Princesa Kevin - Michaël Escoffier e Roland Garrigue

Título: Princesa Kevin
Autor: Michaël Escoffier e Roland Garrigue
Páginas: 32
Ano: 2020
Editora: Companhia das Letrinhas
Gênero: Literatura Infantil
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota: 

Sinopse:É o dia da fantasia na escola de Kevin, mas ele não quer ir de caubói, de pirata ou de dragão, como todos os outros meninos. Kevin quer se vestir de princesa!
E que problema haveria nisso? Por que meninos não podem ser princesas, e meninas, cavaleiros?
Kevin é um menino corajoso e, com a ajuda de sua amiga Chloé, vai mostrar para todo mundo que o que importa é sentir-se bem e se divertir – seja usando sapatos de salto ou uma capa de super-herói.
Este livro é indicado para crianças a partir de 6 anos.

Este livro foi cedido pela Editora Companhia das Letrinhas, porém as opiniões são completamente sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora. 

Resenha:

Kevin é um menino que possui muita criatividade e uma imaginação sem fim, a coragem é também uma grande qualidade sua. O garoto possui grandes companheiros como amigos, incluindo Chloe. Ele apresenta uma personalidade forte e é muito bem resolvido consigo mesmo.

Tudo fica diferente quando o tão esperado dia da festa na escola chega, deixando Kevin muito ansioso para usar fantasia junto aos seus colegas de classe. O pequeno recusa vestir-se de herói ou cavaleiro, ele toma sua decisão definitiva ao se fantasia de princesa. No entanto seus amigos, especificamente os garotos, o excluem e zombam de sua escolha, assim o garoto precisa lidar com a rejeição.

O enredo aborda apenas um dia da história de Kevin, ressaltando todos os seus sentimentos em relação ao acontecido. A narrativa é simples e envolvente, perfeito para a linguagem infantil. Porém há muitas reflexões e críticas que podem se trabalhadas, além de exploradas, até mesmo pelo público adulto.

Primeiro de tudo sobre a importância da liberdade infantil, pensando como é relevante para o desenvolvimento humano a brincadeira e a imaginação o mais livre possível. Outra questão é a inserção dos estereótipos profundamente difundidos já na infância, o quanto isso pode segregar e perpetuar a exclusão? Da mesma forma também pode remeter a concepção de gênero.

Tudo isso aponta a necessidade de que livros como esse estejam em todas as casas e, até mesmo, nas instituições educacionais. Afinal fantasias são apenas fantasias, assim como roupas são apenas roupas. Qual a necessidade de romper a diversão e a espontaneidade infantil por puro preconceito?

As ilustrações são simplesmente apaixonantes, na obra ficou apenas a desejar um pouquinho mais da perspectiva dos pais/responsáveis de Kevin e seus professores. Mesmo assim o livro é extremamente fofo, perfeito para famílias e profissionais que desejam educar na igualdade e diversidade. É possível se divertir bastante lendo, ao mesmo tempo em que se aprende muitas lições.