Ano Um - Crônicas da Escolhida, 01 – Nora Roberts

Título: Ano Um - Crônicas da Escolhida, 01
Autor: Nora Roberts
Páginas: 400
Ano: 2019
Editora: Arqueiro
Gênero: Distopia, Fantasia, Ficção, Literatura Estrangeira
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:   

Sinopse: PRIMEIRO VOLUME DA TRILOGIA DISTÓPICA CRÔNICAS DA ESCOLHIDA.

Nora Roberts, que já vendeu mais de 500 milhões de livros no mundo, se aventura em um novo gênero!

Tudo começa na noite de Ano-Novo. A doença se alastra rapidamente. Em questão de semanas, a rede elétrica para de funcionar, as leis e o sistema de governo entram em colapso e mais da metade da população mundial é dizimada.

Onde existia ordem, agora só há caos. E conforme o poder da ciência e da tecnologia diminuíam, a magia crescia e tomava o seu lugar. Uma parte dessa magia é boa, como a feitiçaria praticada por Lana Bingham no apartamento que divide com o amante, Max. Outra parte dela, no entanto, é inimaginavelmente maligna, e pode se esconder em qualquer canto, numa esquina, nos fétidos túneis sob o rio ou dentro daqueles que você mais ama e conhece…


Espalham-se rumores de que nem os imunes nem os dotados estão a salvo das autoridades que patrulham as ruas devastadas, então Lana e Max resolvem deixar Nova York. Outros viajantes também seguem esperançosos para o oeste: Chuck, um gênio da tecnologia que mantém o bom humor em um mundo off-line; Arlys, uma jornalista que insiste em buscar e registrar a verdade; Fredinha, uma jovem com um otimismo que parece fora do lugar nessa paisagem desoladora; Rachel e Jonah, médica e paramédico, determinados a proteger uma jovem mãe e seus três bebês recém-nascidos.

Em um mundo em que cada estranho no caminho pode representar a morte ou a salvação, nenhum deles sabe o que encontrarão. Porém, um novo horizonte os aguarda, a concretização de uma profecia ancestral que transformará a vida de todos os sobreviventes.

O fim chegou. O início é o que vem agora.

Resenha:

“Quando puxou o gatilho e derrubou o faisão, Ross MacLeod não tinha como saber que havia matado a si mesmo. E bilhões de outras pessoas.”

Ano Um é o primeiro livro da Trilogia Crônicas Da Escolhida da autora campeã em vendas Nora Roberts, e foi lançada em junho pela Editora Arqueiro.

E como uma fã ardorosa de distopias e da autora, felizmente pude apreciar essa leitura assim que lançou, lendo ela junto com as meninas do blog, foi uma verdadeira imersão no mundo pós-apocalíptico de Nora.

Primeiro vou falar sobre a autora, como sabemos Nora é extremamente produtiva, conheço poucos autores que escrevem tanto quanto ela, e sempre explorando novos estilos literários. Desde romances de épocas a contemporâneos, ela passeia entre fantasia e realismo, uma hora está nos entregando thrillers de suspenses, outra nos presenteia com magia. Nem preciso dizer que amo isso nela, sua escrita é sempre fluida e sem enrolação. E com o seu primeiro romance dentro do estilo de distopia. Mais uma vez não nos decepciona.

Ano Um, tem uma mescla de sobrenatural, fantasia e romance contemporâneo, enquanto ela tece a trama envolvendo três núcleos principais, assistimos o mundo como conhecemos sendo destruídos por uma peste, em poucas semanas, uma misteriosa doença se alastra pelo mundo, e dizima rapidamente milhões de pessoas, e só piora com o tempo. Algumas pessoas descobrem serem imunes ao vírus, enquanto a grande maioria morre poucos dias ou horas depois da contaminação.

Tudo começa em um ano novo, e é no espaço deste primeiro ano após a Catástrofe que a história do livro se passa.

“Que o escudo seria quebrado, o tecido, rasgado, pelo sangue dos Tuatha de Danann. Agora virão o fim e a dor, o conflito e o medo, o principio e a luz...... Começa com você, filho dos antepassados. ”

Enquanto a peste surge, em contraponto a ela, poderes são despertados, bruxas, magos, feiticeiros, descobrem que seus poderes estão ampliados e outros despertam esses poderes pela primeira vez, tanto o mal como o bem, começam então a cultivar a centelha dentro deles.

Temos, além dessas pessoas com dom para magia, elfos, fadas, demônios, dríades e muitos outros elementos mágicos presentes nesse livro, porém, é no fator humano que existem mesmo nesses seres fantásticos que se concentra a autora.

Afinal, é nos momentos de tragédias que se conhecem realmente as pessoas, muitos se entregam a selvageria e ao mal, se tornando a verdadeira praga para a humanidade, destroem tudo ao seu redor, se alimentam da dor e da morte, enquanto outros, se reúnem em busca de encontrar uma chance de sobreviver, e, além disso, de salvarem o mundo e a maior quantidade de pessoas possíveis.

Os núcleos dos personagens são formados por pelo menos três, inicialmente.

Em nova York ou nos arredores temos:

Lana e Max, um casal de bruxos, Lana praticava timidamente a arte, vê seus poderes terem um despertar e ser inundada com uma centelha vibrante de poder, Max que já tinha mais experiência ajuda a companheira a lidar com o poder e ambos cultivam seus poderes, enquanto lutam para encontrar familiares e os proteger.

Arlys Reid, é uma jornalista que permanece na cidade enquanto busca informações sobre o que esta acontecendo e as transmite para o maior numero de pessoas possíveis, ela acredita que pode enviar esperança para a população que espera por uma cura, enquanto tudo desaba. Ao seu lado Fredinha a estagiaria, é uma verdadeira luz que ilumina a todos com esperança e bondade.  Ambas, com ajuda de Chuck um hacker avisam a todos para buscarem refugio longe das cidades grandes quando descobrem que o governo, está disposto a encontrar as pessoas imunes e com dons e fazer o necessário em busca de uma cura ou respostas. Eles fogem juntos,

E por último porém, não menos importante temos o núcleo formado pelo paramédico Jonah e a médica Rachel, ao lado de Katie e três recém nascidos, que juntos partem em busca de uma fagulha de esperança para a sobrevivência.

A vida dessas pessoas vai de muitas maneiras se entrelaçar e vamos torcer por eles, amá-los e odiar aqueles dispostos a os destruírem.

No decorrer da fuga deles, outros personagens importantes vão se unindo ao grupo, e outros que se tornarão os verdadeiros vilões também.

Confiem em todos, porém desconfiando de todos.

O livro tem vários elementos clássicos do estilo. Com a diferença que não estamos vendo um mundo em ruínas que lembra vagamente como foi grandioso, ou gerações futuras colhendo os frutos ingratos das decisões dos antepassados, acompanhamos a destruição, em tempo real, vemos o ser humano sendo corrompido pelo poder, e se aproveitando das maiores tragédias para tornar o mundo ainda pior. Não somente o vírus é o maior assassino nesse livro, e sim, como em outros livros do estilo o ser humano e sua capacidade para o mal.

E como todo livro da autora ela ainda equilibra um bom desenvolvimento de casais na trama.

“Ele sentiu a sua mente derreter. Simplesmente derreter. Todo aquele anseio, todo aquele desejo, se transformando em realidade. Permaneceu ali, afoito, até sentir a mão dela pressionando seu coração que martelava.”

Uma trilogia que promete muito, pelo aspecto de fantasia que trás, com uma influencia em lendas irlandesas, Nora cria uma história onde magia e tecnologias possam co-existir, e entrega um final interessante com uma reviravolta.

Mal posso esperar pelo segundo livro das crônicas da escolhida, e já estou torcendo por ela. Que vai ter muito trabalho pela frente.

“Gerar a Salvadora é seu destino. Vida a partir da morte, luz a partir da escuridão. Salvar a Salvadora é seu destino. Vida a partir da morte, luz a partir da escuridão.”