Título: Cítrico - Sabores do Sangue, 2
Autor: Simone O. Marques
Páginas: 372
Ano: 2019
Editora: Ler Editorial
Gênero: Fantasia, Ficção, Romance, Literatura Nacional.
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:
Sinopse:O ciclo do despertar transforma a vida de todos os que se envolvem com ele. Portadores, Escravos, Caçadores e todos que estão próximos deles irão provar os sabores e dissabores desta conturbada relação de sangue.
Este livro foi cedido pela Editora Ler Editorial, porém as opiniões são completamente sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora.
Resenha:
Cítrico é o segundo livro da trilogia da saga Sabores do Sangue autora brasileira Simone O. Marques, publicado pela Ler Editorial.
Por se tratar de uma resenha de uma série em andamento, pode haver spoilers do primeiro livro, que caso queiram conhecer um pouco mais, ele já foi resenhado no blog, podem ler clicando na imagem abaixo:
“Cítrico: diz-se do acido antioxidante e acidulante, que se pode extrair de frutos citrinos como o limão, a laranja, a toranja, a lima, a tangerina, etc.”
A historia de Cítrico, começa no mesmo ponto em que encerrou o primeiro livro Agridoce, Anya, é uma garota super protegida que passou sua vida inteira sem poder decidir nada sobre sua vida e isolada já que acreditava ser alérgica ao sol, criada por um pai que fazia todas as suas vontades, menos a deixar livre para ter uma vida normal, era aluna de gastronomia e vivia basicamente para estudar e cozinhar para seu pai. Até que ao dar um raro passeio noturno, ela surta e morde um cara misterioso e gostoso na praia. Ao acordar em um hospital, ela não se recorda do que houve. Porém, sua vida vai mudar totalmente, descobre que é uma vampira, assim como sua mãe antes de morrer foi, na mitologia criada pela autora, os vampiros, são uma anomalia genética, que quando em contato com um vampiro da raça possuidor do poder de despertar, tem os genes do vampirismo despertos e passam a precisar se alimentar de sangue. Alguns vampiros são alérgicos ao sol – por isso o pai dela inventou essa mentira para ela – e alguns tem poderes únicos. Outro ponto interessante da mitologia que ao despertar Anya, teve sua vida ligada a de Daniel, um lindo jovem, com uma profissão questionável. Ele é um garoto de programa, e agora é escravo dela, cujo sangue a sustenta totalmente. E possui outro humano – Dante, um médico – despertado, mas este é o seu caçador, destinado a matar.
Então após todas as mudanças em sua vida, ela se vê presa na casa de um vampiro mais velho e poderoso Rafael, que foi tutor de sua mãe e agora é o dela, enquanto ela precisa aprender a lidar com seus poderes, e eles precisam lidar com o caçador dela e outro vampiro, chamado Sid que esta interessado nela.
Este livro tem dois pontos importantes, aqui temos mais a presença dos “vilões” da história os caçadores, e foi interessante conhecer um pouco de tudo pelo ponto de vista dele, afinal, não podemos deixar de sentir empatia por eles, cujas vidas são alteradas totalmente por causa de vampiros que despertam para matar outras pessoas... não vamos romantizar assassinatos não é? O outro ponto foi que a autora inclui o uso de alguns poderes diferentes dos demais vampiros e de seus escravos. Que eu adorei, e quero muito ver mais deles.
“Existe um vampiro que chamam de Mensageiro, ele é o grande responsável por toda essa desgraça, pois desperta os genes adormecidos em algumas pessoas, que gostam de se denominar portadores, mas que na verdade, são vampiros assassinos, sugadores de sangue de vitimas inocentes. Quando um vampiro desperta, duas outras pessoas, que não tem nada a ver com isso, também despertam. Um é o Escravo, um coitado, um doador cujo sangue é o ideal para o vampiro. O outro é o Antagonista, a quem é dada a missão divina de eliminar o mal despertado. Somos conhecidos como Caçadores.”
Com a inclusão dos caçadores, tivemos um bom desenvolvimento da trama, no quesito ação, já que agora existe mesmo um antagonista delineado e podemos ter uma boa ideia do tanto de problemas os vampiros terão pela frente.
O poder de Anya, finalmente é conhecido, o que vai explicar muito do que está acontecendo com ela no decorrer da históri, sem contar que no primeiro livro ela se mostrou sendo capaz de transmitir a doença para outras pessoas através da mordida. É uma verdadeira incógnita, que tem me deixado curiosa, Daniel seu escravo, parece ser bem poderoso apesar da falta de experiência e Dante o seu antagonista, também é diferente dos demais caçadores. Um complicado triangulo entre eles começou a ser delineado nesse livro e que espero que seja ainda mais explorado nos próximos livros da série.
Porém, a leitura não foi totalmente satisfatória. Vejam bem, tem muitos pontos interessantes, uma mitologia quando bem explorada prende a nossa atenção. Contundo, Anya, simplesmente me cansou um pouco. Ela chora por tudo, falam com ela sobre algo que ela não gosta: vai e chora. Quer fazer algo e não pode: vai e chora. Ela age como uma menina mimada, sempre que pode critica os outros, a cada página a temos reclamando: que vivem tentando controlar a vida dela, o que pode ser verdade, seu pai fez isso a vida toda, e agora seu tutor, seu escravo, o ex-escravo de sua mãe e outros também querem controlar, mas o fato dela só reclamar, e não mostrar em nenhum momento está preparada para tomar as rédeas de sua vida, me fez desgostar desse ciclo, outro é que a todo momento ela se diminuiu por não ter experiências de vida. É algo que em toda cena sexy que há no livro ela toca nesse ponto. E o fato de todos os homens da vida dela – tutor, pai e o ex escravo da mãe dela – tratarem como uma santa boa demais para os demais seres humanos por ser uma virgem pura e inocente irrita muito, afinal, isso não a faz melhor do que ninguém e eles a todo o momento tratam Daniel como um lixo descartável que só precisa mudar toda a vida dele para ser uma bolsa de sangue ambulante de Anya. E infelizmente isso é dito a todo o momento no livro. Algo que me fez me sentir mal durante a leitura, já que humilhar outras pessoas, por causa de uma, sendo que os humilhados são inocentes e não tem controle sobre a vida deles, por causa do poder do vampiro a quem estão ligados é triste.
Talvez essa tenha sido a intenção da autora, até porque a escolha do termo escravo, diz muito. A pessoa é usada sem consideração nenhuma pela outra – um ou outro mostra um pouco mais de escrúpulos e trata melhor seu escravo, porém não muito – então, se for um modo de mostrar uma critica a relacionamentos abusivos. Porque foi bem assim que me senti lendo a dinâmica deles nesses dois livros.
Eu realmente não gostei disso no livro, ocupa muito espaço, se repetindo a todo o momento. Já sabemos que ela quer liberdade, já sabemos que ela era inocente, já sabemos que Daniel, foi um garoto de programa. Não vejo o motivo para essa repetição sendo dito por cada um dos personagens. Ficar batendo na tecla dela ser maravilhosa e precisar ser protegida por que é inocente e melhor do que todas as outras mulheres no mundo. Ficou enfadonho. Então espero que com tudo o que houve no livro, nos próximos, seja mais focado na ação em si, e menos nesse aspecto da trama.
Tem tanto a ser explorado. Novos personagens interessantes, merecem mais destaque do que Ivan, e seu racismo preconceituoso e violência gratuita por exemplo.
Quero muito ver Anya amadurecendo e deixando o vitimismo de lado e assumindo responsabilidades por seus atos e conseguindo sua liberdade, mas sem usar os outros como tem usado.
Cítrico, tirando essa minha critica, é um livro interessante, se passa no Brasil, com descrições de locais em São Paulo e Florianópolis o que torna uma história com um apelo intenso. Eu gosto de que os autores de fantasia e sobrenatural, quando escrevem no Brasil, usem realmente nomes brasileiros, e um pouco da realidade do país, o que a autora Simone faz. Temos uma mitologia que ainda me parece estar escondendo grandes novidades para os próximos livros. E personagens que me parecem ter uma grande potencial se explorados de forma mais madura.
Indico para quem gosta de romances, triângulos amorosos improváveis, literatura nacional e sobrenatural.
O terceiro livro da saga Sabores Do Sangue, Etílico, já foi lançado e trará o encerramento dessa história. Um livro que promete muita ação e algumas respostas para questões que ficaram em aberto nesse livro.
Até a próxima.
Me lembrei tão fácil da resenha do primeiro livro! Não somente pelo título,mas pela capa. Aliás, que duas capas e títulos incríveis!
ResponderExcluirEu infelizmente ainda não li o primeiro livro,mas confesso que gostei mais da resenha do primeiro do que deste agora.rs
Isso de personagem que qualquer coisa tá chorando, não me agrada não. Já fiz tanto isso, que digo que não tenho mais lágrimas..rsrsrs
Mas em contrapartida, gostei do foco maior nos vilões. Eu também adoro eles, principalmente quando a participação deles é maior!
Se tiver oportunidade, claro que lerei a trilogia e oh, já estou no aguardo da resenha do terceiro!!!
Beijo e viva nossa literatura nacional!!!
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor
Oi Angela
ExcluirAs capas são lindas mesmo!
E esse livro não me empolgou tanto também quanto o primeiro mas aqui estou eu esperando para ler o último.
Logo vem resenha assim espero.
Beijos.
Olá! Pensemos na máxima de que os humilhados serão exaltados!!! Só consegui lembrar disso lendo a resenha (risos)! Confesso que o primeiro livro me empolgou bem mais que esse, ainda mais sabendo do triângulo amoroso (arrepios aqui) que não me agrada em nada! Sério autores e autoras para que isso? Não é possível que vocês sejam TODOS librianos?!
ResponderExcluirMeoooo eu tô demais contigo Elizete! Para que triângulos amorosos? Eu não tenho muita paciência para esses romances. E agora vou me unir ao pedido de exaltação dos humilhados no final dessa história
ExcluirVivian!
ResponderExcluirPrimeiro quero dizer que sou fã incondicional da Simone e a acompanho desde o início. E que já tive oportunidade de ler essa série há uns anos atrás e até entendo a crítica feita na análise. Não gosto também dos triângulos amorosos, mas aqui até que tem um diferencial, concorda?
Quanto ao ESCRAVo, acredito que é bem isso que ela quis passar mesmo e espero que suas dúvidas sejam resolvidos com a continuação, porque tudo tem um significado maior, só direi isso...kkkk
cheirinhos
Rudy
Rudy! Eu tô na espera disso!
ExcluirOlá! ♡ Confesso que gostei bem mais da premissa do primeiro livro do que da deste. O livro até parece bom, mas tiveram algumas coisas que me incomodaram muito a respeito dele, como isso de Daniel ser sempre humilhado.
ResponderExcluirDetesto triângulos amorosos, esse é um clichê totalmente dispensável para mim kkk.
Enfim, talvez eu faça a leitura desse livro um dia, mas no momento vou deixar passar kkk.
Beijos!
Oi Rayssa, tem elementos que são muito bons e outros ruins. Veremos no último livro como fica o balanço entre esses aspectos.
ExcluirBeijos
Oiii ❤ Acho tão interessante essa mitologia que a autora criou sobre vampiros, parece ter alguns pontos um tanto quanto diferentes das que sempre ouvimos.
ResponderExcluirÉ uma pena que Anya seja uma personagem tão mimada, que chora por tudo e ainda é reclamona, geralmente me canso muito fácil de personagens assim.
Também não gostei que o personagem que é tido como o escravo de Anya seja humilhado, que situação chata!
Beijos ❤
Oi Rayanne
ExcluirA mitologia eu adorei. E tem tanto mais que pode ser explorado então vamos aguardar!
Beijos.
Só pela sinopse Eu já vi que o livro não me empolgou nem um pouco ele mesmo tendo prometido para mim mesmo que ele iria mais títulos nacionais esse ano de 2019 mas quem sabe eu dei uma chance a ele em 2020
ResponderExcluirNão conhecia essa série, mas curti um pouco, não como gostaria, mas gostei. Entendo seu lado negativo da história, tem muita coisa que poderia ter sido bem explorado. Quem sabe eu leia futuramente.
ResponderExcluirOi Ana
ExcluirTem elementos que me agradaram muito e outros que desgostei. Contudo sigo querendo saber como será finalizada a história.
Beijos.
Já li livros que tratavam de vampiros, mas todos aromatizados.
ResponderExcluirGostei da temática e da proposta apresentada no livro, só me desagradou o fato da protagonista se tratar de forma mimada, acho que estraga totalmente a trama quando o personagem principal se porta desse modo.
Pois é, fica um pouco cansativo. Mas disseram que no último livro terá um maior desenvolvimento da personagem! Irei aguardar 😉
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