Título: 1Q84 - Livro 2
Autor: Haruki Murakami
Páginas: 376
Ano: 2013
Editora: Alfaguara
Gênero: Ficção, Fantasia, Literatura Estrangeira, Literatura Oriental
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Nota:
Sinopse: 1Q84 é um mundo real, mas as coisas não são exatamente como antes. Para começar, duas luas agora pairam no céu: uma grande, cinzenta, e outra menor, irregular, de tom levemente esverdeado. E há também o chamado Povo Pequenino, cujas intenções permanecem ocultas. Nesse mundo, paralelo a 1984, o destino de duas pessoas, Tengo e Aomame, está intimamente ligado. Cada um, à sua maneira, está fazendo algo perigoso, que pode colocar sua vida - e a de outras pessoas - em risco. E, aparentemente, não há como fugir desta realidade nem é possível que ambos sejam salvos; apenas um será o escolhido. No segundo livro de sua saga magistral, Murakami leva o leitor a um mundo extraordinário, onde só o amor entre Tengo e Aomame poderá reverter a marcha implacável dos acontecimentos.
Resenha: A trilogia 1Q84 é focada em dois personagens, Tengo e Aomame, que depois de acontecimentos bastante específicos, passaram a viver em um mundo bem parecido com o mundo usual, mas com pequenas diferenças que o tornam um mundo único. Ambos estão envolvidos com uma estranha seita religiosa chamada Sakigake e com seres sobrenaturais denominados Povo Pequenino. A resenha do primeiro livro encontra-se aqui. Evite spoilers lendo esta resenha, que se trata do segundo livro da série.
A história se inicia exatamente no ponto onde o primeiro
livro se encerrou. Aomame faz os últimos preparos para o assassinato mais
importante da sua vida, e o alvo é o Líder do culto Sakigake, responsável pelo
estupro de meninas ainda menores de dez anos de idade. Sabendo da influência
e do alcance da seita, Aomame compreende que haverá retaliação por parte dos
discípulos do Líder após a realização do serviço. Ciente disso, a velha dona do abrigo para mulheres
violentadas lhe promete uma quantia de dinheiro que trará sua aposentadoria,
assim como também lhe promete uma nova vida, com novos documentos e até mesmo
uma nova aparência.
Aomame não tem certeza se isso será o suficiente, e após
momentos de reflexão, inclui a possibilidade de um suicídio. Se sentindo uma
mulher solitária, sem família, com uma vida extremamente incomum e,
principalmente, sem o amor de seu querido Tengo, o que ela teria a perder
tirando a sua própria vida? Entre as mais diversas reflexões ocorridas durante a história sobre
essa decisão, Aomame adquire uma pistola Hecker & Koch HK4 através de seu
mais novo amigo Tamaru, guarda-costas e segurança do abrigo, não para usá-la em
sua última missão, mas sim para usá-la contra si mesma antes que o inimigo lhe
coloque as mãos.
Pistola Hecker & Koch HK4 |
Enquanto isso, Tengo tenta manter seu cotidiano da mesma
forma como sempre, sem muitas alterações e com poucas ambições. Porém, em um de
seus dias de trabalho, um estranho senhor lhe procura, oferecendo uma proposta
de cunho duvidoso: Aceitar uma quantia enorme de dinheiro doada por uma
fundação recém-criada, se incumbindo apenas em criar um relatório sobre
descobertas científicas e artísticas, por mera formalidade.
O estranho senhor chamado Uchikawa se torna uma pedra no
sapato de Tengo. Não bastando ser uma pessoa naturalmente desprezível pela sua
aparência e modos de agir, com o tempo, senhor mostra ter estreitas relações
com o grupo Sakigake, e um estrito interesse em Tengo.
Não bastando a perseguição por parte do desprezível homem,
Tengo passa por uma esquisita fase quando descobre que sua namorada sumiu de
forma misteriosa, deixando de dar qualquer sinal de vida durante semanas.
Estaria Tengo envolvido em uma conspiração?
Não há muita diferença entre a forma como a narrativa se
desenvolve em relação ao primeiro livro. O enredo tem seus pontos e seus
destinos, mas durante o caminho percorrido até eles, veremos muito do cotidiano e dos pensamentos
pessoais de ambos os protagonistas. Enquanto o primeiro livro se foca em
demonstrar a personalidade de Tengo e Aomame, o segundo trará uma maior
profundidade nos sentimentos de ambos. Tengo passa a ter uma relação mais
concisa com Fukaeri e resolve enfrentar os seus próprios demônios, procurando
seu pai e tentando entender o paradeiro de sua mãe, além do porquê de uma
infância tão conturbada. Já Aomame, enfrentando diversos dilemas sobre sua
própria forma de viver, precisa também lidar com Sakigake e a segunda Lua que
tanto lhe perturba. Durante o trajeto, novos questionamentos sobre o seu
próprio alvo e todo o estranho culto serão enfrentados.
De forma gradativa, o livro busca de pouco em pouco
solucionar os mistérios de Sakigake e sobre o Povo Pequenino. Tanto Tengo
quanto Aomame se familiarizam com a ideia de não estarem vivendo no mesmo mundo
usual de sempre (e que, ao mesmo tempo, não é um mundo alternativo. Essa
complexa explicação fica por parte do próprio Líder do culto religioso). Os
acontecimentos sobrenaturais são mais constantes e intensos que no primeiro
livro. Porém, tal como o primeiro livro, 1Q84 – Livro 2 termina de forma
apressada, com o autor deixando ganchos para o terceiro e último livro da
trilogia.
De uma forma geral, 1Q84 – Livro 2 se mantém em um ritmo
parecido com o primeiro livro. Haruki Murakami permanece com sua forma única de
escrever, prendendo o leitor em meros detalhes cotidianos e descrições sobre
locais comuns. Em adição ao mistério sobre o Povo Pequenino, o enredo se focou
também em uma intensa história de amor entre os dois personagens principais,
dando a impressão que mais sobrenatural do que os próprios acontecimentos no
mundo alternativo de 1Q84, está o sentimento de duas pessoas que duraram por
mais de uma década, mesmo que cada uma delas tenha tomado complicados rumos em
distanciamento entre si.
Oi, Michel.
ResponderExcluirVemos aqui, que a complexidade em destaque e o mistério encarregado, nesse segundo volume, é funcional para que o leitor seja imerso nesse mar em desenvolvimento acerca do mesmo.
Não sei se, pra mim, seria uma leitura habitual e agradável, mas confesso que achei a proposta dessa continuação interessante.
Acabei tendo que puxar a resenha do primeiro livro, pois sinceramente, não me recordava dele. Mas eu acredito que seja uma trilogia que deve mexer realmente com a imaginação de quem a lê.
ResponderExcluirUm mundo totalmente à parte e mesmo assim, com elementos que fazem dos personagens, pessoas comuns, tá, nem tão comuns.rs mas mesmo assim, ainda com inúmeros sentimentos, tanto que há a parte do romance.
Não é meu gênero favorito, mas se puder, quero muito poder conferir.
Beijo
Olá, essa trilogia era desconhecida para mim até agora, mas fiquei bastante curioso para conhecer a escrita ágil de Murakami. É notável que nesse segundo o autor dá um ênfase maior na construção dos personagens, tornando-os mais caracterizados e facilitando a empatia para com o leitor. Beijos.
ResponderExcluirOlá Michel! Achei que a trama do segundo livro é mais intensa do que o primeiro. Vejo que Aomame enfrenta problemas realmente complicados e achei muito instigante esse Povo Pequenino. A única coisa que atrapalha é o final corrido não é? Espero que o desfecho da série seja melhor articulada no próximo livro. Beijos
ResponderExcluirOi Michel,
ResponderExcluirNão li a resenha do primeiro livro, mas como eu não curto tanto a história, não me incomodo de pegar spoilers.
Achei a parte do culto bem pesada, principalmente dos estupros, mas gostei desse impasse de Aomame, dela entender que talvez seja seu fim.
Que bom que conseguimos conhecer as personalidades dos dois protagonistas!
Legal a ambientação criada pelo autor...
Beijos
Michel!
ResponderExcluirA história de “1Q84”, ao meu ver, é uma típica história japonesa de amor, bem no estilo de “Musashi” de Eiji Yoshikawa, com muitos desencontros e frustrações. A originalidade de Murakami é situar o romance de Aomame e Tengo no mundo paralelo de 1Q84, onde existem duas luas no céu e um Povo Pequenino usa e abusa da magia em rituais secretos. Então existe um toque de suspense, de ficção científica (ou realismo fantástico) e até um sutil senso de humor.
Desejo uma ótima semana!
“Se você realmente quer algo na vida, tem que lutar por isso.” (Homer Simpson)
cheirinhos
Rudy
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Olá Michel!
ResponderExcluirSempre leio comentários positivos sobre a escrita do autor e me desperta curiosidade em ler obras dle, e tô aqui na torcida pra que surja uma oportunidade pra eu conhecer.
Bjs!
Olá Michel,
ResponderExcluirNão conhecia essa trilogia, então fui dar uma conferida na resenha do primeiro livro para entender melhor qual é a proposta dessa trama. Confesso que esse estilo de enredo não me atrai muito, então não me importei de pegar spoilers e li essa resenha do segundo livro para ver se chamava a minha atenção.
É uma trama complexa e intrigante, misturando realidade com um mundo inimaginável, trazendo acontecimentos sobrenaturais, seita e intrigas nesse universo único. É uma leitura peculiar, mas no momento não sinto vontade de ler. Porém, é uma boa indicação de trilogia para meu cunhado.
Beijos
Olá! Continuo afirmando que toda essa história me deixou um tanto quanto confusa, a escrita também não me empolgou tanto assim. Definitivamente não é uma leitura que eu faria, mas vou aguardar resenha do desfecho, quem sabe não me empolgo.
ResponderExcluirMesmo gostando muito de ficção, achei essa història meio complicada, apesar de que ficções são complicadas, mas esse livro ultrapassou. Ainda não sei se leria essa trilogia.
ResponderExcluirOlá.
ResponderExcluirReceio que o enredo não tenha me chamado atenção, eu adoro livros onde é criado novos e diferentes universos,porém para mim este não seria um livro que consideraria ler.