A Caçadora de Dragões (Iskari, 1) - Kristen Ciccarelli

Título: A Caçadora de Dragões - Iskari, 1
Autor: Kristen Ciccarelli
Páginas: 398
Ano: 2018
Editora: Seguinte
Gênero: Fantasia, Ficção, Jovem adulto, Literatura Estrangeira
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota: 

Sinopse: Primeiro volume de uma trilogia fantástica, em que dragões e humanos estão em guerra — e cabe a uma garota matar todos eles.

Quando era criança, Asha, a filha do rei de Firgaard, era atormentada por sucessivos pesadelos. Para ajudá-la, a única solução que sua mãe encontrou foi lhe contar histórias antigas, que muitos temiam ser capazes de atrair dragões, os maiores inimigos do reino. Envolvida pelos contos, a pequena Asha acabou despertando Kozu, o mais feroz de todos os dragões, que queimou a cidade e matou milhares de pessoas — um peso que a garota ainda carrega nas costas. Agora, aos dezessete anos, ela se tornou uma caçadora de dragões temida por todos. Quando recebe de seu pai a missão de matar Kozu, Asha vê uma oportunidade de se redimir frente a seu povo. Mas a garota não vai conseguir concluir a tarefa sem antes descobrir a verdade sobre si mesma — e perceber que mesmo as pessoas destinadas à maldade podem mudar o próprio destino.

Resenha:

"Algumas histórias são perigosas demais para serem contadas."

Só vi falar bem desse livro em todo o post ou resenha que eu lia, só elogios, então resolvi descobrir o que estava agradando tanto.

E também fui conquistada pela leitura!

“Que a morte envie seu pior. Frio para congelar o amor no meu coração. Fogo para transformar as memórias em cinzas. Vento para me obrigar a passar pelos seus portões. E tempo para enfraquecer a minha lealdade. Esperarei você nos portões da morte.”

Asha, a filha do rei de Firgaard é uma caçadora de dragões. Neste reino, é proibido contar histórias antigas, porque elas atraem os dragões. Só que quando criança, Asha tinha muitos pesadelos e a forma que a mãe encontrou para acalmá-la, era contando tais histórias. Acontece que, ao que tudo indicava, ao contar as histórias, estas iam "sugando a vida" do contador. Tanto foi que a mãe da menina morreu enquanto ela ainda era criança.

"Os heróis antigos eram chamados de namsara em homenagem ao amanhecer do deus. Mas sua filha seria iskari - como a deusa letal."

Aos oito anos, Asha começou a contar histórias para atrair os dragões, até que foi atacada por um deles e quase morreu queimada, ficando com uma enorme cicatriz no rosto e no corpo, ela passou então a contar as histórias, que estranhamente não a faziam ficar doente, a fim de atrair os dragões para matá-los. Agora, dez anos depois, ela caça e mata todos os dragões que encontra, mas ela quer um, o único que realmente importa, o mais antigo deles e o que, em tese, ao morrer, levaria junto a maldição. Este foi o que atacou e queimou a garota.

"Asha nunca tinha voltado sem matar um dragão, e não pretendia começar agora. Afinal, ela era a iskari, e tinha metas para atingir."

Asha está presa a um noivado, com o comandante do exército do seu pai, Jarek, que a prometeu à ele, porque ele foi quem salvou a garota do ataque do dragão, que ao atacá-la, porque ela o havia chamado, matou muita gente em sua cidade, inclusive os pais do seu então, noivo.

Claro que é um casamento arranjado e ela não está nenhum pouco satisfeita com o arranjo, nem seu irmão Dax, e agora, muito menos Torwin, um escravo que, está todo apaixonado por Asha. Importante salientar que os escravos não podem olhar nos olhos dos "donos", não podem sequer tocá-los. Claro que, aos poucos, a menina também vai olhar para o rapaz e obviamente, um romance proibido vem aí.

“Asha tinha perdido o medo do fogo depois que o primeiro dragão deixara uma cicatriz profunda no lado direito de seu corpo. Agora, uma armadura à prova de chamas, feita com o couro de todos os dragões que já havia matado, a cobria da cabeça aos pés. O couro curtido sobre sua pele e o elmo favorito, com chifres negros, que imitava a cabeça de um dragão, a protegiam.”

Bom, não contei nada da história, tem muita coisa acontecendo, tem uma trama toda trabalhada por trás da máscara da realeza, a mitologia que a autora criou é incrível,  um mundo povoado por draksors, a classe dominante, nativos, skrals, ou escravos, e os dragões, e trouxe uma ordem social rígida, marcada pelo ódio e pela ignorância. ...enfim, todo um mundo novo nos foi apresentado, numa leitura fluida e cativante, que prende o leitor do início ao fim e que mostra que nem sempre o que parece, realmente é, e que as vezes, devemos fechar os olhos e encarar o desconhecido, porque no final, valerá a pena!