Dezesseis - Rachel Vincent

17 de julho de 2018

Título: Dezesseis
Autor: Rachel Vincent
Páginas: 240
Ano: 2017
Editora: Universo Dos Livros
Gênero: Distopia, Ficção, Ficção científica, Jovem adulto, Literatura Estrangeira
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota: 
Sinopse: Em um mundo em que todos são iguais, uma garota se destaca por sair do padrão. Uma história promissora e de ritmo acelerado, escrita por Rachel Vincent, autora best-seller do The New York Times.

“Nós temos cabelos castanhos. Olhos castanhos. Pele clara. Somos saudáveis, fortes e inteligentes. Mas só uma de nós já teve um segredo.”
Dahlia 16 vê seu rosto em toda multidão. Ela não tem nada de especial – é apenas uma entre as outras cinco mil garotas que foram criadas visando o bem da cidade. Ao conhecer Trigger 17, porém, tudo muda. Ele a considera interessante. Linda. Única. Isso significa que ele deve ser defeituoso.
Quando Dahlia não consegue parar de pensar nele – nem resistir a procurá-lo, ainda que isso signifique quebrar as regras – ela percebe que deve ser defeituosa também. Mas, se ela for defeituosa, todas as idênticas também são. E qualquer genoma com defeito descoberto deve ser recolhido. Destruído. Ser pega com Trigger não apenas selaria o destino de Dahlia, mas o das cinco mil garotas com o mesmo rosto. No entanto… e se Trigger estiver certo? E se Dahlia for mesmo diferente? Subitamente, a garota que sempre seguiu todas as regras começa a quebrá-las, uma a uma…

Resenha: Essa é uma resenha particularmente difícil para eu fazer. O motivo é estranho, mas não tem jeito, eu acho que não sou lá muito normal. Mas bom, eu andei xeretando um aplicativo de áudio book e no fim, ganhei 30 dias para experimentar e resolvi começar com Dezesseis, gostei do livro, mas tenho mais memória visual do que auditiva, aí está a dificuldade. Ah o aplicativo, que tem para celular e pc é o Ubook. Depois eu falo mais sobre a minha experiência com ele!

"Mas todo mundo é um entre muitos. Uma parte do todo. E é assim que deve ser."

Dezesseis é uma distopia, onde as pessoas não nascem, são "produzidas" em laboratório, e são idênticas. Esse é o caso de Dahlia. Dahlia 16 porque tem 16 anos, foi produzida com outras 4.999 meninas, todas iguais. Um dia a menina conhece Trigger 17 e tudo muda para sempre na vida desses dois. Eles não são feitos para interagir com outros. Conversas não existem a menos que seja com o grupo de meninas que convive, que são todas iguais à ela, todas com a mesma idade e agricultoras. Identidade não existe mais, no passado isso existiu e era ruim. Pais, irmãos ou qualquer tipo de parentesco é coisa ultrapassada e a vida deles é trabalhar para o bem de Lakeview, a cidade onde vivem e de onde nunca sairão.

"É fácil seguir as regras quando você nunca tem a oportunidade de infringi-las."

Todos eles crescem sabendo que existem para ser úteis, cada um com seu talento, trabalhando e produzindo para o bem comum, não há festas, namoros, casamentos ou vida em comum, apenas o trabalho.

"Não entendo essas lágrimas. Não estou machucada. Mas alguma coisa está doendo. Uma dor profunda, mas em nenhum lugar que eu possa descrever ou apontar." 

Então Dahlia e Trigger ficam presos no elevador e começam a pensar por eles mesmos, além de estar sempre um buscando o olhar, a  companhia do outro, mesmos que cada um deles tenha rosto idêntico aos outros, eles se reconhecem na multidão.

“Bonita não é um conceito que se aplica às pessoas.”

 "O elevador começa a descer e lanço um olhar furtivo para ele, porque nunca vi seu modelo genético de perto, e o geneticista que criou esse genoma certamente trouxe glória à cidade com aquele projeto."

Acontece que isso não poderia acontecer e Dahlia se viu na maior confusão de sua vida quando, descoberta, será eliminada, sofrerá eutanásia, e não vê outro jeito a não ser fugir. Nessa fuga ao lado de Trigger, vai descobrir que o mundo não é nada do que pensava, eles, pelo que eu entendi, são produzidos para força de trabalho num mundo onde a família existe sim, assim como a exploração que sempre existiu, está apenas sendo orquestrada de maneira diferente e devo concordar, muito inteligente!

"A natureza está repleta de beleza, mas nós não fomos feitos pela natureza. Fomos feitos pelos geneticistas - cientistas do Departamento de Especialistas, que sabem como montar o DNA humano como um pedreiro monta prédios, juntando cuidadosamente os componentes necessários até que o resultado tenha a forma e a função desejadas."

"Sei que cada genoma é único e que não há duas classes parecidas, por causa da norma de Preservação e Distribuição Igual de Traços Genéticos. Mas não posso deixar de me perguntar por que os geneticistas se preocuparam com outros genomas masculinos depois que o de Trigger 17 foi criado.
Sua forma é claramente um triunfo da engenharia genética, e não consigo imaginar como esforços futuros poderiam melhorá-lo."

E até aqui eu contei o comecinho do livro apenas e tudo isso aconteceu...Pelo final, percebo que tem outro livro e estou bem curiosa para saber como essa história continua. É uma leitura que eu recomendo bastante, recheada de surpresas, com muita aventura e uma pitada de romance, me surpreendi positivamente!

"É muito estranho e frustrante perceber de repente com não sei nada do mundo, e menos ainda sobre as pessoas que vivem nele." 

E eu consegui resenhar meu primeiro áudio book! Não sei se será o último, ainda não decidi. Comecei a escutar Perdida e não gostei da narradora, nem um pouco. Já da Narradora de Dezesseis eu gostei mais. Não sei se é porque eu já li Perdida e quis comparar e a voz não me convenceu ou sei lá...O fato é que escutar enquanto fazemos algo como arrumar a casa ou viajando é muito legal. Ainda não sei se recomendo, até agora, estou gostando. Não substitui a leitura, mas é um recurso e tanto!!!!


10 comentários

  1. Oi, Denise,

    Propostas de livros assim, sempre chamam a minha atenção, pois sempre têm algo inovador a ser inserido na trama.

    Acompanhar, juntamente com a personagem, o descobrimento de um mundo novo antes não conhecido é surreal e, ao mesmo tempo, unânime.

    Não deixa de ser um livro no qual deixará o leitor pensativo acerca de tudo que é ditado a ser seguido pela sociedade em função de algo imposto.

    É um livro que quero ler. Ele certamente tem algo a oferecer.

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  2. Se eu falar que nunca ouvi um áudio book! Sei lá,nunca senti vontade e também sou mais isso de ler e visualizar. E ainda tem isso de ouvir a voz. Até em filmes dublados eu sou chata, pois normalmente vejo legendado antes.
    Faz muito tempo que li uma resenha deste livro e na época não senti muita vontade de ler não. Mas agora olhando por este ângulo da resenha acima, gostei muito desse drible nas coisas programadas. Sentimentos não se programam.
    Espero poder conferir o livro sim!!!
    Beijo

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  3. Olá, eu nunca tive uma experiência com audiobooks, para suspeito que eu não me adaptaria bem nesse tipo de plataforma literária. Enfim, a obra em si possui um ritmo bem frenético, visto que são poucas páginas, mas confesso que senti a falta de uma melhor caracterização desse mundo distópico, assim como dos personagens principais. Beijos.

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  4. Oi Denise!
    Resenhar um áudio book deve ser bem mais difícil mas que bom que conseguiu...
    Esse livro, apesar de gostar do gênero, não me prendeu atenção, já conhecia sobre ele e até anotei na minha lista, mas não tive curiosidade ainda de tentar ler...
    Bjs!

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  5. Denise!
    Tão bom 'ler' um livro de ficção que parece crível, porque todo desenrolar da trama é bem escrita e fundamentada. E ainda traz uma protagonista que busca sua individualidade em um mundo que até então não sabia existir.
    Já iniciei dois livros em audiobook, mas não consegui terminar, pelo simples fato que é preciso muita atenção e ouvir um livro, foi me dando sono, não gostei da experiência.
    Quero poder ler, mas o livro físico.
    “É o coração que sente Deus e não a razão.” (Blaise Pascal)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA JULHO - 5 GANHADORES - BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  6. Olá Denise! Concordo com você em relação aos audiobooks. São práticos porém sinto que falta alguma coisa, pois ouvir a historia não é o mesmo que descobri-la na leitura. Achei essa distopia bem inovadora e fiquei curiosa para ler. A autora dissemina a mensagem de que por mais que as pessoas pareçam iguais em todos os aspectos, ainda são diferentes. Beijos

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  7. Oi Denise,
    Tenho muita curiosidade em ler esse livro, adoro distopia e a proposta desse enredo é muito intrigante e interessante. Ao criar um mundo onde todos são iguais, criados para pensarem e agirem da mesma forma, a autora traz uma critica e tanto para a sociedade tal qual a conhecemos. Essa trama traz a mensagem e reflexão de que cada um é único, e são as diferenças que nos tornam especiais.
    Quanto ao áudio book, esse tipo de leitura não funcionaria para mim.
    Beijos

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  8. Olá Denise,
    Acredito que também estranharia audio book, mas sim, é um recurso incrível, principalmente para quem tem o dia todo corrido.
    A distopia é ótima, já assisti um filme com o enredo bem parecido, mas a história do livro contém a fuga, o que torna ele mais eletrizante, e claro, fiquei curiosa para saber como essa "família" ainda existe em um mundo onde as pessoas são na verdade clones!
    Acredito que esse tipo de livro fala muito sobre como a humanidade, independente de tudo, sempre terá sentimentos, por isso eu gosto.
    Beijos

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  9. Olá! Essa é uma distopia que não me agradou muito, apesar de curtir muito o gênero. Quanto a audiobooks ainda não tive nenhuma experiencia, mas acredito que não curtiria muito.

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  10. Olá.
    Com certeza é um livro com um proposta interessante. Eu gosto bastante do género e esse seria um livro que eu adoraria ler.

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