Autor: Mary E. Pearson
Páginas: 507
Ano: 2018
Editora: Darkside Books
Gênero: Ficção Fantástica, Fantasia.
Adicione: Skoob
Onde
Comprar: Amazon
Nota: Sinopse: Voltamos ao Universo das Crônicas de Amor & Ódio para mais uma aventura apaixonante.Quando o patriarca do império Ballenger morre, seu filho, Jase, torna-se seu novo líder. Até mesmo os reinos mais próximos se curvam à força dessa família fora da lei, que sempre governou por suas próprias regras. Mas uma nova era surge no horizonte, movimentada por uma jovem rainha, que logo se torna alvo de ressentimentos e ira da dinastia. Kazi, uma ladra reformada, é enviada pela rainha de Venda para investigar transgressões que estão ocorrendo, mas quando chega à terra proibida dos Ballengers, descobre que há mais em Jase do que ela pensava. A batalha entre os dois pode lhe custar a vida – e seus corações.
Para ler as resenhas anteriores da autora aqui no blog, clique abaixo:
Dance of Thieves – Dinastia de
Ladrões, é o primeiro volume da duologia de Mary E. Pearson, autora norte
americana que ficou conhecida pelas Crônicas de Amor e Ódio. Ele veio para
expandir o mundo da trilogia inicial e carregando em si um grande fardo, ser
tão bom quanto sua série predecessora, o que por si só já seria difícil, quem
se apaixonou pela história de Lia, Rafe e Kaden, com certeza se encontrava
ansioso pelo lançamento deste livro, muito ficou a ser dito sobre o destino
deles e dos reinos.
Terminei a leitura e estou
apaixonada!
Quando eu soube que a autora iria
escrever um novo romance no mesmo mundo das crônicas eu fiquei muito feliz, eu
tinha tantas perguntas sem respostas ao final da primeira trilogia, porém para
todos que pensam que Dance of Thieves é apenas uma continuação, esqueçam. O
livro é uma trama totalmente nova, apesar de termos breves vislumbres dos
destinos dos personagens já conhecidos, somente no final podemos conhecer um
pouco das respostas e dos destinos deles. O que pode deixar alguns ansiosos ou
frustrados, porém, foi maravilhoso, a autora definitivamente seguiu em diante
com uma trama única e envolvente, com personagens que nos cativam logo de
início.
Neste livro acompanhamos um novo
casal de protagonistas, ambos com ponto de vistas na narrativa. Kazimyrah de
Brightmist e Jase Ballenger, se ela é uma ex-ladra de Venda, cuja lealdade foi
entregue a Rainha Lia, Jase é o líder de seu próprio território, um que ele e
sua família alegam existir muito antes de qualquer outro reino, seus destinos
foram atados (literalmente), e a luta pela sobrevivência mudou totalmente suas
vidas.
“Escolhas suas palavras com cuidado, até mesmo aquelas em que for pensar, porque as palavras se tornam sementes, e as sementes se tornam histórias.”
Seis anos após o final da batalha,
temos um tratado entre os reinos de Dalbreck, Morrighan, Venda e outros reinos
menores, assentamentos de Vendanos foram criados em Cam Lanteux, na expectativa
de dar ao povo vendano uma nova existência, livre da fome e da miséria, é claro
que nada pode ser tão simples, alguns inimigos dos reinos ainda estão a solta e
seis anos é muito pouco tempo para que exista uma posição consolidada a esses
assentamentos.
Kazi, como é conhecida é uma Rahtan
de venda, é a ela é confiada uma importante missão, ela deve ir acompanhada de
duas companheiras Wren e Synové até os assentamentos para investigar violações
do tratado, porém, ela carrega o peso de outra missão, uma muito mais
importante, que envolve invadir a cidade fortaleza da Torre da Vigília de Tor,
essa comandada por séculos pela família Ballenger, considerada por muitos uma
família de criminosos, mas que tem muito mais a ser desvendado e conhecido.
Uma missão disfarçando algo ainda
mais perigoso, e é claro, que nada pode ser muito fácil, ou não seria uma
jornada épica.
Jase é o Patrei da Torre da Vigília,
o cargo de comando da cidade e tanto um fardo quanto a mais alta honraria. Seu
pai acabou de falecer e ele se vê diante de sua nova posição muito antes do que
imaginava, após uma noite de bebedeira, ele se vê diante das três forasteiras.
A presença delas é como uma afronta
da família Ballenger, porque mesmo após tentativas de que os reinos maiores os
reconheçam como uma soberania a parte, eles nada tiveram além de descaso e falta
de respeito dos reis, incluindo da nova rainha de Venda, essa falta de
respeito corroeu o antigo Patrei, pai de Jase, e eles passaram a ver toda a
autoridade de Venda como outros que o subestimavam e desmereciam toda a sua
longa história. Para uma família que está no poder por séculos e pode contar a
historia de suas gerações até antes da destruição, cada ofensa é levada a
sério.
“Anote isso, ele havia me dito.
Anote todas as palavras assim que você chegar lá, antes que a verdade seja esquecida.
É o que fazemos agora, ao menos com as partes da quais lembramos.
Greyson Ballenger, 14 anos.”
Diante deste quadro, podemos esperar
que as interações entre os Ballengers e as Rahtan podem ser violentas.
Porém, uma reviravolta do destino
acontece, e Kazi e Jase se encontram em uma posição onde ambos precisam
trabalhar juntos pela sobrevivência.
Lutando para retornar para sua
cidade e família Jase está disposto a tudo para sobreviver, Kazi é uma
sobrevivente tem esse mesmo pensamento, e durante uma longa jornada onde ambos
decidem tirar “o melhor da situação” um elo entre eles é forjado.
Um livro repleto de maravilhosas
emoções desde a descoberta de novos sentimentos, como podemos ver, personagens
forjados seja pela criação amorosa ou pela adversidade, mas com ambos feitos de
um material onde a lealdade brilha forte em suas almas.
Enquanto a vida de Kazi foi das mais
difíceis, Jase foi criado em um ambiente repleto de amor, sabendo que sua
família sempre viria em seu auxilio e defesa, apesar de terem uma historia de
vida tão diferentes um do outro, ambos enxergam o que existem dentro do
outro.
“Então segure em mim”, disse ele. “Deixe-me mostrar as estrelas para você.”
Para os fãs da primeira trilogia,
notarão que existe mais romance neste livro do que nos outros, pelo menos de
forma mais aberta e sincera, os sentimentos de ambos são fortes e norteiam suas
decisões, para aqueles que esperam ação e intriga, também não ficarão
decepcionados. Muitas coisas estão acontecendo por escondido de nossos olhos,
como avisa Jezelia em suas canções:
“Devemos estar sempre atentos.
Embora o Dragão descanse por ora,
Ele despertará novamente
E vagará pela terra,
Com sua barriga cheia de fome,
E assim será,
Para todo o sempre.”
Todos os componentes esperados de
uma história fantástica estão presentes: paixão, dor, amor, traição e o mais
profundo deles: O desejo de criar algo novo e proteger aqueles que mais
precisam deles.
Uma leitura empolgante, e que trouxe
horas de puro prazer enquanto via a história se remodelando novamente, algo
fascinante sobre a escrita de Mary, é que ela consegue realmente expandir a
mitologia de seu mundo a cada livro, sem necessariamente tirar o poder das
verdades que foram mostradas nos livros anteriores, ela tece um mundo onde o passado
está adoravelmente entrelaçado, e a família Ballenger vem para se unir, as lendas
que conhecemos em as Crônicas de Morrighan, eu adorei encontrar as pistas na história do mundo intricado e vasto que ela criou.
O livro terminou como já algo
esperado da autora, nos deixa com o coração na mão e contando os dias para o
próximo livro.
“Maldito seja você, Jase Ballenger”, sussurrei. “Le pavi ena.”
E para todos que como eu, estão
esperando por algumas respostas... Leiam... Ela virá quando você menos esperar.
Uma nota que precisa ser
acrescentada, a edição brasileira de Dance of Thieves chega para nós por uma
das editoras mais queridas atualmente, a Darkside Books, não nos decepciona com
esta maravilhosa edição em capa dura, e linda arte e diagramação. O delicado
cuidado dos editores é refletido em suas escolhas, a fonte é agradável de ler,
e o mapa ficou lindo. A vontade é ter os mapas impressos para colocar ao lado
dos mapas da trilogia inicial e ver onde os mundos se conectam.
Mais um livro belíssimo que a editora
entrega aos leitores.
Estão animados com este livro? Quem leu gostou tanto quanto eu?
Beijos até a próxima.
Apesar de ter lido e gostado das Crônicas de Amor e Ódio, não me chamou a atenção a Dinastia dos Ladrões.
ResponderExcluirLendo sua resenha, percebi que é interessante o contexto da duologia
Eu só preciso comprar As Crônicas de Morrighan, pois a trilogia é a coisa mais perfeita do mundo e não falo somente pelas edições impecáveis padrão Dark, mas por tudo que a autora nos entrega.
ResponderExcluirEu tenho essa duologia, maravilhosa e vou ler em breve!Não sei se ainda preciso de respostas rs eu sou o tipo de leitora que ama finais abertos, só pra imaginação funcionar(se é que funciona)
Mas adorei saber que essas respostas chegam aos pouquinho rs
Lerei com toda certeza do mundo!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Eu acompanhei esse mundo apenas por aqui e fiquei encantada com esse mundo.
ResponderExcluirRealmente deve ser desafiador para uma autora depois de uma serie de sucesso lançar nova historia mas pela sua resenha podemos crer que ela conseguiu.
Já no aguardo do desfecho dessa nova história.
Vivian!
ResponderExcluirFico sempre bem impactada quando vejo um autor, principalmente de fantasia, ter uma trilogia fechada e depois ainda trazer mais um livro e com história coerente, provocando a curiosidade e a paixão maior ainda pelas personagens e pelo enredo.
cheirinhos
Rudy
Olá! Realmente a autora sabe como ninguém fazer finais de livros que nos deixam necessitadas de um próximo volume (até quando não existe próximo volume né!).
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