Título: A Canção das Águas
Autor: Sarah Tolcser
Páginas: 425
Ano: 2017
Editora: Plataforma21
Gênero: Fantasia
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:
Sinopse: Caroline Oresteia é destinada às águas. Geração após geração, sua família recebe o chamado do deus do rio, que guia as embarcações por viagens infindáveis através das Terras dos Rios. Assim, a jovem passou a vida esperando finalmente ouvir seu chamado. Porém, passaram-se 17 anos e o deus do rio ainda não sussurrou seu nome – e se ele ainda não o fez, existe a chance de jamais fazê-lo. Quando o pai de Carô é preso por se recusar a transportar uma carga misteriosa, ela decide então tomar o destino nas próprias mãos. Concordando em entregar tal carga em troca da libertação do pai, Carô se vê presa numa rede de intrigas políticas, piratas perigosos e… paixão. Definitivamente, a carga que está transportando está bem longe de estar segura. Como lidar com tudo isso sem a ajuda do deus do rio? Nesta aventura, Carô precisará escolher entre a vida que sempre quis e uma outra, nova, que jamais imaginou para si.
Resenha:
Andei pensando sobre meus hábitos de leitura e percebi que tenho um certo padrão. Os livros que mais me tocam sempre tem coisas não clichês, magia, personagens femininos fortes e água, seja rio, mar, chuva, poder da água, etc. Quando então o livro junta um ou mais desses elementos tem uma forte chance de se tornar um grande preferido meu. Por isso, ao ver a capa de A Canção das Águas, logo me encantei pelo barco majestoso navegando por um mar azul como a noite. Li a sinopse e vi que havia um deus no fundo do rio que ajudava os barqueiros. Ora, rio, mar, barco e magia, vários elementos que eu gosto tanto. Vou dar uma chance para a leitura.
A história começou então com Carô, a filha de um barqueiro, sendo obrigada a embarcar em sua primeira viagem pelo rio sozinha, como capitã interina da Cormorant, o barco que é sua casa. Ela precisa entregar uma caixa muito importante em outra cidade. Sua família sempre tinha sido favorecida pelo deus do rio, que fala na língua das pequenas coisas, mas ela não. Ela nunca ouviu o deus. Por causa disso, ela se sente extremamente insegura de ir nessa viagem sem seu pai (a razão pela qual ela indo) e acha sempre que não vai conseguir.
Em vários momentos, outros personagens entram na história, conhecemos o lado da mãe de Carô e vemos como navegar sempre fez parte de quem ela é. A moça se vê envolvida na briga entre Akhaia, o reino, e alguns rebeldes que querem tomar o poder. E para alguém que sempre tinha ficado em cima do muro, Carô é obrigada várias vezes a tomar partido de uma briga que nunca foi dela.
Dentro de tudo isso acompanhamos o crescimento dela e sua transformação para uma legítima capitã. O modo como ela domina seu destino no final (não é um spoiler se você não sabe qual esse destino) mostra que ela estava longe de ser a menina de 17 anos que começou toda insegura. Isso é digno de ser notado, porque ninguém merece ler algo que os personagens começam e terminam do mesmo jeito, parece que a história não anda.
Mas percebo agora que talvez só os elementos que falei no início não sejam suficientes para que um livro me marque tanto. Eu gostei da história e o final me surpreendeu muito. Dado a forma como o livro vinha sendo construído até então o fim saiu um pouco do que seria o caminho natural e todos sabem como eu amo algo fora do clichê. Porém, a escrita deixou muito a desejar e isso atrapalhou a imersão na narrativa. O começo do livro tem muitas informações diferentes jogadas de uma vez só e elas não se conectam, então tive a impressão de que o início foi feito meio correndo pra chegar no desenrolar da história mais pra frente. Mas essa “emboleira” toda me deixou um pouco desanimada e demorei para de fato me envolver com os personagens e o enredo.
A autora também poderia ter explorado mais toda a mitologia do deus do rio (e dos outros deuses) de modo que eles fossem melhor colocados na história. Para um mundo em que eles tinham tanta influência, sua presença na narrativa foi superficial e deixou algumas pontas soltas (que não posso dizer quais são pois seriam grandes spoilers, mas leiam o livro e venham comentar aqui pra gente ver se vocês também pensaram o mesmo que eu). Espero que no segundo livro as coisas melhorem um pouco. A magia do mundo que ela criou é de fato muito legal. Deuses se comunicando com as pessoas e regendo o mundo “através” delas. Tudo pra mim. Mas seus elementos poderiam ter sido mais desdobrados. Senti falta disso.
E só para não dizerem que não falei das flores, o romance foi bem óbvio desde o começo. Duas pessoas que começam se detestando. Para isso virar amor basta um pulo. Do primeiro diálogo entre Carô e Markos já sabemos que algo vai rolar. Mas não foi de todo ruim, apesar de um pouco clichê. A leitura é leve e recomendo para aquele momento em que não queremos pensar nem refletir muito sobre o que estamos lendo. Queremos apenas algo que nos distraia. É só a gente se desprender do nosso modo crítico e nos deixar navegar pelas águas guardadas pelo deus do rio, que fala na língua das pequenas coisas.
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Eu também gosto muito do gênero, mas confesso que não sei se seria um livro que eu leria. Apesar de não o conhecer até esse momento, senti falta já na resenha desse lance do se aprofundar mais nos seres da água, sejam mitológicos ou não. É sempre muito interessante se jogar nesse universo e com certeza, aprender mais!
ResponderExcluirJá o fato do romance óbvio me agrada..rs(gosto de achar que saquei bem antes de tudo)
Quem sabe talvez um dia, eu não o leia?
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor
Olá! O livro tem uma sinopse bem interessante, com personagens super determinados e empoderados, é a segunda vez que me deparo com ele, e acredito que isso só já é um baita sinal divino (risos). Mesmo com as ressalvas, acredito que vou curtir bastante a leitura, afinal estamos falando de fantasia.
ResponderExcluirMaíra!
ResponderExcluirAlgumas vezes nos enganamos com nossos gostos por determinados assuntos e/ou capas e acredito que foi o que aconteceu com você nesse livro.
Tudo muito obvio, inclusive o romance e o enredo, uma pena.
cheirinhos
Rudy
Oi Maíra
ResponderExcluirEu amo fantasia, mas ultimamente tenho começado a ser mais exigente. Os clichês e escritas enroladas acabam me perdendo. Eu estava curiosa sobre esse livro, porém, deu uma pequena desanimada. Veremos se leio ele, contudo o tempo anda tão escasso que prefiro ler algo que seja melhor construído. Ainda mais de um gênero que amo tanto
Beijos. 😘😘😘
Olá!
ResponderExcluirDificilmente eu ler fantasia mas fiquei curiosa por esse. Tem uma premissa maravilhosa e fiquei bem simpatizada com a personagem. Já irei anotar na listinha!
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