A Irmã da Pérola - Lucinda Riley

31 de janeiro de 2018

Título: A Irmã da Pérola - As Sete Irmãs, 4
Autor: Lucinda Riley
Páginas: 518
Ano: 2017
Editora: Arqueiro
Gênero: Romance
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:  
Sinopse: Ceci D’Aplièse sempre se sentiu um peixe fora d’água. Após a morte do pai adotivo e o distanciamento de sua adorada irmã Estrela, ela de repente se percebe mais sozinha do que nunca. Depois de abandonar a faculdade, decide deixar sua vida sem sentido em Londres e desvendar o mistério por trás de suas origens. As únicas pistas que tem são uma fotografia em preto e branco e o nome de uma das primeiras exploradoras da Austrália, que viveu no país mais de um século antes. A caminho de Sydney, Ceci faz uma parada no único local em que já se sentiu verdadeiramente em paz consigo mesma: as deslumbrantes praias de Krabi, na Tailândia. Lá, em meio aos mochileiros e aos festejos de fim de ano, conhece o misterioso Ace, um homem tão solitário quanto ela e o primeiro de muitos novos amigos que irão ajudá-la em sua jornada. Ao chegar às escaldantes planícies australianas, algo dentro de Ceci responde à energia do local. À medida que chega mais perto de descobrir a verdade sobre seus antepassados, ela começa a perceber que afinal talvez seja possível encontrar nesse continente desconhecido aquilo que sempre procurou sem sucesso: a sensação de pertencer a algum lugar.

Resenha:

De todos os quatro volumes (lançados e lidos) da série As Sete Irmãs, o quarto foi com certeza o que mais me surpreendeu. A Irmã da Pérola conta a historia de Ceci, a quarta irmã, aquela que é a outra metade da Estrela, que sempre fala por ela é vive pelas duas. Apesar de também começar com a lembrança de Ceci do momento em que ficou sabendo da morte de seu pai, ela não revisita os acontecimentos posteriores. A história começa no momento em que a de Estrela acaba. Tudo que Ceci fazia enquanto Estrela descobria sua origem não é abordado, é apenas citado por ela, sem entrar em detalhes. Isso me surpreendeu muito, começou de um ponto diferente das outras irmãs. Mas não foi o fato mais surpreendente.

Acontece que, ao começar A Irmã da Pérola, já temos uma ideia pré-concebida da personalidade de Ceci, afinal ela aparece muito junto da Estrela, que fala muito sobre o que ela vê da irmã. Mas aí é que tá o x da questão. Essa ideia que começamos é apenas a visão de Estrela da história. Achamos que Ceci é toda destemida, decidida, firme, rebelde e artista, mas por dentro ela não se sente nada disso. E é nas primeiras palavras deste livro que vemos como a visão que temos das outras pessoas pode ser completamente diferente da maneira como ela se sente por dentro. Ao longo das páginas, a Ceci que eu imaginava que existia foi sendo desconstruída bem à minha frente, dando lugar à uma mulher solitária, insegura e muito perdida dentro de suas próprias aspirações. Ela perdeu completamente o chão no momento que Estrela decidiu se mudar para a “nova família” e ficou com seu presente e seu futuro indefinidos bem diante dos seus olhos.

Tudo o que ela queria era sumir. Então, coloca os itens mais necessários dentro de uma mochila, tranca a porta de seu apartamento e Londres e decidir viajar até a Austrália, para aquietar seu espírito aventureiro, que pulsava por seguir, e para tentar descobrir sobre sua família. No caminho, ela faz uma parada no paraíso da Tailândia para ter um momento com ela mesma, mas as recordações dos momentos felizes que passou com sua irmã ali a lembram constantemente de tudo que havia perdido. Apesar de ter uma certa tendência para desistir das coisas (a faculdade é um exemplo), ela sabia que da busca pela verdade ela não poderia escapar. E ao longo dessa jornada ela descobre sobre o sangue que corre em suas veias e também descobre sobre ela mesma.

Assim como nos outros livros, a história de Ceci começa com uma mulher forte, determinada e à frente de seu tempo (alguns diriam fora da margem) que se envolve em um grande amor. Nesse volume, conhecemos Kitty McBride, uma escocesa filha de um pastor que se muda para a Austrália e lá passa por várias situações que a mostram a imensidão do mundo e como os problemas e questões vão muito além do limite de nossas casas. Me envolvi muito com as duas histórias e confesso que a vontade de conhecer a Austrália até apareceu dentro de mim.

O caminho percorrido por Ceci foi muito mais agitado e conturbado que o de suas irmãs e talvez por isso eu tenha me envolvido mais com ambas as histórias contadas, sem preferir uma à outra. Acho que acabei me acostumando com toda essa questão de troca de tempos. Me identifiquei com vários questionamentos que ela passou e isso tornou o livro mais real para mim. Além disso, ele foi o menos repetitivo de todos, uma vez que Lucinda Riley conseguiu transmitir todas as informações a respeito da adoção delas, da morte de Pa Salt e da leitura das cartas com outra dinâmica. Todos os elementos estavam presentes, mas de maneira mais sutil. Acho que estou inclinada a dizer que esse é um dos meus preferidos, apesar de cada um despertar emoções diferentes. É muito difícil não gostar das Irmãs D’Aplièse e desafio todos vocês e tentarem.
"Pela graça de Deus, sou o que sou"

8 comentários

  1. Só li o primeiro livro desta série das irmãs e não vejo a hora de poder conferir os demais livros.
    As letras de Lucinda são incríveis e esta mania gostosa de misturar passado e presente é algo que só a autora consegue fazer com maestria.
    Acredito que este livro seja também uma chance da gente se jogar na nossa estrada, de analisar realmente se nossa casca é tão forte quanto pensamos.
    Uma jornada de descobertas!
    Lerei com certeza.
    Beijo

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  2. Olá Maíra!
    Cada vez mais me interesso por essa série, estou apaixonada pelas resenhas que acompanho, só me instigam á qrer ler os livros, as capas e os enredos parecem cada vez melhor tbm, espero conseguir ler em breve!
    Bjs!

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  3. fico feliz em saber que não era so a Estrela que se sentia meio perdida sem a Ceci e gostei de ver que isso acontece com a Ceci tbm. Estou muito curiosa para conhecer essa série, e pelo jeito realmente não tem como não gostar dessas irmãs hahah Cada resenha sua sobre essa série desperta ainda mais minha vontade de ler ela, quero muito conhecer mais a fundo a história de todas e saber porque a História de Ceci foi mais conturbada que as outras.

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  4. Eu fiquei muito interessado em ver essa série quando eu ouvi falar no lançamento dela mas no primeiro livro eu achei ele inchado e parado e acabei desistindo só que eu fiquei muito interessada em ler o terceiro livro da série então acho que eu vou retomar a leitura

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  5. Pretendo ler esta série As Sete Irmãs. Pela sua resenha a história de A Irmã da Pérola parece ser muito boa, que legal que o livro acabou se tornando mais real para você, e que todos os elementos estavam presentes, mas de maneira mais sutil. Pretendo ler esta série em breve.

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  6. Maíra!
    Para mim é uma das melhores escritoras contemporâneas e li apenas esse livro dessa série.
    Gosto demais porque ela sempre escreve duas histórias dentro de uma, a do passado e a do presente, acho fenomenal.
    Sem contar que a descrição dos cenários, é minuciosa, cheia de detalhes e acabamos viajando para o loval dos eventos.
    Fantástico!
    “Que o novo ano que se inicia seja repleto de felicidades e conquistas. Feliz ano novo!” (Desconhecido)
    cheirinhos
    Rudy
    1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!

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  7. Oi, Maíra.

    Nessa viagem em busca pelo passado, por suas raízes, a Ceci também teve a oportunidade de conhecer algo mais.

    Além disso, o livro pode nos mostrar e falar um pouco sobre a questão da religião, de como ela é imposta.

    Foi a impressão que eu tive. Não sei se é realmente isso.

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  8. Sinto muita vontade de ler essa série. Acho incrível a história que a autora criou.
    Que bacana que esse livro foi o menos repetitivo, e foi se tornando mais real.

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