Ano: 2014
Editora: Arqueiro
Gênero: Terror; Fantasia
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:
Sinopse: Victoria McQueen tem um misterioso dom: por meio de uma ponte no bosque perto de sua casa, ela consegue chegar de bicicleta a qualquer lugar no mundo e encontrar coisas perdidas. Vic mantém segredo sobre essa sua estranha capacidade, pois sabe que ninguém acreditaria. Ela própria não entende muito bem. Charles Talent Manx também tem um dom especial. Seu Rolls-Royce lhe permite levar crianças para passear por vias ocultas que conduzem a um tenebroso parque de diversões: a Terra do Natal. A viagem pela autoestrada da perversa imaginação de Charlie transforma seus preciosos passageiros, deixando-os tão aterrorizantes quanto seu aparente benfeitor. E chega então o dia em que Vic sai atrás de encrenca... e acaba encontrando Charlie. Mas isso faz muito tempo e Vic, a única criança que já conseguiu escapar, agora é uma adulta que tenta desesperadamente esquecer o que passou. Porém, Charlie Manx só vai descansar quando tiver conseguido se vingar. E ele está atrás de algo muito especial para Vic.
“Sua mãe ficara maluca por um tempo, achando que o telefone tocava quando não se ouvia som algum, tendo conversas com crianças mortas.”
Confesso que Vic me deixou estressado em alguns momentos. Por tentar negar de qualquer forma que Manx estava solto, a personagem se mostrava bastante ríspida com as pessoas, ou melhor, mal educada. Vários personagens secundários (que por sinal são muito importantes para o desfecho da história), como Lou (pai de Wayne) e Maggie (uma figura do passado da protagonista que a explicou como funcionam seus poderes) tentavam oferecer ajuda, mas Vic insistia em afastá-las. E eu ficava tipo: garota para de ser rabugenta!
Charlie Manx, por sua vez, é um dos vilões mais carismáticos que já tive o prazer de conhecer. É interessante pontuar que o personagem acreditava que estava fazendo BEM às crianças, pois na Terra do Natal elas podem se divertir para toda a eternidade (embora o preço seja perder a alma e a racionalidade, HÁ). Manx possui um senso de moralidade que rapidamente o torna antagonista de Vic, e como considera ELA a vilã, decide que Wayne seria muito mais feliz ao seu lado na Terra do Natal. E aí a gente acompanha uma perseguição que perdura por uma boa parte do livro, perseguição esta que torna a leitura bem lenta em alguns momentos.
“Tenho certeza de que você é um ótimo menino. Todas crianças são...por um tempo.”
Embora todo esse conceito da Terra do Natal seja bem interessante e os personagens não deixem a desejar no que se refere à caracterização, o livro possui um EXCESSO de referências que em determinado momento começam a irritar o leitor. É como se Joe Hill quisesse esfregar na nossa cara que é filho de Stephen King, pois temos INÚMERAS referências às obras do autor, como It, O Pistoleiro, O Iluminado, Doutor Sono, Carrie, etc.
“– Você disse falar a moto falar com você. O que ela está dizendo? Eu não falo a língua das motos. – Ah, ela está dizendo “Aiô, Silver”.
É claro que a gente gosta de saber que as histórias possuem certa conexão (sendo que temos até uma referência muito inteligente relacionada com Doutor Sono), mas acredito que o autor exagerou. Além das referências às obras de King, o livro também abusa do ultrapop: Harry Potter pra lá, Senhor dos Anéis pra cá, e por aí vai.
“Existe tribo do Nó Verdadeiro, que vive na estrada e trabalha maios ou menos no mesmo ramo que eu.”
Tamanho número de informações prejudica a compressão de um enredo que já é complexo, e até desvia o foco em algumas passagens. Todavia, essas ressaltavas são bastante pessoais, pois alguns leitores podem até gostar dessa enxurrada de cultura pop, é de gosto mesmo né. O final é bastante corrido e certos acontecimentos não me convenceram (ora fáceis demais, ora pouco críveis), porém eu não visualizo um desfecho melhor para essa história grandiosa criada pelo autor. Só algumas execuções que poderiam ser diferentes.
Em suma, Nosferatu não deixa de ser um super recomendação para quem curte histórias sobrenaturais bem estruturadas, cujos personagens vão sendo moldados aos poucos para que se tenha uma ampla perspectiva sobre os mesmos. Hill tem tudo para dar continuidade ao legado no pai, nos encantando com as palavras e impactando, seja na literatura, seja no cinema.
“Chorar era uma espécie de luxo; os mortos não sentiam perda alguma, não choravam por ninguém nem por nada.”
Aliás, a obra possui uma adaptação seriada pelo canal norte-americano AMC (que inclusive já possui resenha aqui, feita pela Vivs). Infelizmente, a série foi cancelada após duas temporadas, porém, segundo os diretores, foi possível encerrar todos os arcos do livro.
Para ler a resenha da série, clique na imagem abaixo:
Até as próximas resenhas!
Filho de peixe peixinho é!
ResponderExcluirAliás toda a família King é talentosa!!!
Achei bem interessante, Joe fazer referências aos livros do pai, talvez tenha apenas se empolgado um pouquinho..rsrs
Achei criativo esse Parque do Natal.
E foi uma excelente sacada de Joe criar um vilão simpático e uma mocinha que dá nos nervos.
Chelle, obrigado pelo comentário!
ExcluirSimmmm, o vilão é até mais interessante que a mocinha hahahahaha.
Beijos.
Filho de peixe peixinho é. Aliás toda a família King é talentosa.
ResponderExcluirAchei interessante Joe fazer referências aos livros do pai, Talvez tenha se empolgado um pouquinho...rsrsrs
Bem legal também a ideia desse Parque do Natal.
E genial a sacada de criar um vilão carismático e uma mocinha que dá nos nervos.
Então, eu não li o livro ainda, mas claro, talento é sim, hereditário, principalmente no caso do Mestre King!
ResponderExcluirMas eu vi a série, a primeira temporada,e confesso que gostei muito. Tá, penso que em uma temporada poderia ter sido tudo concluído, mas ainda verei a segunda temporada.
Isso das referências às obras do pai deve ser algo bem chato na leitura, pois nem todo mundo tem acesso a estas referências e isso meio que deixa o leitor perdido.
Mas sim, ainda quero muito ler!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor
Angela, obrigado pelo comentário!
ExcluirEu vi o trailer da série e achei, sei lá, uma produção de baixo orçamento hahaha. Confesso que não tem vontade de assistir.
Beijos.
Ainda nao li nada do pai, nem do filho, nem da mae dele, mas tenho vontade de ler todos, mas to bem atrasada em conhecer a escrita dessa familia mesmo.
ResponderExcluirEsse livro ja tinha me deixado interessado em algumas resenhas que ja tinha lido sobre e fiquei bastante curiosa pela historia. Nao sabia que tinha uma adaptação. Amo o nome da garotinha!
Ariela, obrigado pelo comentário!
ExcluirO que você está esperando mulher? Vem pra família King.
Beijos.
Olá
ResponderExcluirQue bom que mesmo com essas ressalvas apontadas por você na resenha o livro recebeu uma ótima nota .
Presumo que o livro deve ser bem interessante com uma trama bem construída.so achei exagero o autor ficar trazendo referência a obra do King.e a Vic parece que ficou um pouco amarga com a experiência que teve com o viláo Manx.achei estranho colocar o nome Terra do Natal local que onde as crianças poderiam se divertir a vontade mas teriam que perder a alma .
Parabéns pela resenha
Eliane, obrigado pelo comentário!
ExcluirAcho que as referências até enriquecem o livro, mas tudo tem limite né?
Beijos.
Alison!
ResponderExcluirO que falar quando o DNA mostra o quanto é dominante?
De minha parte gosto de detalhes e citações, por isso, talvez quando ler, não ache o livro tedioso.
O que mais gostei foi esse plot em var o vilão e a protagonista em perseguição o tempo todo, embora ela tenha ficado descontrolada em determinadas partes.
cheirinhos
Rudy
Rudy, obrigado pelo comentário!
ExcluirA Vic realmente pode ser descrita como descontrolada (no mínimo rsrsrsrsrs).
Beijos.
Nossa, que livro grande hein? Ficaria um pouquinho com medo de ler e não gostar na metade ou quase no final, imagina? HAHAHAHA além de ser um gênero que eu não leio tanto. Mas que bom que você gostou, que o talento se mostrou tão promissor, o pai deve tá bem orgulhoso.
ResponderExcluirQue legal ver um vilão tão diferente, pelo menos acabo não esperando um carismático. Mas são as diferenças que nos cativam né? Uma pena que a série foi cancelada tão rápido.
Abraços
Bruna, obrigado pelo comentário!
ExcluirNão tenha medo do número de páginas, você nem percebe quando a história começa a ficar boa.
Beijos.
Olá! Hahaha que eu já estava lembrando da série durante a resenha e para ser sincera não sou muito fã do gênero, então assim, nada contra, mas não é uma leitura que desperte meu interesse, pelo menos por enquanto, mas pretendo sim dar uma oportunidade ao gênero algum dia desses.
ResponderExcluirElizete, obrigado pelo comentário!
ExcluirQuem sabe um dia você não arrisca, né? Garanto que as chances de gostar são grandes.
Beijos.
Olá, Alisson
ResponderExcluirSou confessadamente super medrosa, então já corro logo de livros assim!
Não sabia que o King tinha um filho escritor também! Que massa! E parece que vai na mesma pegada do pai, matando o povo do coração KKKKK
624 PÁGINAS?? Bem grande ne? Socorro
Beijos
Theresa, obrigado pelo comentário!
ExcluirMenina, a família inteira gosta de escrever. Na verdade o King possui DOIS filhos escritores hahahaha.
Beijos.
Olá Alison!
ResponderExcluirPelo visto só eu que não sabia do parentesco de Hill com King (vamos usar o mesmo sobrenome aí pra facilitar a vida dos leitores ignorantes, né pessoal?). Eu acho ate meio contraditório ele adotar um sobrenome diferente mas encher o livro com referências às obras do pai, vai entender. Nosferatu me pareceu o tipo de livro onde todos os personagens necessitam de terapia rsrs, inclusive acho que Charlie daria um ótimo objeto de estudo para Freud, o cara é sinistro. Como terror não faz parte do meu repertório literário eu passo, mas com certeza o legado de King será muito bem continuado por seus filhos.
Beijos
Aline, obrigado pelo comentário!
ExcluirHAHAHAHA A questão do nome realmente facilitaria a nossa vida MESMO.
Beijos.
Oii
ResponderExcluireu nunca li nenhum livro do autor, e confesso que tinha mais vontade de ler justamente por ser filho do King hahahha
Esse parece ser um bom livro para começar, achei a história dele bem interessante, e o livro parece ser muito bom mesmo tendo alguns problemas. Acho que isso da cultura pop e das referências também iriam me incomodar em um livro de terror.
Bjss ^^
Pamela, obrigado pelo comentário!
ExcluirSe joga! Também foi meu primeiro livro do Hill e eu já virei fã (assim como sou do pai há anos né kkkk).
Beijos.
Oii,
ResponderExcluirAii sou louca para ler essa história.
Parece ser o melhor do Joe Hill, apesar de que essas descrições todas acho cansativas, é um dos motivos que já parei livros do pai dele kkkkk
Coitada da Vic, fiquei com dó dela, e fico só imaginando como que ela fugirá desse vilão kkk
bjs