Autor: Organização de Heitor Megale
Páginas: 664
Ano: 2008
Editora: Companhia das Letras
Gênero: Ficção Histórica
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Saraiva
Nota:
Resenha:Sinopse: Defrontado com a decadência de seu reino, Artur reúne os cavaleiros da Távola Redonda e os incumbe de uma última missão: resgatar o santo Graal, o cálice com que José de Arimatéia coletou o sangue de Cristo na cruz. Desaparecido há séculos, esse objeto sagrado pode devolver Camalote a seus dias de glória. Para recuperá-lo, Lancelote, Percival, Galaaz e outros cavaleiros serão postos à prova e enfrentarão bestas selvagens, maldições ancestrais, duelos ferozes e tentações constantes.
Artur, o homem que mais aparece na minha lista de lidos e para ler. O Cavaleiro mais conhecido do mundo e um dos reis mais amados da história da Bretanha. Mas por incrível que pareça, são poucos os livros que chegam até mim em que ele realmente é o personagem principal. Sempre a história conta do reino dele, do tempo dele e da vida dele, mas sobre a perspectiva de outros personagens. São visões paralelas à dele e com esse livro que vos falo sobre hoje não é diferente. O livro A Demanda do Santo Graal é um compilado de lendas que envolvem os cavaleiros da Távola Redonda na busca pelo Santo Graal.
A guerra contra os saxões acabou e ficou na mente do povo. Os anos se passaram e o Reino de Artur entra em um estado de “dormência” que para eles significa a decadência do reino que outrora era o mais brilhante. Para tentar reverter essa situação a Távola Redonda parte em busca do Santo Graal, o cálice que supostamente restauraria a glória do reinado. Assim, Artur fica meramente no plano de fundo, enquanto seus cavaleiros roubam as cenas nas mais mirabolantes aventuras. Eles enfrentam seres míticos, caminhos tortuosos e várias batalhas em nome da bandeira do Dragão.
O mais interessante de tudo é reconhecer personagens tão familiares a nós de outras aventuras. Eles se apresentam com outros nomes e a diversão está em tentar identificar quem são meramente por suas personalidades. Porque você pode mudar a capa, mas jamais mudará o conteúdo e isso acontece com todos os personagens. Lancelote e Guinevere morrem de amores um pelo outro e a relação de Artur com Morgana é aquela mesma que nos deixa ávidos por continuar lendo. Os mesmos livros, com capas diferentes.
Além de tudo, as histórias presentes neste livro são uma adaptação da versão original que está em Portugal e por isso traz uma veracidade histórica que muitos outros escritos de Artur não possuem. Tudo bem que falam de dragões e magias e isso não pode ser algo real, mas está mais próximo do que realmente era contado pelos povos da Bretanha sobre as façanhas de Artur e seus cavaleiros, por mais sem pé nem cabeça que elas sejam. Então é como se estivéssemos bebendo quase diretamente da fonte, mas de uma forma mais acessível para nós, reles mortais.
Mas, preciso dizer uma coisa e me perdoem por isso. A linguagem do livro é extremamente cansativa. É um português muito formal que não traz dinamicidade para a leitura, que se torna lenta e arrastada. Eu demorei a me acostumar com a linguagem e mesmo assim quase que não termino de ler. Nem mesmo meu amor por Artur conseguiu me fazer mergulhar na história e me perder nas páginas e páginas de seu mundo. Creio que esse é um daqueles livros que merecem futuramente uma releitura, então fiquem cientes disso antes de começar.
Mas no fim, sempre vale a pena viver ao lado de cavaleiros e aventuras em terras tão distantes. Vale a pena sentir a lealdade e fidelidade dos homens ao rei e o amor que existe entre eles. São laços que vão além do sangue e que nem a morte consegue vencer. Dá para aprender muito com a Távola Redonda e seus cavaleiros.
Oi, Maíra.
ResponderExcluirApesar da linguagem usada o livro tende a proporcionar uma boa leitura, por conter aventura e por retratar a época em que se passa.
Eu, particularmente, também teria dificuldades em lê-lo.
A história dos cavaleiros da Távola Redonda sempre povoaram a imaginação de tantos de nós, mas também não me recordo de nenhum livro que falasse apenas de Artur e que trouxesse os personagens assim, meio que camuflados...
ResponderExcluirAcabei lendo alguns clássicos da literatura sempre com essa linguagem "antiga" e são mesmo bem cansativos, a gente não vê o enredo fluir, mas no final,sempre dá uma paz na alma!
Vai para a lista de desejados com certeza.
Beijo
Oi Maíra, Arthur é mesmo um personagem recorrente, interessante e rico e mesmo vendo-o por outras perspectivas que não a dele é sempre bom de acompanhar. Essa história parece ser muito boa e ter bastante ação, o que é positivo. No entanto a narração cansativa num livro de mais de 600 páginas é realmente preocupante. Ainda assim a resenha tá ótima e esse pode ser um livro a se considerar ler futuramente ;)
ResponderExcluirOi, Maira! Quando li que você falou que a narrativa é lenta e a escrita é massante já perdi a vontade de ler :/ ! Gosto de livros que sejam bons mas que a narrativa seja boa também! É uma pena, pois queria conhecer um pouco mais dessa história.
ResponderExcluirProvavelmente a linguagem também afetaria a minha leitura, mas sou tão fascinada por livros assim, não descarto a possibilidade de leitura.
ResponderExcluirPoxa, que pena que o livro se torna um pouco cansativo por causa do português formal que eles usam, mas acredito que a leitura vale a pena sim. Tem um tempo que quero ler porque adoro histórias que envolvem outras épocas de nossa história.
ResponderExcluirEu já amo essas histórias antigas e que envolvem Santo Graal,Cavaleiros da Távola Redonda.... E ainda mais quando estão recheados de aventura!
ResponderExcluirSaber que foi adaptação da versão original já faz com que o livro seja outro patamar.
Olá Maíra! Como não estamos acostumados com uma linguagem tão formal a leitura deve ser difícil mesmo. Muito instigante mais uma aventura do Reino de Camelot. Esse mundo mágico inserido na história é algo que incentiva o leitor a ler o livro e conhecer mais sobre aquela época e as batalhas épicas. Beijos
ResponderExcluirMaíra!
ResponderExcluirGosto muito das histórias que giram em torno do Rei Artur e da Távola Redonda.
Uma pena que a escrita seja cansativa, tornando a leitura mais lenta, porém diante de tanta história, não dá para deixar de ler.
Desejo que a semana seja abençoado!
“Nunca sei se quero descansar porque estou realmente cansada, ou se quero descansar para desistir. “ (Clarice Lispector)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA JUNHO - 5 GANHADORES
BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
Olá Maíra!
ResponderExcluirFaz tanto tempo que não leio livros do gênero, mto msm...
Vou anotar esse livro na listinha, quem sabe eu consiga ler em breve e voltar á ler o gênero, eu gosto tanto...
Bjs!
Olá! Ta aí um personagem que eu não vou muito com a cara, embora goste bastante de todo o universo no qual ele está inserido, não curto muito o Arthur não, esse parece ser um livro interessante, uma pena que a linguagem seja cansativa.
ResponderExcluirEu até que aprecio muito os livros que são releituras e homenagens ao Rei Arthur Mas sinceramente não fiquei tão interessada em ler esse livro não sei dizer ao certo o motivo mas algo não conseguiu atrair a minha atenção
ResponderExcluirOlá Maíra,
ResponderExcluirAinda não conhecia esse livro, mas fiquei meio desanimada por questão da linguagem dele ser cansativa. Já abandonei livros por causa disso.
Gosto muito de estórias relacionada com o rei Artur e a Távola Redonda, mas não sei se vou dar uma chance pra esse.
Olá. Acho que esse seria um livro que eu não consideraria ler, por conta da linguagem cansativa eu acabaria desistindo ou demorando muuuuito para terminar.
ResponderExcluirEu li há muitos anos, adorei !!!! Acredito que a linguagem formal utilizada na narrativa deu-se para recriar o cotidiano da época e assim tornar o mais próximo possível daquela realidade. Na época em que li, explorei muitas literaturas a respeito e, A Demanda do Santo Graal para mim, é a mais apaixonante !
ResponderExcluir