Título: Lady Killers: Assassinas em Série
Autor: Tori Telfer
Páginas: 384
Ano: 2019
Editora: DarkSide® Books
Gênero: Baseado em Fatos Reais, Criminais,
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:
Sinopse: As mulheres mais letais da história em uma edição igualmente matadora.
Quando pensamos em assassinos em série, pensamos em homens. Mais precisamente, em homens matando mulheres inocentes, vítimas de um apetite atroz por sangue e uma vontade irrefreável de carnificina. As mulheres podem ser tão letais quanto os homens e deixar um rastro de corpos por onde passam — então o que acontece quando as pessoas são confrontadas com uma assassina em série? Quando as idéias de “sexo frágil” se quebram e fitamos os desconcertantes olhos de uma mulher com sangue seco sob as unhas?
Prepare-se para realizar mais uma investigação criminal ao lado da DarkSide® Books e sua divisão Crime Scene®. Esqueça tudo aquilo que você achava que sabia sobre assassinos letais — perto de Mary Ann Cotton e Elizabeth Báthory, para citar apenas algumas, Jack, o Estripador ainda era um aprendiz.
Inspirado na coluna homônima da escritora Tori Telfer no site Jezebel.com, Lady Killers: Assassinas em Série é um dossiê de histórias sobre assassinas em série e seus crimes ao longo dos últimos séculos, e o material perfeito para você mergulhar fundo em suas mentes. Com um texto informativo e espirituoso, a autora recapitula a vida de catorze mulheres com apetite para destruição, suas atrocidades e o legado de dor deixado por cada uma delas.
As histórias são narradas através de um necessário viés feminista. Telfer dispensa explicações preguiçosas e sexistas e disseca a complexidade da violência feminina e suas camadas. A autora também contesta os arquétipos — vovó gentil, mãe carinhosa, dama sensual, feiticeira traiçoeira, entre outros — e busca entender por que as mulheres foram reduzidas a definições tão superficiais.
Resenha:
“Distanciar-se do crime é natural, mas distancie-se demais e o crime se tornará uma ilusão. Os psicólogos têm teorizado que amamos nos afastar do “mal” porque assim nos sentimos melhores com nós mesmos.”
Lady killers,
é um livro da editora Darkside
do seu selo Crime Scene, que eu sou apaixonada, algumas das leituras mais
interessantes do ano foram em leituras coletivas dos livros desse selo da
editora, afinal, existe um certo fascino em ler sobre crimes reais, pois é no
pior momento do ser humano, que ele mostra o seu eu verdadeiro, e apesar de ser
um tema pesado e muito sanguinolento, acredito que os livros que abordam os
assassinos em series e crimes reais, servem para conhecermos melhor o quão terrível
pode ser o ser humano, e com isso forjarmos em nós meios para identificar possíveis
comportamentos perigosos nas pessoas ao nosso redor.
Por isso, desde que li
que ia sair um livro de seriais killers totalmente focado em mulheres, eu
vibrei. Quando pensamos em seriais killers, automaticamente vem a nossa mente: Homens! Mas mulheres matam! E matam com
uma crueldade tão grande quanto os homens. A diferença é que são menos levadas
pela necessidade de serem idolatradas ou famosas. E isso, mais o fato de não desconfiarem
delas, as tornam letais.
Após ler esse livro, se
eu já tinha uma vaga ideia de como mulheres podem ser mortais e cruéis, eu
tenho certeza, e pior, graças à sociedade se recusar, a acreditar que as
mulheres, sendo o sexo frágil, podem ser capazes de atos tão atrozes, as seriais
killers seguem matando impunemente, e por décadas mesmo quando eram pegas, as
autoridades eram capazes de minimizar seus feitos, conforme elas eram bonitas
ou simpáticas, a mente dos homens principalmente parece preferir, continuar
acreditando em contos de fadas, e sendo assim, deixando as mulheres longe de
serem suspeitas ou capazes do mal, e quando não podem fazer isso eles então
resolvem rotular as criminosas, seja de forma pejorativas, ou as sexualizando.
A autora Tori
Telfer, fez uma pesquisa intensa sobre o tema e reuniu 14 casos de mulheres
assassinas, no decorrer da história. Além disso, para a edição brasileira
tivemos um acréscimo de casos nacionais, terríveis. Ao descrever cada caso, ela
remonta os fragmentos de informações que descrevem a história de vida de cada
uma dessas mulheres, suas infâncias, traumas, e violências que moldaram suas
personalidades. O contexto social e da época em que elas viveram, muitas vezes
são, como direi, importantes para as suas ações, apesar de não justificarem sua
escolha para a violência, em alguns casos, impossível não ter certa empatia,
pelas situações de vida que as levaram a chegar aquele ponto, onde certamente,
suas ações foram totalmente separadas das emoções as tornando letais e
sanguinárias.
“A linha que divide o bem e o mal atravessa o coração de todo ser humano. E quem está disposto a destruir um pedaço do próprio coração?”
Falarei das mais
conhecidas, e deixarei as demais para que possam se surpreender como me
surpreendi com algumas das histórias.
O primeiro caso é de Elizabeth Báthory, a Condessa Sangrenta, uma das mais
famosas assassinas da história, cuja fama foi moldada para agradar a mídia, foi
sexualizada e vampirizada, se tornando até mesmo inspiração para bandas, só que
isso não afasta o seu verdadeiro legado, que é ser uma das primeiras mulheres, registrada
e julgada como assassina, ela passou anos se escondendo atrás de seu titulo
nobre e poder, torturando e matando suas criadas.
Mary Ann Cotton, a mulher maldita, que na Inglaterra,
matou inúmeros filhos e maridos em busca de uma vida ideal, utilizando como sua
arma, o veneno, ela mostrou uma personalidade fria e calculista, totalmente
despida de empatia pela vida.
“Alguns dizem que Jack, o estripador, foi o primeiro assassino em série da Inglaterra, mas isso acontece apenas, porque os outros foram esquecidos.”
Susana Fazekas, as criadoras de anjos de Nagyrév.
“As autoridades não estão fazendo nada, e os envenenadores continuam seu trabalho sem interrupções. Está é a minha ultima tentativa... Se ela também falhar, então não existe justiça.”
Logo após o final da primeira guerra mundial, um vilarejo na
Hungria, foi o palco de uma onda de assassinatos que durou décadas.
Talvez, essa história tenha sido a que me deixou mais
triste, pois apesar do horror dos crimes cometidos por diversas mulheres por
anos a fio, as situações de vida delas, era um horror todo particular. Abusos maritais,
fome, desespero e muitos outros terrores marcaram a vida delas, então quando uma
surgiu com uma solução para o grande problema da fome... Já que nesse mundo
desolado, as crianças eram vistas como um fardo. Mais uma boca para alimentar. Foi
fácil para as demais a seguirem... O veneno era de fácil acesso ao contrario de
tudo o mais.
Suzana é citada, pois por ser a parteira da vila, e
detentora de poder e conhecimento, foi ela a espalhar os métodos mais fáceis e indetectáveis
para assassinarem, os homens da cidade, e as crianças não desejadas.
Cruel e triste.
"Veneno: para sempre, a arma das mulheres. Infiltra-se facilmente no lar. É sutil, silencioso, limpo. Veneno não deixa sangue assoalho nem buracos nas paredes. Despejar um pouco de líquido incolor na sopa ou no vinho é a coisa mais simples do mundo. E quem, historicamente, fica em casa, cozinha a sopa e serve o vinho? Mulheres, é claro."
As
demais histórias são de Nannie Doss, a vovó sorriso, Lizzie Halliday, a pior mulher da terra; Elizabeth Ridgeway, diabo na forma de uma santa;
Raya e Sakina, víboras; Darya Saltykova, a atormentadora; Anna Marie Hahn, iceberg Anna; Oum-El-Hassen, o rouxinol; Tillie Klimek,
a suma sacerdotista; Alice Kyteler, a feiticeira de Kilkenny; Kate Bender,
a bela degoladora; e Marie Madeleine Marguerite D'Aubray, a rainha dos envenenadores.
Além
das histórias acima, temos uma galeria com outros casos só para a edição
brasileira, e uma parte toda indicada com indicação de filmes do tema,
incluindo ai Monster –
Desejo Assassino; Louca Obsessão; a Órfã e outros, todos baseados em casos reais e assustadores. Esses
três que destaquei eu recomendo, pois são filmes muito bons, inclusive, Monster, baseado na vida de Aileen
Wuornos, uma das primeiras seriais
killers americanas que teve um destaque na mídia com seu julgamento e rendeu um
Oscar a talentosa Charlize Theron.
Como podem ver o tema
do livro é bem pesado, o que contrasta totalmente com a edição. Essa que mais
uma vez, eu preciso dizer, a editora me encantou, a capa é lindíssima e as
artes e diagramação foram muito bem escolhidas. O livro, possui destaques rosa
no texto, que dão a impressão que eu estou lendo um arquivo criminal ou
anotação de estudo de outras pessoas, trechos destacados como costumamos fazer
ao ler e encontrar algo que parece importante e merece ser visto com mais
atenção. Adorei esse detalhe. A edição é capa dura e com uma paleta linda.
Uma indicação para quem
curte estudo de crimes reais, e análises detalhadas e psicológicas.
E leitura essencial
para os fãs de crime reais.
Boas leituras para
todos, e até a próxima.
Em primeiro lugar é difícil não chegar numa resenha de algum livro da DarkSide e não ficar babando pela capa né? Ow danada de Editora pra caprichar assim!
ResponderExcluirSou maluca para ler esta obra e sinceramente depois desta resenha, não vejo a hora de poder conferir.
A gente sempre vê assassinos homens que normalmente são brutamontes, mortes violentas e afins, mas nunca havia de fato, visto mulheres comentando tais crimes e pelo que li acima, nossa história é repleta destas mulheres assassinas!
Com toda a certeza do mundo, quero este livro!!!!
Beijo
Oi
ExcluirSuper verdade. Eu sou apaixonada por essa editora e sua qualidade estética editorial.
Esse livro é lindíssimo
E ainda tem todo o conteúdo maravilhoso. Muito caprichado mesmo de pesquisa e escrita. Acho que irá adorar ele!
Beijo!
Olá! Realmente acredito que seja um bom livro para conhecer mais sobre a mente humana, nesse caso, mais especificamente a mente feminina, aparentemente temos um livro que nos fará refletir por um tempo sobre os motivos e técnicas utilizadas por essas mulheres. Além claro, dessa edição tão maravilhosa, que por si só já vale muito a pena em ter na estante.
ResponderExcluirOi Elizete
ResponderExcluirSim. O livro é maravilhoso e fica lindo demais na estante.
Ainda tem um conteúdo incrível e cheio de informações. Realmente nos faz refletir muitos pontos.
Beijos
Oiii ❤ Gostei muito do fato de o livro ter assassinas e não um assassino, que é o que vemos com mais frequência. Além de que isso chama muita atenção.
ResponderExcluirAcho essa capa lindíssima, esse é um daqueles livros que eu compraria pela capa. A Darkside caprichou nessa edição, é tão cheia de detalhes, além das ilustrações tão minuciosas.
Deve ser interessante ao fazer a leitura da obra, descobrir porquê essas mulheres eram assassinas, o que moldou suas personalidades e tudo mais. Estou bem curiosa sobre esse livro, parece diferente de tudo o que já li.
Adorei os toques de rosa na resenha, ficou perfeito para falar sobre esse livro.
Beijos ❤
Oi Rayane
ExcluirSim, o fato de trazer as assassinas pela história foi o que mais de fez desejar esse livro. E olha que eu também me apaixonei pela capa. Acho que é um dos mais lindos da editora.
Espero que possa o ler em breve.
Obrigada ❤ Beijos.
Olá! Primeiramente tenho que falar dessa edição maravilhosa, a Darkside como sempre caprichou, a capa é linda e detalhada e a diagramação também.
ResponderExcluirAchei bem interessante a mensagem que a autora quis passar e a forma como ela fez isso, ao apresentar histórias sobre mulheres assassinas e seus crimes.
Ainda não conhecia o selo Crime Scene, mas com certeza vou me informar sobre ele e procurar também outros livros lançados pelo mesmo.
Achei interessante que a edição brasileira conta com crimes nacionais, isso me deixou bem curiosa.
De fato, o tema que o livro aborda é pesado, mas essa leitura parece funcionar muito bem.
Obrigada pela indicação! Beijos! ♡
Oi Rayssa
ExcluirAcredito que vá gostar do livro é lindo e tem um tema denso, porém, a leitura acaba muito fluida.
Beijos
Os livros da Darkside são muito bons, uma edição mais linda que a outra. Achei bem interessante sua resenha, na próxima vez que for a uma livraria vou ver se encontro este livro pra folhear e quem sabe levar pra casa, tem uma boa història.
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