Crave, A Marca - Verônica Roth

28 de outubro de 2020

Título: 
Crave, A Marca
Autor: Verônica Roth
Páginas: 480
Ano: 2017 
Editora: Rocco
Gênero: Distopia, Ficção científica, Jovem adulto, Literatura Estrangeira.
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:  
Sinopse: Num planeta em guerra, numa galáxia em que quase todos os seres estão conectados por uma energia misteriosa chamada “a corrente” e cada pessoa possui um dom que lhe confere poderes e limitações, Cyra Noavek e Akos Kereseth são dois jovens de origens distintas cujos destinos se cruzam de forma decisiva. Obrigados a lidar com o ódio entre suas nações, seus preconceitos e visões de mundo, eles podem ser a salvação ou a ruína não só um do outro, mas de toda uma galáxia. Primeiro de uma série de fantasia e ficção científica, Crave a marca é aguardado novo livro da autora da série Divergente, Veronica Roth, que terá lançamento simultâneo em mais de 30 países em 17 de janeiro, e surpreenderá não só os fãs da escritora, mas também de clássicos sci-fi como Star Wars.


Resenha:



“A corrente flui através de cada um de nós – respondeu Dr. Fadlan com gentileza. – e como metal liquido fluindo dentro de um molde, assume uma forma diferente em cada um de nós, mostrando-se de um jeito diferente. Enquanto uma pessoa se desenvolve, essas mudanças podem alterar o molde em que a corrente flui, então o dom também pode mudar... mas as pessoas em geral não mudam em um nível básico desses.”

Crave, A Marca, é o primeiro livro da duologia da autora norte-americana Verônica Roth, autora da trilogia Divergente e publicada no Brasil pela Rocco Jovens Leitores. 

A duologia já se encontra publicada aqui e com isso resolvi trazer um pouco da minha experiência com esses livros.

Vou começar falando da edição brasileira. Crave, A Marca tem uma capa que eu amo de paixão, inclusive, a capa foi um fator importante para que eu fosse ler o livro, já que eu estava para dizer no mínimo decepcionada com o final de Divergente.

Ainda bem que fui fisgada por essa capa viu, que além de bonita tem tudo a ver com a história do livro.

Em Crave, A Marca, temos uma jornada no espaço, o universo é formado por 09 planetas que formam um sistema planetário, governados por uma nave da Assembleia, nesse sistema, existe um fenômeno natural, que é uma corrente de energia invisível, que ao tocar as pessoas nos planetas lhe confere um poder, este que é único, ou seja, cada um tem um dom concedido pela corrente. Que em muitos casos pode ser uma benção ou maldição, pode ser algo que combine totalmente com a personalidade da pessoa, ou não. Ou seja, é algo muito aleatório, apesar de que achei que existia uma força do destino em certos dons que li nos personagens. 

E falando em personagens, vamos falar dos protagonistas desse livro, que para a minha alegria eu os adoro (quero os matar em uns momentos? Quero...). Cyra e Akos são dois jovens que nasceram em Thuve, um dos nove planetas, este é dividido por duas etnias: os Thuvesitas e os Shotets, cada etnia reivindica ser o verdadeiro dono do planeta e a rivalidade entre eles é lendária, sanguinária e dura anos. A metade do planeta em que os Thuvesitas vivem, está em um constante inverno, eles são governados pelos oráculos, cidadãos Thuvesitas com poderes de premonição e derivados e o lado Shotet é descrito como selvagem, brutal e cruel. Como esses dois foram se conhecer?

Akos é filho de uma das oráculos de Thuve, porém, isso não impede que em uma invasão shotet ele e seu irmão Eijeh fossem seqüestrados e levados até o líder da nação shotet, o cruel Ryzek.

Este entrega Akos para ser escravo pessoal de sua irmã Cyra.

“- Cyra, o dom vem de você. Se você mudar, o dom mudará também.”

É a partir desse ponto que somos levados a mergulhar em uma jornada complexa com esses dois personagens. Ambos estão destinados a se odiar, ou é isso que a sociedade e criação deles espera que aconteça, contudo de uma forma muito bem desenvolvida pela autora, um relacionamento entre eles é formado. Bloco a bloco. Cyra precisa de Akos, e por isso, os elos entres eles são forjados. Nada é de uma hora para a outra, por isso, eu me vi torcendo muito por esse relacionamento. E para minha alegria, Verônica não veio com triângulos amorosos. Também, não veio com um relacionamento tirado do nada. E dito isso, também não esperem um romance como foco principal deste livro.

“Vi, pela primeira vez, como era ínfima a linha entre o medo e o amor, entre a reverencia e a adoração.”

 

O que temos é uma sociedade fragmentada, vivendo em uma guerra secular e que dois jovens, vão descobrir que seus atos podem causar uma revolução. O livro traz uma boa critica social, e aponta ao fato de que não devemos cruzar os braços diante de situações que não concordamos, que uma pessoa sim pode fazer a diferença.

“Assim, eu sonhava com a morte, e a morte preenchia meus dias.”

Eu poderia falar mais do livro, mas a história é excelente e merece ser lida, e com todas as surpresas possíveis, os personagens são complexos, a sociedade e suas diferenças étnicas também me chamaram a atenção. O elemento mágico da trama, a força da corrente, não é um elemento dado a apenas um fragmento da população como vi em muitos livros desse estilo, mas está intrinsecamente ligado a todo o universo, que torna a trama bem rica.

“Corações frágeis fazem valer a pena viver neste mundo.”

 

 

Temos um pouco de tudo, romance, uma mitologia interessantes, luta contra um regente cruel e abusivo, luta contra um sistema de governo que tende a manipular a todos... E temos uma dose de drama familiar que torna tudo mais interessante.

O ritmo de escrita é bem fluido, e li muito rápido. O ponto de vista da narrativa flui entre os protagonistas, o que funcionou muito bem. Cyra narra em primeira pessoa, enquanto Akos narra em terceira pessoa. Podemos ver o universo e toda a trama através de ambos os pontos de vistas, e eles são essencialmente diferentes entre si, e aos poucos convergem para uma visão em conjunto e muito mais ampla. Por desenvolver toda a mitologia e nos apresentar muito detalhes do sistema planetário, o inicio do livro é rico em detalhes, porém, do meio em diante, a ação toma frente e fica muito empolgante o ritmo da trama.

Apesar de ter me empolgado muito com o livro (MUITO) o final me deixou chateada, com um detalhe que me fez temer pela conclusão da história. Realmente não gostei, então demorei um tempo para ler o segundo livro... Mas sobre ele... Eu falo na próxima resenha... Aguardem para saber se minha experiência com a duologia inteira foi boa ou ruim.



Até a próxima.

“Sou Shotet. Sou tão afiado e frágil quanto vidro quebrado. Conto mentiras melhor do que digo a verdade. Vejo tudo da galáxia e nunca tive um vislumbre dela.”


14 comentários

  1. Eu sou tão lerda que não havia associado o nome da autora a saga Divergente. Decepcionada com o final??
    Eu fiquei é P rs
    Mas vou ser muito sincera, acho que é a primeira resenha que leio desse livro e só tinha visto a capa. Por isso, ler que os protagonistas conseguiram criar uma relação no tempo certo, sem aquele desespero, sem isso dos "maleditos" triângulos amorosos e mesmo assim, entrar numa luta por justiça, deu muito certo no enredo da autora!!!
    Com certeza, é um livro que vai para a listinha de desejados que graças a vocês do blog, só cresce! rs
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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    1. Oi Ângela. Acho que nem todo mundo relaciona esse livro a autora de divergente é isso é bom para ele já que o final do outro foi terrível né . Mas vale muito a pena ler essa duologia. Beijosss

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  2. Vivian!
    Nossa, esse livro foi decepcionante rsrsrsrs, pois tinha tudo pra dar certo mas não sei o que aconteceu que no final a gente fica tipo "só isso?".
    Em questão de construção de mundo e mitologia espacial a obra não deixa a desejar, inclusive esse mapa dos planetas que acompanha o livro é extremamente útil pra gente se situar.
    Mas esse protagonistas? Não gosto. Os achei fracos e com personalidades óbvias e não, também não encontrei química no casal.
    O vilão é aquele mais do mesmo né, nada de novo ao sol. Isso, somado a passagens entediantes e um final pouco coeso, fazem com que a obra seja bem inferior a outros livros da autora. Sério, nem parece a mente brilhante por trás de Divergente. É tipo a Kiera Kass com A Prometida.
    Mas fico no aguardo da resenha de Destinos Divididos, vamos ver onde essa farofa vai dar.
    Beijos.

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    1. Hahahah
      Eu acabei gostando não ligo muito para romances quando a trama me chama a atenção
      Aguarde para saber o final da minha experiência com essa duologia
      Beijos

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  3. ola
    confesso que não me empolgo a ler livros desse genero ,mas a capa realmente está linda
    não conheço a escrita da autora mas vi muitos comentarios negativos em relaçao ao final de divergente.
    mas que bom que voce curtiu o livro

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  4. Vou te confessar que a vontade de ler passa tão longe que nem consigo sentir o cheiro kkkk gente, não gostei da série Divergente, não só pelo final, mas todo o desenvolvimento não rolou. Tanto que nem assisti ao último filme, zero vontade. E vou te falar, se um livro terminar com algo que eu não gosto, que estou com medo de continuar, mulher, eu simplesmente finjo demência AHAHAHAHA termino no primeiro e pronto! Espero muito que você não se decepcione.

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    1. Bruna, a esperança é a última a morrer né
      Logo saberemos se irei chorar ou não kkkk

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  5. Oi, Vivian!

    Acredita que nem consegui terminar a trilogia de Divergente? Eu acho a escrita da autora muito boa, mas não sei... Cheguei no começo do terceiro e abandonei, porque tava muito chato e, consequentemente, nem assisti ao último filme. Pelo jeito, não perdi muita coisa, né? Haha

    Eu acho muito bom esse aspecto da autora de não saturar demais o romance, de ter uma história mais forte por trás e o casal ser somente um complemento. O enredo parece ser bem interessante e já gostei mais ainda porque são só dois livros. Quando vejo que o livro faz parte de uma série, eu saio correndo. Não tenho paciência pra séries muito longas não. KK

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    1. Sou suspeita porque adoro umas séries enormes. Mas tenho preferido duologias ou no máximo trilogias também
      Porque não corre o risco de alongar com besteiras a trama
      Beijos

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  6. Vivian!
    Desde o lançamento desse livro, fiquei curiosa pela leitura, primeiro por ser uma ficção e também porque adoro esse tipo de ficção 'planetária.'
    Ver que não tem triângulos amorosos já é um bom passo e saber que tem uma nova mitologia, dramas familiares e muitos assuntos interessantes, aguça ainda mais minha curiosidade.
    Quanto ao final, só lendo para saber, né?
    cheirinhos
    Rudy

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    1. Oi Rudy
      O livro me surpreendeu
      Eu também adoro fantasias e ficção espacial!

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  7. Olá! Decepcionada é o mínimo neh, eu fiquei foi DEVASTADA, além de traumatizada e depois de ler a resenha, pelo visto, o melhor é não arriscar, definitivamente a autora está na minha lista de “persona non grata” (risos).

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    1. Elizete foi ruim demais a experiência né
      Sofremos!

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  8. Olha, confesso que nunca tinha tido vontade de ler esse livro justamente pelo final de Divergente. Eu fiquei com tanta raiva da autora que nem queria ler mais nada dela. Só agora estou conhecendo um pouco da história. Achei esse enredo super diferente e bem interessante, e já me deixou curiosa pra saber mais da história. Provavelmente vou amar esses personagens, já que voce gostou deles, e adorei saber que não tem triangulo amoroso. Só é uma pena que o final tenha te decepcionado =/

    Bjss ^^

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