A Irmã da Lua - Lucinda Riley

29 de dezembro de 2018

Título: A Irmã da Lua
Autor: Lucinda Riley
Páginas: 588
Ano: 2018
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Submarino
Nota: 
Sinopse: Em A irmã da lua, quinto volume da série As Sete Irmãs, duas jovens separadas por um século têm suas vidas entrelaçadas numa emocionante história sobre fé, tradição, paixão e sobrevivência. Entre as filhas adotivas de Pa Salt, Tiggy D’Aplièse é conhecida como a instintiva e sensível. Envolvida em sua carreira na proteção de animais selvagens, ela não sabe se está preparada para seguir as pistas de suas origens, deixadas pelo pai. Ao aceitar um novo emprego nas belíssimas Terras Altas escocesas, Tiggy fica apaixonada pela remota propriedade, administrada pelo enigmático Charlie Kinnaird. O belo cirurgião cardíaco acabou de herdá-la e enfrenta problemas para reerguê-la e transformá-la em um santuário para as espécies nativas. Em seu novo lar, Tiggy encontra o velho cigano Chilly, que altera totalmente seu destino. Ele conta que ela não só possui um sexto sentido, proveniente dos ancestrais, como há tempos foi previsto que ele a levaria até suas origens na Espanha, nas montanhas sagradas de Sacromonte, à sombra da magnífica Alhambra.

Este livro foi cedido pela Editora Arqueiro, porém as opiniões são completamente sinceras. Não sofremos nenhum tipo de intervenção por parte da Editora. 

Resenha:

Estou aqui de volta para falar dessa série que eu tanto amo, que tem irmãs, mulheres, tão fortes e inspiradoras. O quinto volume se chama A Irmã da Lua e conta a jornada de descobrimento de Tiggy, a quinta das irmãs D’Aplièse, e a mais espiritualizada de todas. Assim como os outros volumes, esse começa com Tiggy falando que se lembrava exatamente o que estava fazendo quando recebeu a notícia da morte de seu pai. Mas, ao contrário do que seria de se esperar já que estamos a quatro livros de no mínimo 300 páginas dentro da mesma realidade, ela não conta o que estava fazendo. Ela apenas diz que se lembra e continua a entrevista de emprego que fazia.

Tiggy é uma especialista em animais selvagens e mora na Escócia, em um santuário, onde cuida de alguns animais. Ela recebe uma proposta para ir morar nas Terras Altas dentro da propriedade de Charlie Kinnaird e cuidar de alguns animais. Lá, ela faz novos amigos e intensifica mais seu isolamento do mundo, uma vez que a propriedade fica no meio das montanhas de gelo e longe da civilização. A medida que os dias vão se passando em sua nova vida, Tiggy experiencia algumas coisas que a colocam no caminho para ir atrás de sua origem. Na Escócia ela conhece um cigano, Chilly, que afirma para ela que ele tinha recebido quando criança a missão de mandá-la de volta para casa. Dessa forma, Tiggy parte em direção à Granada e começa a descobrir mais sobre o passado de sua família e como chegou à Pa Salt.

O que meu coração me permite dizer sobre a história da família de Tiggy é que é muito diferente das outras que foram contadas até então. Na verdade, toda a trama central da vida de Tiggy também se diferencia muito do acontecido com as outras irmãs. Envolve flamenco, Espanha, sucesso e estrelato. E nesse meio tempo, a grande história de um amor cheio de obstáculos se torna absolutamente secundária. Se pararmos para lembrar um pouco, Isabel, Anna, Flora e Kitty, todas tiveram grandes casos de amor que me tiraram o fôlego e me faziam torcer muito pelos apaixonados. Com Lucía, avó de Tiggy, foi muito diferente. Assim como as outras, ela era uma mulher forte, determinada e guerreira, mas era cega pela fama e estava sempre querendo mais e mais. Ela teve sim um grande amado e conseguiu viver com ele durante muito tempo, mas em momento nenhum a história dela com ele toma o centro e se transforma na essência de tudo.

Ainda nesse sentido, a realidade de Tiggy, no presente, também não se concentra em um grande amor. É fato que a essência da jornada das Irmãs D’Aplièse, em todos os livros, é o autodescobrimento, mas todas tem uma paixão intensa que se torna muito determinante na vida delas. O caminho de Tiggy, apesar dela nutrir sentimentos por um certo alguém, está concentrado em suas crenças e em como elas regem sua vida. Definitivamente foi uma experiência diferente dessa vez a leitura. Me parece que a narração de Lucinda Riley amadureceu para se despreender daquele caminho que as outras irmãs estavam tomando. Ok (SPOILER) Tiggy encontra seu amor no final, mas a trama se transformou em mais do que isso. Já deu para ver uma parcela desse amadurecimento em A Irmã da Pérola (que acho que é meu favorito até agora) e nesse ela conseguiu dar mais preenchimento para a história. Estou ansiosíssima para ler o próximo e ver como ela vai abordar a vida de Electra, que pelas pistas que já apareceram até agora, não tem sido uma vida tranquila, mas sim um caminho tortuoso no mundo dos vícios.

Nos vemos e Nova York e eu espero que em breve.

6 comentários

  1. Nossa, já tá no 5º volume e só li até o 2, acho. Deu pra notar que aquela coisa de auto descoberta e grandes amores tem em todos os livros. Legal que esse acabe se diferenciando um pouco pela história que apresenta dela. Parece ter muito pra explorar, como os outros da série, mas também aquela diferença interessante pra dar novos ares para as histórias. É mais um que quero ler. Vou ver se consigo pegar essa série no novo ano.

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  2. Oi, Maíra!!
    Tenho os três primeiros livros da série As Sete Irmãs, mas até agora ainda não li nenhum, e agora lendo essa resenha dar vontade de correr para a estante de tirar para ler. Achei a história da Tiggy bem interessante ainda não tinha lido nenhum história onde o personagem fosse um especialista em animais selvagens, e ainda morasse em um santuário. E que bom que a Lucinda Riley cada vez mais está amadurecendo a sua escrita pois quem ganha com isso e nós leitores das suas obras.
    Bjoss

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  3. Olá, acredito que essa sacada de desviar um pouco da tendência utilizada nos outros livros foi uma forma que a autora encontrou de concentrar o enfoque nas descobertas pessoais da protagonista, de modo a fazer com que o leitor crie uma empatia verdadeira com a mesma. Além disso, é preciso enfatizar que a ambientação, tanto nesse volume quanto nos anteriores, está impecável, fazendo que a leitura fique ainda mais agradável. Beijos.

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  4. Olá Maíra!
    Ainda não li nenhum livro dessa série, infelizmente. Achei interessante a autora ter deixado o romance em segundo plano nesse livro, assim a série não se torna maçante para o leitor (por mais que eu adore a parte do romance rsrs). A descoberta das raízes de Tiggy nos faz viajar e conhecer mais sobre a Espanha. Espero em 2019 poder iniciar essa série.
    Beijos

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  5. Olá! Só leio coisas positivas em relação a essa série e a escrita da autora, confesso que ainda não tive a oportunidade de ler os livros, mas a cada nova resenha sobre a série a vontade aumenta cada vez mais. E fiquei contente em saber que esse quinto volume se diferencia um pouco mais em relação aos outros , mas nada que prejudique a leitura, pelo contrário só acrescenta ainda mais em querer iniciar a leitura o quanto antes.

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  6. Oi Maíra,
    também adoro essa série!
    Adoro todos da Lucinda, e tô ansiosa pra ler o da Tiggy.
    Pela sua resenha deu pra perceber que ele é mais intenso, tem uma história mais diferente, e fala mais sobre sucesso, não tanto sobre sentimentos e amores proibidos como os demais da série.
    A Tiggy parece ser encantadora. E por ela ser mais espiritualizada, acho que a visão dela da morte do pai pode ser bem interessante. Eu não acredito que ele morreu kkk achei tudo estranho, ainda torço para que no sétimo livro tenhamos uma volta dele aí kkkk
    assim que der, lerei!
    bjs

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