulheres batalhadoras, que enfrentam machismo, tabus, ignorância e tantas outras lutas.
Incrível.
bjs