Toda Luz Que Não Podemos Ver - Anthont Doerr

20 de junho de 2018

Título: Toda Luz Que Não Podemos Ver
Autor: Anthony Doerr
Páginas: 528
Ano: 2015
Editora: Intrínseca
Gênero: Ficção Americana
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Americanas | Submarino
Nota:  
Sinopse: Marie-Laure vive em Paris, perto do Museu de História Natural, onde seu pai é o chaveiro responsável por cuidar de milhares de fechaduras. Quando a menina fica cega, aos seis anos, o pai constrói uma maquete em miniatura do bairro onde moram para que ela seja capaz de memorizar os caminhos. Na ocupação nazista em Paris, pai e filha fogem para a cidade de Saint-Malo e levam consigo o que talvez seja o mais valioso tesouro do museu.
Em uma região de minas na Alemanha, o órfão Werner cresce com a irmã mais nova, encantado pelo rádio que certo dia encontram em uma pilha de lixo. Com a prática, acaba se tornando especialista no aparelho, talento que lhe vale uma vaga em uma escola nazista e, logo depois, uma missão especial: descobrir a fonte das transmissões de rádio responsáveis pela chegada dos Aliados na Normandia. Cada vez mais consciente dos custos humanos de seu trabalho, o rapaz é enviado então para Saint-Malo, onde seu caminho cruza o de Marie-Laure, enquanto ambos tentam sobreviver à Segunda Guerra Mundial.
Uma história arrebatadora contada de forma fascinante. Com incrível habilidade para combinar lirismo e uma observação atenta dos horrores da guerra, o premiado autor Anthony Doerr constrói, em Toda luz que não podemos ver, um tocante romance sobre o que há além do mundo visível.



"Considerem um único pedaço de carvão incandescente no forno da sua casa. Estão vendo, crianças? Esta porção de carvão já foi uma planta verde, uma samambaia ou junco, que viveu um milhão de anos atrás, ou talvez cem milhões." pág. 55
Resenha: Fazia tanto tempo que não lia algum livro que se retrata a Segunda Guerra que demorei algumas páginas para me situar na história. Eu descrevo esse livro em uma palavra e a meu ver faço jus a essa obra. Esse livro é: Avassalador!

" - Sabe a maior lição da história? A história é aquilo que os vitoriosos determinam. Eis a lição. Seja qual for o vencedor, ele é quem decide a história."

Ele é dividido em doze capítulos em que conhecemos duas crianças que crescem se tornaram dois jovens. Marie-Laure, que mora na França e conhecerem tudo que o narrador nos apresenta em cada novo capítulo e, Werner na Alemanha, que infelizmente verá coisa duras na guerra e mesmo assim não perde a esperança de reencontrar duas pessoas. Outra coisa importante sobre o livro é que os capítulos são ora descritos/narrador no passado ou no presente e cada vez mais lemos sobre essas duas personagens principais que faz de a narrativa ser onisciente, onipresente e entendemos que vai acontecer ou acontecendo a cada capítulo lido.

""Abram os olhos", o francês do rádio costumava dizer, "e vejam o máximo que puderem antes que eles se fechem para sempre.""

As personagens são muito bem construídas. São fortes, firmes, corajosas, guerreiras, ousadas e que sabem aprender independentes das circunstâncias de cada um. Conhecemos uma Marie com nove anos que está perdendo a visão e é levada por seu pai a um passeio no Museu onde ele trabalha e ele tenta sempre depois de uma perda total de visão, que ela aprenda a andar por si onde quer que esteja. Que conheça onde ir e como ir. É um pai sempre presente e que tem um amor enorme pela filha e faz de tudo para protegê-la onde quer que estejam. Já Werner mora em um orfanato com sua irmã Jutta e algum tempo ele perdeu seu pai que trabalhava nas minas e nesse orfanato conhecem a Frau Elena uma boa mulher que tenta ensina o melhor que pode para cada um deles.

"Vocês vão privar de confortos; vão viver apenas pelo dever. Vão comer país e respirar nação."
Portanto, vemos/lemos com clareza que a guerra não nos traz nada de bom. Traz muito sofrimento, morte, fome, tristeza. Não há nada de bom em começa e/ ou continuar uma guerra. E isso só ocorre porque o ser humano é egoísta e tentar sempre ser melhor do que qualquer outro, pensando que assim tornar-se-á um ser supremo e encantador, leigo engano.

"Há um grande prazer em andar na cidade antes de o sol se levantar, a iluminação da rua brilhando, o rumor do dia parisiense começando."
Concluo que não poderia imaginar um final melhor para um livro que retrata mesmo ficcionalmente a uma guerra tão terrível. O livro vale a pena ser lido. É uma história forte e triste de uma forma que o aturo soube muito bem nos apresentar e conduzir do começo ao fim.

15 comentários

  1. Oi, Raquel.

    Embora ainda não tenha lido, livros que se passam na Segunda Guerra Mundial, logo têm o meu interesse e atenção.

    Vemos aqui, uma história delicada por seu período histórico e pelo drama vivenciado pelos personagens, o que só faz dessa, uma leitura sensível e forte e até mesmo, tocante.

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  2. Oi Raquel, tenho que confessar que leio muito poucos livros que se passam nessa época justamente porque os livros como esse que se passam na segunda guerra são fortes e tristes, sempre saio arrasada ao final da leitura. Ainda assim sei que histórias assim são importantes, é importante saber como foi terrível esse período de modo que não possamos repeti-lo. Gostei da resenha, da capa e tenho certeza que esse é um livro incrível ;)

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  3. Sou apaixonada por livros que tragam algo sobre a Segunda Guerra e este livro está na minha lista de desejados já em um tempinho.
    E ironicamente é a primeira resenha que leio dele, por isso, fiquei aqui meio boba com a resenha e com a vontade enorme que senti em abraçar os personagens.
    A guerra não trouxe nada de bom e nunca trará, aconteça ela onde acontecer.
    Mas pelo menos, os personagens do livro, tem algo a dizer e devem ter dito.
    Espero ler em breve.
    Beijo

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  4. Oi, Raquel!
    Eu comprei esse livro para o meu marido, e ele leu em 2016. Eu ainda quero muito ler, mas tenho uma fila interminável de leituras... rsrsrs. Mas, espero poder ler, esse ano!
    Grande abraço,
    Drica.

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  5. Olá Raquel! Obras que abordam a Segunda Guerra me interessam muito, sempre me surpreendo com as barbaridades que o ser humano foi capaz de cometer e quantas lições podemos tirar disso. Esse perece o tipo de livro que vai abalar o meu psicológico e destruir meu emocional, e já entrou pra lista de leituras. Prevejo um romance se desenvolvendo entre os dois protagonistas. Esses capítulos que descrevem ora o passado e, ora o presente nos ajudam a nos situar na história e conhece-la por completo. Beijos

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  6. Gosto muito desse livro e dos personagens; só achei a narrativa um tanto cansativa.

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  7. Raquel!
    Gosto dos livros ambientados nas guerras também e ver um romance que aprecia o relacionamento das pessoas, ao invés da própria guerra é até estranho e talvez por isso mereça uma leitura, por ser diferente.
    Um livro no estilo, sempre tem muito drama, ainda mais quando envolve crianças.
    “Nunca sei se quero descansar porque estou realmente cansada, ou se quero descansar para desistir. “ (Clarice Lispector)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA JUNHO - 5 GANHADORES
    BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!

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  8. Olá Raquel!
    Amei essa capa, faz mto tempo que leio livros que trazem a guerra, achei mto interessante o enredo, espero ler um dia, já add aos meus desejados.
    Bjs!

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  9. Oi, Raquel. Não curto muito livros ambientados na segunda guerra, acho que são histórias muito pesadas e quase sempre me deixam em uma ressaca infernal. Mas ao contrário dos outros livros com essa temática, esse tem uma sinopse que me cativou bastante, mas já de cara percebo o clichê, que é sempre retratar histórias de crianças na guerra.

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  10. Olá! Amo esse tipo de leitura que retrata um pouco sobre os horrores da segunda guerra e as angustias que as pessoas tiveram que passar. A leitura parece ser carregada de muita emoção o que a torna ainda mais atraente.

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  11. Eu gosto muito de livros que tenham esse ambiente que se passa em guerra. Apesar de serem bastante agoniantes e sofridas as histórias as vezes é preciso ler um pouco disso pra a gente poder repensar na nossa própria vida.

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  12. Adoro livros que trzem uma narrativa hora no pasado e hora no presente porque me deixam mais situadas dos fatos. A ambientação com certeza deve ser maravilhosa! Imagino que éuma história e tanto mesmo e vai me tocar.

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  13. Eu adoro livros que se passam durante a Segunda Guerra Mundial e essa foi uma das minhas leituras favoritas Esse livro me lembrou muito o livro A menina que roubava livros de markus zusak Por ora ser amado no passado e hora no presente enfim foi uma ótima leitura

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  14. Olá Raquel,
    Não sou fã de estórias relacionada com guerra e depois de ler a sinopse não pretendo ler esse livro.
    Achei interessante a descrição das personagens principais e parece que mesmo com o tema a autora fez um bom trabalho com relação às elas.

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  15. Olá.
    Nunca cheguei a ler livros que se passam na Segunda Guerra Mundial, então talvez eu dê um chance para a obra.
    O enrendo trata-se de assuntos bem realistas como sofrimento, morte, fome, tristeza, o que para mim tornaria a leitura um pouco pesada, porém como menciono trata-se de uma obra sem conduzida do começo ao fim.

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