Trono Destruído - A Rainha Vermelha, 4.5 - Victoria Aveyard

Título: Trono Destruído - A Rainha Vermelha A Rainha Vermelha, 4.5
Autor: Victoria Aveyard
Páginas: 504
Ano: 2019
Editora: Seguinte
Gênero: Contos, Fantasia, Ficção, Jovem adulto, Literatura Estrangeira
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota: 

Sinopse: Nesta coletânea, que encerra a série A Rainha Vermelha, você vai descobrir mais sobre o universo avassalador da saga que já vendeu mais de meio milhão de exemplares no Brasil.

Trono Destruído é uma coletânea especial para todos os leitores da série best-seller de Victoria Aveyard que ficaram com vontade de passar mais tempo com os personagens depois do fim de Tempestade Guerra.

Com design especial, o livro traz os dois contos já publicados ("Canção da Rainha" e "Cicatrizes de Aço"), além de quatro histórias inéditas que darão aos leitores mais um vislumbre de seus personagens favoritos e a chance de conhecer caras novas. O volume conta ainda com mapas exclusivos, bandeiras, registros sobre a história de Norta e muito mais!

Este livro foi cedido pela Editora Seguinte, porém as opiniões são completamente sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora. 

Para ler as resenhas anteriores, clique nas imagens abaixo:





Resenha: 

O livro começa com uma explicação do Julian Jacos (tio nerd e historiador do Cal), tentando mostrar como se deu a história dos Prateados,  assim como a dos Vermelhos. É bem interessante,  nos faz viajar tentando se imaginar na história.

Depois o livro nos mostra detalhadamente as sucessões de reis até chegarem em Cal; algo que achei também interessante,  pois nos dá uma melhor ideia de como tudo se decorreu até os dias atuais.

Claro que os contos complementam e muito a história,  sendo A Canção da Rainha (resenha completa aqui ) o que inicia com detalhes a vida do pai e da mãe de Cal. Uma história um pouco triste, já que reis e rainhas estão sempre rodeados de pessoas interesseiras e que são capazes de tudo pelo poder.

E assim entre um conto e outro continuamos vendo as anotações de Julian, e nos inteirando de detalhes importantes sobre um fato ou outro que vimos nos livros da série... O início da Guarda Escarlate, seus esquemas e motivações para chegarem tão longe nos acontecimentos que levaram Norta a se tornar uma (República)...

E segue-se essa sequência anotações - contos - registros históricos - contos...

Depois da história de Coriane Jacos, vamos para a de Diana Farley em Cicatrizes de Aço (resenha aqui ), mais uma mulher de fibra que lutou com unhas e dentes por uma causa, que de início parecia impossível.

"Vamos nos levantar, vermelhos como a aurora."

Continuamos a ver a brilhante mente do Julian em ação quando lemos de forma bem explicativa um panorama dos países vizinhos a Norta, se são monarquias ou não; como foram originados, e quais são seus governantes. Confesso que depois de ter lido essa parte, compreendi melhor algumas citações dos livros anteriores sobre os países que fazem parte do continente.  E fiquei triste por ver como em sua maioria os Vermelhos eram considerados inferiores e insignificantes.

"A sociedade é estruturada de acordo com o sangue, de modo que prateados e vermelhos vivem separados... a população vermelha está excluída da participação política, sem qualquer representação no governo."

"O mundo que ficou para trás"

Vemos um conto onde uma princesa prateada cruza o caminho de um capitão jovem e destemido que aceita transportá-la pelo rio onde faz negócios para longe de seu infame noivo,  um príncipe cruel.
Eu nem percebi o tempo passar lendo essa história. Ashe é um daqueles caras que sobreviveu a tudo de mais ruim na vida, e hoje tem seu próprio barco, e sua própria tripulação. Ele é um contrabandista que tenta apenas sobreviver no rio.

"Não existem cores em um Dia de Ratos. Nem vermelhos nem prateados. Tudo o que importa no meu barco é a moeda."

E assim ele encontra a princesa Lyrisa, que não vê a hora de deixar as terras da Coroa e seu passado para trás. Ela paga muito bem para ser aceita no barco e partir o mais rápido possível.

Esse conto é bem curtinho,  e nos mostra outra realidade, a vida das pessoas que tentavam uma vida melhor longe da guerra entre Norta e Lakeland. Temos um vislumbre de como são as pessoas fora do universo que circunda a Mare Barrow e Cal Calore.


"Coração de Ferro"

Eu sempre imaginei os herdeiros Samos, Evandeline e Ptolemus, como duas pessoas sem coração ou qualquer capacidade de demostrar amor. Mas não poderia estar mais errada; aquelas caras fechadas,  desprovidas de emoções não passavam de pura fachada. Ambos viviam de aparência,  foram treinados desde a infância a aparentarem poder e superioridade.

Nesse conto, vemos uma Evangelina frágil, uma mulher que sonha em viver sem amarras, ou regras.  Viver livremente seu amor com Elane, que também só quer uma vida de igualdade. A história é marcante,  até passei a gostar ainda mais desses magnetrons que outrora causaram o maior terror aos vermelhos.

"Luz do Fogo"

Mare e Cal ainda estão tentando juntar seus pedaços. Cada dia é uma vitória... Mas eles estão tentando, ela em Montfort, ele nos Estados de Norta. É lindo vê-los se reencontrando. Torci tanto por isso, hehehe. Sou uma romântica incurável, admito.

Aqui vemos além deles os outros personagens se reconstruindo. Fechando com chave de ouro essa história. Onde a era de reis e prateados poderosos estão com os dias contados. Fácil não será, mas como toda mudança, nada acontece rapidamente, porém a República é um futuro certo para todos.


"Adeus"

Me senti tão melancólica nesse último conto. Talvez por saber que ele era a última parte dessa história, ou também por ler sobre personagens já mortos, como Maven, o garoto que teve sua vida destruída por uma mãe (monstro) com sede de poder incessante.

Ou talvez por ver como Cal se sentia em relação a tudo... A morte do pai por suas mãos,  a perda do trono, o sofrimento de sua namorada... a garota elétrica,  sua amada.

Aah gente, que saudade já. Queria mais deles,  queria mais dessas intrigas e lutas por liberdade,  por mudança e por igualdade. Mas a Victoria Aveyard, nos deu um final digno de filme. Vimos o resultado de tantas lutas. Amei ver como as nações no final chegaram a um entendimento. E amei saber que meu casal prateado e vermelho, tiveram uma vida com frutos 👨‍👩‍👧‍👦, e que nunca deixaram de acreditar que era possível mudar nações,  e mentes monárquicas.