Autor: Bernard Cornwell
Páginas: 362
Ano: 2017
Editora: Record
Gênero: Romance
Adicione: Skoob
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Nota:
Sinopse:
No coração da Inglaterra elisabetana, o jovem e atraente Richard Shakespeare sonha em fazer carreira na cena teatral de Londres, um universo dominado por seu irmão mais velho, o ilustre dramaturgo William Shakespeare. Mas Richard não tem um tostão nem apoio de seu irmão, que, em vez de o acolher, entrega-o aos cuidados de Sir. Godfrey, um clérigo cruel e pervertido que treina meninos para furtar e encenar. Com um rostinho bonito, carisma e talento, Richard ingressa na companhia de teatro de Shakespeare, representando, muito a contragosto, papéis femininos. A relação dos irmãos, no entanto, é marcada por constante tensão, e, cada vez mais distantes, à medida que William alcança a fama, Richard se vê tentado a romper em definitivo a lealdade fraternal. Então, quando um precioso manuscrito desaparece misteriosamente, as suspeitas recaem, evidentemente, sobre o caçula. Preso em um perigoso esquema de traição e desonestidade, Richard, sem saída, com sua carreira e até mesmo a vida de seus colegas em jogo, embarca em uma aventura épica na excitante ― porém traiçoeira ― Londres elisabetana para resgatar os valiosos escritos e reconquistar a confiança da trupe.
Resenha:
Eu creio que nessa altura do campeonato todos por aqui já saibam que eu sou completamente alucinada por tudo que tenha qualquer relação com William Shakespeare. Então, quando eu vi que Bernard Conrwell (o mesmo homem que escreveu sobre meu adorado Artur) tinha escrito um livro que se passava dentro da família Shakespeare me senti na obrigação de fã de ler. Eu digo dentro da família Shakespeare porque na verdade o grande foco da história é no irmão de Will, Richard. Ele é mais novo que Will e à algum tempo vive em Londres e trabalha na trupe teatral do irmão. Porém, Richard só faz papéis femininos (temos que lembrar que antes garotas não podiam subir nos palcos) e seu grande sonho é conseguir um papel masculino em que ele possa mostrar todo seu talento. Porém, seu queridinho irmão mais velho não está tão entusiasmado assim para ajudá-lo a conquistar seus sonhos.
Neste fato eu já me senti envolvida pelo livro. O autor construiu uma imagem de William muito diferente daquela que eu tenho na minha cabeça e vendo-o fazer coisas que eu supostamente jamais achei que ele faria me surpreendeu muito e me deixou muito presa. Ele bate em uma pessoa! Sério! Eu sempre imaginei ele como um artista excêntrico e enérgico, mas ao mesmo tempo tranquilo e sereno e Cornwell o pinta simplesmente como um homem daquela época, um humano. Ambicioso, adulto e com responsabilidades. Eu gostei de vê-lo sobre os olhos de outro. Tudo bem que ele não é exatamente o centro da história, mas sua sombra perambula pelas páginas. A construção da relação dos dois irmãos trouxe William para um patamar mais real, nos fazendo relacionar com um personagem que ficou eternizado na história, moldado pela construção que fizeram dele a partir de sua fama.
Richard também é um personagem que me cativou e um dos motivos para eu continuar lendo. Ele é jovem, com apenas 21 anos, mas já passou por tanta coisa que me comoveu e me fez simpatizar cada vez mais com ele. Eu senti diversas emoções durante a leitura (entre elas raiva do próprio Will), mas meu ritmo de ler a história demorou para ficar mais dinâmico. Só a partir da página 200 mais ou menos que a história começou a desenvolver rápido e os acontecimentos mais emocionantes foram acontecendo. Acho que é uma característica da escrita de Cornwell as coisas demorarem para começar a acontecer. Mas ainda que seja possível ver características da escrita do autor, ele se mostrou (para mim pelo menos que não conhecia outras obras além das Crônicas de Artur e das Crônicas Saxônicas) capaz de explorar uma outra forma de escrever e de narrar.
Outra coisa que eu não esperava era a rapidez com que eles iriam descobrir quem foi que roubou as peças. Eu achei que fosse haver mais uma caça ao culpado, um enredo de mistério a ser resolvido. Teve esses momentos, mas eles não foram centrais como pensei que seriam.
E claramente eu não poderia deixar de mencionar a capacidade histórica incrível de Cornwell, trazendo incontáveis elementos muito reais e verídicos para a história. A nota histórica ao final do livro serve para trazer a ficção um pouco mais para perto da realidade. Para mim que sempre quis viver um pouco dentro do universo Shakesperiano e perto desse autor que tira meu fôlego essas páginas conseguiram me fazer sentir dentro de cada pedacinho da história.
Dentro da minha tentativa de imortalizar um ser me esqueci que são todos mortais, mesmo aqueles que julgamos não ser.
Maíra!
ResponderExcluirNão li nada do autor ainda, embora o conheça de algumas resenhas que li de outro livro dele.
Achei fantástico a história ser baseada em Shakespeare e saber mais dos detalhes sobre a vida e obra dele, mesmo que de forma ficcional, é interessante.
cheirinhos
Rudy
Olá! Deve ser uma leitura muito interessante, afinal apesar de ser ficção, temos fatos veredicto durante a história, e serve para aqueles que são fãs e também para aqueles que gostariam de conhecer um pouco mais sobre esse grande autor. Gostei bastante do enredo e sem dúvida quero conferir.
ResponderExcluirOi, Maíra
ResponderExcluirAinda não li nada do autor, mas tenho vontade de conhecer sua escrita.
Li algumas resenhas de Tolos e Mortais, sua resenha me fez pensar de um modo positivo a respeito do livro.
Bom todos temos maldade e bondade e o autor trouxe Will como um personagem real.
Quero ter oportunidade de ler, beijos!