Autor: Claire Wanderkoken
Páginas: 96
Ano: 2017
Editora: Pedrazul
Gênero: Romance
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:
Sinopse: Ela sabia fazer sexo, mas ele ensinou-a a fazer amor!Resenha:
Inspirado na história real de Charlotte Hayes (século XVII), uma linda cortesã de um bordel londrino conhecido como “Convento”, Quando os Céus Conspiram narra as histórias de Amy Hayes e o conde Filippo Raspail.
A linda camponesa escapara de ser estuprada por lorde Patchetts, para dois anos depois ser violentada pelo filho bêbado de um fazendeiro. Desonrada, ela se muda para Londres em busca de trabalho. Mas Amy era bonita demais para ser empregada de uma dama. Ninguém queria aquela ameaça em sua casa. Restara a ela, portanto, A Casa das Damas, um conhecido bordel londrino que mantinha carruagem e criados de libré para suas damas da noite, que eram ensinadas a se portarem como educadas ladies. Quando o visconde de Beauchamp, um dos lordes mais terríveis de Londres, tornara-se seu protetor, Amy caíra em total desgraça. Obrigada a ir com ele para Paris, num esquema de traição à Coroa Britânica, ela é salva por um cavalheiro quando tentava se matar no rio Sena.
Filippo Raspail era um nobre que, como Amy Hayes, tivera um passado tremendamente infeliz. Tudo que ele queria era cumprir seus dias na terra para finalmente encontrar sua amada Juillet no outro lado do desconhecido. Morta há mais de 20 anos, ele se enterrara com ela, pois a amargura o consumia dia após dia. Quando os Céus conspiraram a favor deles, Amy, que odiava todos os homens, teve que aprender que nem todos eles eram bestas, como ela os chamava, e Raspail, que a vida podia não ser tão lúgubre assim.
Olá!!! Gente, que livro delícia!!!!!
Mas vamos do começo, não é?
Não sei se já comentei com vocês mas eu não gosto de ler sinopse de livro... mania... enfim, esperava um romance de época quando li o nome do livro mas não que fosse inspirada na história real de Charlotte Hayes, uma grande administradora de bordéis no início da Londres georgiana, proprietária de alguns dos mais luxuosos bordéis da cidade em King's Place, em St. James's, que viveu entre 1725 e 1813... isso torna ainda mais interessante a leitura, não é mesmo?
Apesar da sinopse começar com a frase "Ela sabia fazer sexo.." e da protagonista ser uma prostituta em fuga, hot não é necessariamente uma premissa da história; achei isso incrível.
Trata-se de um romance de época em que temos Amy, uma garota que foi vendida pelo próprio pai a uma cafetina após passar pela traumática experiência de um estupro. Situação horrível, não? E nos deparamos com esta mocinha em fuga, após cair nas graças de um visconde aparentemente charmoso e salvador mas que esconde um lobo debaixo de sua máscara. Chega o ponto em que tudo que Amy consegue pensar é em tirar a própria vida pois não suporta mais sofrer daquela forma.
"A morte era o que ela ansiava. Mas ao contrário do que as pessoas pensavam, morrer não é assim tá fácil."
Em uma de suas tentativas ela é salva por um cavaleiro misterioso, foge dele mas, quis o destino que se reencontrassem e que Monsieur Raspail decidisse ali que ajudaria aquela moça indefesa, mesmo não dando atenção (boa parte do tempo por não entender o que ela diz, isso é verdade) a ela quando diz que não merece mais viver e que não aguenta mais ser uma prostituta.
"Desgraça de vida que nem tirá-la eu consigo! Eu preciso morrer, será que ninguém entende isso? (...) sou uma desgraçada de uma prostituta, usada por centenas de homens, imunda da cabeça aos pés, não sirvo para nada..."
Conde Raspail vem de uma história de perda do grande amor da vida dele, já falecida, que lhe deixou uma filha e muita saudade. Apesar de ter sido casado com uma dama, nunca esqueceu Juillet, sua paixão da juventude.
"A lembrança de nós dois foi o que me fez viver até aqui. (...) Só conhece a dor da perda quem um dia a sentiu. É aterrorizante, corta como adaga afiada, é áspera e malévola. Envelhece a alma, destrói o sorriso e é terreno cultivável de amargura."
Amy encontra acolhimento na casa de Filippo e começa a perceber que é um ser humano, uma mulher que merece carinho, conversa e atenção, independente de seus dotes sexuais. Ali, naquele reduto, ela encontra amizade, aceitação e proteção.
O livro é escrito de maneira tão fluida que me deparei esperando mais, mas a história foi contada de forma primorosa e completa nessas 96 páginas, foi dito o necessário e o imprescindível para entendermos a vida de Amy, suas dores e sua história.
Li em e-book portanto não posso opinar sobre o livro físico... mas tenho certeza de que a Pedrazul deve ter preparado uma edição lindíssima. A diagramação está perfeita, com uma revisão impecável. E devo dizer que Claire me surpreendeu, eu não a conhecia e ela só fez reforçar minha opinião de que as obras e as escritoras contemporâneas brasileiras estão arrasando em seu trabalho.
Espero ter a oportunidade de ler mais coisas de Claire... ela conquistou uma suíte no meu coração, do ladinho de Jane Austen, Julia Quinn e Carina Rissi, minhas autoras de romances históricos preferidas.
Amo suas resenhas! São sempre bem objetivas d um delicioso bate-papo com o leitor. Parabéns amiga arrasou novamente! Sucesso ❤ Teresa Syllos
ResponderExcluirOlá! Impressionante que em menos de 100 páginas, a autora consegue passar uma história tão forte, emocionante e claro apaixonante. Vai ser incrível poder acompanhar esses dois, ainda mais sabendo que nossa protagonista foi inspirada em uma pessoa real, acho que acaba dando um charme a mais durante a leitura.
ResponderExcluirFabíola!
ResponderExcluirHá muito também não leio sinopses, porém, como leio muitos blogs, sempre dá para saber um pouco da história antes de fazer a leitura de um livro.
Romances de época são maravilhosos e pelo que li em sua resenha, a premissa aqui é diferenciada e baseada em fatos reais, o que torna tudo mais crível.
cheirinhos
Rudy
Oi, Fabíola
ResponderExcluirTambém leio as sinopses do livros, adoro.
Não conhecia o livro e nem a autora. Mas gostei muito da premissa do livros, mesmo tendo poucas páginas nele temos toda a vida de Amy e como ela conseguiu ser tratada como uma verdadeira dama, amada e desejada por quem a ama.
Adorei o último quote!
Quero muito ler, beijos!