Autor: Nellie Bly
Páginas: 192
Ano: 2020
Editora: Wish
Gênero: História, Literatura Estrangeira, Não-ficção
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:
Sinopse: No dia 22 de setembro, o World perguntou se eu conseguiria fazer com que me internassem num dos hospícios de Nova York, com o objetivo de escrever uma narrativa simples e clara sobre o tratamento dado aos pacientes lá confinados, os métodos de administração etc. Eu teria a coragem de enfrentar a provação que tal missão exigiria? Eu seria capaz de fingir as características da insanidade de forma a enganar os médicos e viver por uma semana entre os insanos sem que as autoridades do lugar descobrissem que eu era apenas uma forasteira tomando notas? Respondi que acreditava que sim. Tinha certa fé na minha habilidade como atriz e pensei que poderia fingir insanidade por tempo bastante para completar qualquer missão confiada a mim. Eu conseguiria passar uma semana na ala dos insanos na Ilha de Blackwell? Respondi que sim. E consegui.O relato real de uma jornalista que se arriscou ao internar-se em um hospício em 1887. Nellie inspirou a personagem Lana em American Horror Story - Asylum.
Resenha:
“Quando passei por um pavilhão baixo, onde uma multidão de loucas indefesas estava confinada, li um lema na parede: “Enquanto eu viver, terei esperança.”
Dez dias em um Hospício é um lançamento da Editora Wish de 2020, que trás o livro inédito no Brasil da autora Nellie Bly que em 1887, aceitou o desafio de seu editor no jornal New York World (cujo editor-chefe era ninguém menos que Joseph Pulitzer, renomado jornalista e editor que criou o maior prêmio do jornalismo: Prêmio Pulitzer).
Imaginem a importância dessa reportagem investigativa há mais de século atrás? Nellie aceitou ir infiltradas para o hospital psiquiátrico da Ilha Blackwell, cuja fama não era das melhores mas nunca houve antes provas dos martírios que esperavam as mulheres que era consideradas insanas naquela época e abandonadas pela sociedade era jogadas ali.
Dez dias em um Hospício, é a narrativa fiel dos acontecimentos dentro do local e podem se preparar que não é um conto de fadas. Apesar de Nellie ter encontrado pessoas que se importavam com o destinos dessas mulheres não eram a maioria e em muitos casos, as mulheres que passavam por situações extremas de dor e tortura nem deveriam estar ali.
Para um contexto básico da história da evolução no tratamento de pessoas atípicas (o termo correto para quem está dentro de algum transtorno mental, deficiência intelectual, transtornos de personalidade e humor etc), existe uma luta árdua dos especialistas até hoje para que os pacientes sejam tratados corretamente e seguindo um tratamento terapêutico humanizado, então se hoje em dia ainda temos este problema com toda a informação sendo disponibilizada para o público pela internet, livros, filmes entre outros; podem imaginar que a realidade em 1887 eram horrível.
A reportagem que depois se tornou um livro é um marco da importância das reportagem investigativas, o impacto real que as descobertas de Nellie trouxeram aos pacientes, com um aumento do investimento financeiro devotado à área ao público conhecendo o dia a dia das pessoas que eles preferiam manter presos e longos de sua vista não pode ser mensurado.
Recomendo muito a leitura do livro que é curto e apesar do tema bem pesado, a narrativa não visa a chocar e sim informar.
O livro ser lançado no Brasil nesse momento é ainda mais importante já que existem movimentos querendo retroagir todos os avanços da medicina nessa área e destruir os projetos do SUS para o atendimento psiquiátrico no Brasil! Leiam, pesquisem para se informar ainda mais e debatam o tema!
“Gostaria de colocar acima dos portões que se abrem para o hospício: “Quem entra aqui deixa a esperança para trás.”
Até a próxima
Ps: o livro possui alguns extras que merecem ser lidos, outras reportagens da autora e uma pequena biografia. Adorei, enriqueceu muito a experiência literária.
Fiquei lendo sua resenha e me perguntando o que fazer em uma situação dessas. Minha irmã trabalha em um hospital psiquiátrico há muitos anos e ela se emociona demais. Ela já viveu cada história ali dentro que a gente tem certeza de que ela está no lugar certo. Puxa, fiquei emocionada!
ResponderExcluirComo não conhecia o livro, já fiquei super com vontade ler, ainda mais que é uma experiência real, vivida mesmo!
Já vai pra listinha de mais desejados!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor
Dez Dias Em Um Hospício é de grande importância por várias razões:
ResponderExcluirpor abordar as questões psicológicas em uma época em que era tabu;
Por ser um relato in loco;
E, principalmente, por ter sido feito/escrito por uma mulher e ter sido não só valorizado quanto ser uma referência até os dias de hoje.
Bastante curiosa pra ler esse livro. Vi que tinha uma edição lançada por uma outra editora também, mas gostei bastante dessa da wish. Quero muito ler!
ResponderExcluirOlá, Vivian
ResponderExcluirNão conhecia a premissa do livro, e caramba! Parece ser muito boa.
Saber que foi escrito a tanto tempo e que é com base na vivência da autora me deixou muito empolgada, apesar de saber que vai ser uma leitura pesada.
Achei a capa muito interessante.
Obrigada pela dica.
Beijos
Vivian!
ResponderExcluirNunca li nenhum livro da editora Wish, mas pela resenhas que li aqui, me interessam muito, vou ver se baixo o ebook.
Como psicologia é minha área de formação e trabalhei em hospitais psiquiátricos, gostaria de ver como era naquela época e o que mudou para hoje em dia.
Realmente vemos muita coisa desnecessária e fora do padrão ainda hoje, imagina naquele século...
cheirinhos
Rudy
Ei Vivis!
ResponderExcluirEditora Wish sempre arrasando em suas edições, certo?
A Marina sempre pensa em um trabalho impecável quando e trata de livros, e esse em um tema bastante importante, que você abordou na resenha: o tratamento humanizado para pacientes atípicos.
Acredito que será uma boa leitura, principalmente porque terminei "Libertação" do Chico, que fala justamente disso por um viés espírita. Vou colocar na lista!
Bjim
Olá Denise
ResponderExcluirEntáo imagino que deve ser uma leitura bem esclarecedora a respeito do tratamento destinado as mulheres com alguns transtornos mentais e até mesmo para algumas que nem apresentava nenhum tipo de doença mental.tramas assim baseados em fatos reais sempre chama minha atenção.
Oi, Vivian
ResponderExcluirNão conhecia o livro e vai para a lista de desejos.
Muito legal essa jornalista se arriscar para estar no hospital psiquiátrico e escrever tudo o que as mulheres passavam naquela ilha.
Quero muito fazer essa leitura, beijos.
Oiii Vivian
ResponderExcluirConfesso que vendo inicialmente, não seria o tipo de livro que eu pegaria pra ler. Mas achei esse tema super interessante, mesmo sendo meio pesado. Realmente é bem importante esse tipo de reportagem, é o que ajuda a melhorar o tratamento. Fiquei com vontade de ler o livro, parece ser um livro muito bom!
Bjss ^^
Olá Vivian!
ResponderExcluirQuanta admiração por essa autora. Tomar a decisão de se infiltrar no hospício não deve ser sido fácil, e ela deve ter sofrido muita retaliação depois que expôs a crueldade do lugar. Com certeza a obra serve para fomentar diversas discussões. Nem me fale sobre esse motim contra o SUS, Vivian, cada dia me irrito mais com as ações do governo. As pessoas precisam dar mais valor e apoiar tanto o SUS quanto os jornalistas que se arriscam para trazer a verdade à tona.
Beijos
Olá! Caramba que só pelo título jamais imaginaria do que se tratava esse livro e que ele traz uma história tão importante, que ao mesmo tempo que choca também emociona, fiquei curiosa para conhecer um pouco mais dessa jornalista que aceitou esse desafio e tanto hein! Deve ser também bem inspirador.
ResponderExcluirOii,
ResponderExcluirnossa, um livro importantíssimo.
Realmente necessário, ainda mais em tempos de pandemia.
Vou querer sim.
bjs