Autor: Fiódor Dostoiévski
Páginas: 112
Ano: 2018
Editora: Penguin Companhia
Gênero: Ficção Russa
Adicione: Skoob
Nota:
Sinopse: São Petersburgo, século XIX. Um homem solitário vaga pela cidade noite adentro, deixando que o sentimento de cada rua, esquina ou calçada o penetre. Durante a caminhada, avista uma mulher aos prantos encostada no parapeito de um canal. Ao acudi-la, tem início um idílio fadado a se dissipar como a tênue claridade das noites de verão na Rússia.
Quanto mais o anônimo narrador se aproxima da jovem Nástienka, mais parece se distanciar de sua melancólica vida anterior. Em quatro encontros, no entanto, a crescente intimidade dos dois personagens chega a um inesperado desfecho, quando a última noite por fim termina.
A novela de 1848, tida como uma das obras-primas de Dostoiévski no gênero breve, é acompanhada neste volume pelo conto "Polzunkov", escrito no mesmo ano, que mostra uma faceta mais caricata de um dos maiores autores da literatura russa.
Sinopse: São Petersburgo, século XIX. Um homem solitário vaga pela cidade noite adentro, deixando que o sentimento de cada rua, esquina ou calçada o penetre. Durante a caminhada, avista uma mulher aos prantos encostada no parapeito de um canal. Ao acudi-la, tem início um idílio fadado a se dissipar como a tênue claridade das noites de verão na Rússia.
Quanto mais o anônimo narrador se aproxima da jovem Nástienka, mais parece se distanciar de sua melancólica vida anterior. Em quatro encontros, no entanto, a crescente intimidade dos dois personagens chega a um inesperado desfecho, quando a última noite por fim termina.
A novela de 1848, tida como uma das obras-primas de Dostoiévski no gênero breve, é acompanhada neste volume pelo conto "Polzunkov", escrito no mesmo ano, que mostra uma faceta mais caricata de um dos maiores autores da literatura russa.
"Pois a expressão "Noites Brancas" se refere a um fenômeno que marca São Petersburgo em certa fase do verão: o sol nunca chega a se pôr completamente e as noites conservam uma constante luminosidade de crepúsculo. Além de embaralhar um pouco os dias e as noites e diluir as referências do tempo, essa luz confere um contorno irreal e onírico aos personagens e ambientes." p.10
Resenha: É a primeira vez que leio um livro do Dostoievski e tenho que dizer que é uma obra muito boa. Por ser a primeira que eu leio é curta e dá para ser lido em uns dois dias. Os elogios em relação as obras do escritor têm muito fundamento. Ele escreve de uma maneira muito perspicaz. A meu ver, me deu impressão que o autor estava contando ora como um amigo vendo tudo de perto, ora de um olhar distante.
"Eu caminhava e cantava, porque, quando estou feliz, sempre cantarolo algo baixinho, como faz qualquer pessoa feliz que não tem amigos nem bons conhecidos e que, nos momentos alegres, não tem com quem dividir sua alegria." p. 14-15
Em um primeiro
momento, conhecemos o personagem principal que não tem nome, ou pelo menos o
autor não colocou nenhum nele. Ele vai sempre solitário para seu trabalho,
repara em todas as construções e muitas vezes dá a impressão que ele conversa
com elas e elas o respondem. É idílico, onírico. Ele vive só em um apartamento
e pelo que nos é apresentado vai acabar assim. Sem namorada, sem amigos, no mesmo emprego de sempre. Dá para se fazer muitas reflexões sobre a vida desse
homem e como ele vive sem querer algo mais, algo que nos é mostrado em um
primeiro momento. Até que, ele conhece uma moça, ou melhor tenta ajuda-la e
acaba a assustando.
"Agora, sou eu que estou assustado. É como um sonho e nem em sonho eu podia adivinhar que, um dia, ia falar com alguma mulher." p.17
O homem é bem
melancólico e quando conhece Nástienka, que de certa forma o incentiva em seus
devaneios hora como amigo, hora como algo mais, hora como um amigo colorido.
Enfim, algo vai mudar dentro desse personagem, mas mesmo ele sabendo que essa moça tem de certa forma alguém em algum lugar
não consegue não se apaixonar por ela, porém mesmo assim a vida é uma roda
gigante.
"Nástienka, vivemos de modo ocioso, lento, apático; na visão dele, todos nós somos insatifeitos com nosso destino, nos afligimos com nossa vida!" p.42
O livro é prazeroso
e não faz ludibriar de tudo e todos, entretanto, por ser o primeiro gostei da
escrita e da maneira que ele vai encaminhando a história. Com certeza, vou ler
outros, talvez eu comece por ordem de escrita.
Oi, Raquel,
ResponderExcluirA história, apesar de simples, nos dá a impressão de ser muito aprofundada, indo além do que é entregue ao leitor.
Olá! Só ouço (leio) coisas boas em relação à escrita do autor e sempre tive curiosidade em me arriscar em uma de seus livros. Adorei a resenha e saber que a história é muito bem contada, sem dúvida vou querer conferir.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirNão conhecia essa autor e vejo que o livro tem uma ótima premissa e que me deixou bastante intrigada com ele.
Meu blog:
Tempos Literários
Oi Raquel!
ResponderExcluirSua resenha me convenceu e me despertou curiosidade em ler esse livro, parece ótimo!
Bjs!
O autor é realmente bastante talentoso. O que mais gosto em suas obras a que já tive acesso e que parece acontecer nessa também são as reflexões que ele coloca na construção e personalidade de suas personagens. Acompanhando suas histórias, somos levados a pensar em diversos aspetos intrínsecos ao ser humano, o que torna as leituras bastante marcantes.
ResponderExcluirParece ser uma leitura muito interessante mesmo e que quero ler um dia. Fiquei curiosa por ser uma ficção russa, algo que nunca li.
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