Autor: Arthur Conan Doyle
Páginas: 414
Ano: 2017
Editora: Penguin Companhia
Gênero: Ficção Policial
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Submarino
Nota:
Sinopse: "O Napoleão do crime". É assim que Arthur Conan Doyle define o professor James Moriarty, arqui-inimigo de Sherlock Holmes e um dos grandes vilões da literatura universal. Não há crime em Londres, do mais banal dos roubos ao mais terrível dos assassinatos, do qual ele não tome parte. No entanto, na obra de Doyle, Moriarty aparece como uma sombra: raramente o protagonista de uma história, sempre atrás das cortinas, em breves menções e alusões. Este volume reúne todas as histórias de Sherlock Holmes em que o professor dá as caras. São seis contos e um romance que mostram a construção deste que acabaria se tornando um modelo de vilão e o personagem mais emblemático de Doyle depois de seu rival Sherlock Holmes e de dr. Watson. Nas célebres palavras do detetiva, "o jogo começou".
Resenha:
Poucas coisas representam tanto a figura inglesa quanto nosso célebre John Watson. Ele é um exemplo da seriedade, firmeza, pontualidade, segurança que imaginamos fazer parte da cultura britânica. Já Sherlock Holmes é o completo oposto de Watson. Inconstante, excêntrico e nem um pouco interessado em cumprir funções sociais, Holmes se destaca em meio à sociedade londrina e definitivamente chama muita atenção com seu cérebro fora do comum. Mas, disso tudo nós já sabemos. Todo mundo, mesmo que não tenha lido absolutamente nada (ainda), já ouviu falar da dupla Sherlock Holmes e Watson e das suas aventuras desvendando os mistérios mais sem pé nem cabeça da história da ficção.
O que a gente não tem muito conhecimento, é a respeito do arqui-inimigo de Sherlock Holmes, James Moriarty. Esse sim é um mistério para nós. Ele é apenas um nome sem rosto, uma figura que imaginamos, só não conseguimos dar uma forma para ela, mas que está sempre presente, observando tudo. Moriarty é por vezes comparado a Iago, o manipulador vil que orquestra toda a trama de Otelo (que inclusive tem uma resenha bem aqui). Então, na calada da noite, Moriarty comanda a rede mais bem organizada de crimes de Londres, com atuações em vários outros países da Europa e tão bem tecida que não deixa pontas soltas para serem rastreadas. E durante o dia ele é apenas um professor universitário, renomado por suas obras na área das exatas. O disfarce perfeito para um gênio do crime.
A mente do vilão fascina Sherlock Holmes, e nosso amado detetive reconhece a grandeza de seu rival. A briga entre os dois é como um cachorro correndo atrás de seu rabo. A graça toda é a busca, não a vitória (isso me faz lembrar do Coringa de Heath Ledger). Holmes, faz menção a Moriarty em algumas de suas histórias e Watson foi eficaz ao retratar isso em seus escritos e nos possibilitar um olhar mais de perto dentro das questões que envolvem o relacionamento dessas duas mentes brilhantes.
Em O Livro de Moriarty temos a oportunidade de ler todas essas histórias que o vilão toma parte, mesmo que minimamente. A coletânea reúne 6 contos e um romance, O Vale do Medo, e todos eles conseguimos perceber a figura de Moriarty. Alguns desses contos até inspiraram filmes e episódios da série Sherlock (como é o caso de O Problema final, por exemplo). Pelo fato de serem histórias independentes, elas podem ser lidas em qualquer ordem, mas creio que a ordem cronológica é mais interessante porque sempre tem alguma referência que é super legal de ser percebida. A desvantagem é que o livro não está organizado nessa ordem então antes de começar a leitura temos um leve trabalho de compreender quais histórias vieram primeiro e nos comprometer a ler o livro toda fora da maneira como está organizado. Mas sendo bem sincera isso deixa a leitura mais interessante, porque sair dos padrões é sempre algo que resulta em experiências divertidas.
Meu intuito não é fazer um resumo de todos os contos, então posso apenas dizer que a escrita de Arthur Conan Doyle é brilhante como sempre, nos cativando a cada página. É difícil não se apaixonar por Sherlock Holmes, então once you’re in, you’re in, não tem volta. E o mais legal é que dá pra gente conhecer mais do Moriarty, um personagem tão intrigante (que se você assistiu a série ele também te cativou muito). A introdução do livro, feita por José Francisco Botelho, ajuda muito a entrar nas histórias com uma visão mais bem formada de Moriarty e é um texto que, pelo menos pra mim, acrescentou várias informações sobre o contexto e a construção dos personagens que eu não fazia ideia.
Então, sem mais delongas, vá mergulhar na Londres do final do século XIX e conhecer um pouco mais não só de uma, mas de duas mentes brilhantes.
Oi, Maíra.
ResponderExcluirAinda não tive a oportunidade de lê-lo, mas o contexto do livro, por si só, já é bem único.
Acredito que eu iria apreciar a leitura, por os ânimos estarem mais exaltados nesse encontro perspicaz, proporcionando ao leitor momentos de pura oscilação.
Foi de muito bom tom (e bem pensado) o autor presentear os leitores com essa familiarização de um personagem como o Moriarty.
E é por este é outros motivos, que gosto demais do blog!
ResponderExcluirPuxa, trazer algo de Doyle é maravilhoso!!! Já li algumas coisas do autor,mas sei que nunca será suficiente.
Os contos dele sempre tiveram este ar sombrio e denso e pelo que vi acima, este livro também tem muito desta marca registrada.
Vai para a lista de desejados com certeza.
Beijo
Oi Maíra,
ResponderExcluirNão conhecia esse livro, mas já desejo ler o quanto antes! Sou completamente fã do Sherlock Holmes, adoro a personalidade desse homem, irônico e sincero, me divirto muito com seu jeito único de resolver os casos.
Realmente, a personalidade do James Moriarty é um mistério, então esses contos cumprem a missão de trazer um pouco mais da mente por trás do arqui-inimigo de Sherlock Holmes.
Obrigada pela indicação ;)
Beijos
Olá Maíra!
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar desse livro, eu gosto tanto desse gênero, mas confesso que há algum tempo não leio...
Achei interessante a ideia do autor, o enredo parece trazer mtos detalhes tbm, vou add nos meu desejados.
Bjs
Olá, o que dizer de um livro que se passa na Londres do final do século XIX? Como adoro esse cenário londrido é claro que já fiquei louco para ler, sem contar que deve ser muito interessante saber o que se passa na cabeça do ícone do universo Holmes (sim, eu tenho uma queda por vilões). Beijos.
ResponderExcluirMaíra!
ResponderExcluirAcredito que o Conan Doyle foi magnifico em nos trazer a história do arqui inimigo do Sherlock com inteligência equiparada a dele e ainda deu destaque a Watson como narrador, trazendo sua visão do equivalente ao Holmes, porém com maldade.
Não conhecia o livro e gostei muito.
“É o coração que sente Deus e não a razão.” (Blaise Pascal)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA JULHO - 5 GANHADORES - BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
Olá Maíra! Eu li há muito tempo apenas um livro de Doyle da série Sherlock Holmes e me apaixonei pelo personagem. A trama é bem interessante, o que incomodou foi a linguagem um pouco rebuscada que espero que nessa obra de contos tenha sido suavizada. Claro que todo herói que se preze tem seu vilão, portanto não vejo a hora de conhecer esse tal de Moriarty. Beijos
ResponderExcluirOi Maíra,
ResponderExcluirNunca li nada sobre Sherlock, mas sem dúvidas sei sobre ele, e excêntrico é uma palavra que acredito definir bem ele é seu trabalho! Eu, como sempre sou fã dos vilões achei muito interessante mostrar esse lado das história, porque sem dúvidas a genialidade de James beira a do investigador, bom colocar os dois lados da moeda.
Gostei do personagem!
Beijos
Olá! Confesso que não conhecia o livro, mas se tratando em conhecer um pouco mais do misterioso Moriarty já quero conferir tudo o mais rápido possível. Acho que essa dinâmica de leitura a torna ainda mais interessante.
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirEu nunca havia lido nada sobre Sherlock até começar a assistir a série onde fiquei fascinada. Acho bacana que haja um livro mostrando a perspectiva do arqui-inimigo de Sherlock de forma que possamos conhecer um outro ponto de vista.