Autor: John Boyne
Páginas: 320
Ano: 2017
Editora: Seguinte
Gênero: Ficção
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:
Sinopse: Bruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus. Também não faz ideia que seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos que sua família está envolvida no conflito. Na verdade, Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e a mudar-se para uma região desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e para além dela centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com frio na barriga. Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel, um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as atividades de seu pai. O menino do pijama listrado é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável. Esta edição de luxo, que comemora os dez anos de lançamento da obra, traz uma introdução inédita do autor e ilustrações do premiado artista Oliver Jeffers.
Resenha:
Bruno é o nosso narrador, ele tem apenas nove anos e vive
uma existência tranquila numa casa muito bonita de cinco andares junto com os
pais e a irmã mais velha Gretel em Berlim. Levava uma vida comum para sua
idade, possuía três amigos inseparáveis Karl, Daniel e Martin, juntos eles adoravam
elaborar planos e realizar muitas traquinagens.
Um dia ao chegar da escola surpreende-se ao encontrar Maria,
a governanta da casa, arrumando suas roupas dentro de caixotes de madeira. Sua família
teria que se mudar para um novo local chamado Haja-Vista. O garoto fica
extremamente descontente, pois assim não ficara mais perto dos avós que moram
pertinho, não teria mais a companhia dos seus melhores amigos para brincar, não
poderia mais explorar todos os recantos de sua casa e tampouco descer no
corrimão que vinha desde o andar mais alto até o térreo. Desconsolado ele tenta
remover toda a família da ideia da mudança, porém é calado com o discurso que
toda mudança era proveniente do importante trabalho que seu pai realizava, e que
estava sendo requisitado em outro lugar por um homem muito importante conhecido
com “Fúria”.
Seu mal estar só cresce quando chega em sua nova moradia. Tudo
é completamente diferente do que ele estava habituado. A casa era pequena,
isolada, não possuía ruas com casas grandes, gente para conversar, lojas para
entrar, bancas de comida com seus cheiros e cores e muito menos lugares
interessantes para explorar. Ninguém parece feliz naquele lugar angustiante.
Nem a paisagem que dava para seu quarto ajudava, de lá ele podia avistar uma
grande cerca que envolvia toda a casa e se estendia para todos os lados. Sobre
a cerca grandes rolos de arame farpado e no chão repleto de lama, cabanas e
prédios pequenos, repletos de pessoas perambulando a esmo, imundas, enfiadas no
que parecia ser um pijama cinza listrado com um boné cinza listrado em suas
cabeças.
“E um pensamento final passou pela cabeça de seu irmão, enquanto ele observava as centenas de pessoas na distância prosseguindo com seus assuntos, e era o fato de que todos eles – os meninos pequenos, os meninos grandes, os pais, os avôs, os tios, as pessoas que vivem sozinhas nas ruas da vida e não parecem ter parentes – usavam as mesmas roupas: um conjunto de pijama cinza listrado com um boné cinza listrado na cabeça. “Que coisa incrível”, ele murmurou, antes de se voltar para o outro lado.”
Bruno passa um bom tempo sem soltar sua imaginação, resoluto
que naquele local esquecido do mundo, nada era interessante ou digno de ser explorado.
Mas com a curiosidade típica de uma criança de nove anos, ele começa a caminhar
pelo local, bem junto a cerca e acaba fazendo uma amizade bem inusitada. Ele
conhece um menino chamado Shmuel e uma amizade pueril entre duas almas que não
conhecem barreiras de cor, raça, sexo ou religião nasce de maneira genuína, mas
sem direito a um final feliz.
“- E se eu também tivesse um par de pijamas listrados? Aí eu poderia passar para o seu lado e fazer uma visita, sem que ninguém percebesse. - Acha mesmo? Faria isso? - É claro. Seria uma grande aventura. Nossa última aventura."
Com um olhar infantil o autor John Boyne mostra ao leitor os
terrores da Segunda Guerra Mundial e o campo de concentração nazista em
Auschwitz. Claro que as atrocidades acontecidas dentro desse local não são
exploradas de maneira mais enérgica, são leves pinceladas de todo o horror
sofrido pelos judeus na área de extermínio.
"Tenho mais uma frase para você aprender. É a seguinte: temos que procurar fazer o melhor de uma situação ruim."
A narrativa é pungente e deixa uma clara mensagem de que
devemos nos voltar contra qualquer tipo de preconceito, devemos nos tratar como
igual, sempre respeitando as diferenças. Num linguajar simples, o autor mostra
que a criança não descrimina, o homem é quem ensina a descriminação e a
intolerância.
"Uma coisa é certa: ficar se sentindo miserável não tornará as coisas mais alegres."
A nova edição comemorativa lançada pela editora Seguinte
dispensa comentários. Em capa dura, com lindas ilustrações é uma edição de
colecionador. Tudo no livro está perfeito e John Boyne mostra que tem um grande
talento em transformar palavras singelas em força impulsionadora para
transformação.
“Você é o meu melhor amigo, Shmuel”, disse ele. “Meu melhor amigo para a vida toda.”
Gosto muito de livros que falem de Segunda Guerra ou qualquer Guerra, mas essa é a que sempre mais deixa aquele impacto pelas coisas ruins que teve. E ver algumas dessas coisas pelos olhos de uma criança deve dar um negócio na gente. Tem ali uma inocência e um horror que já me deixam com um aperto no peito só de pensar. Mas parece ser um livro muito bonito pela mensagem que deixa, por mostrar que não existe isso de diferença, que no final somos todos humanos. É bonito e mesmo mostrando uma das piores épocas parece um livro que deixa um aprendizado por retratar um pouco disso. Um tipo de alerta até.
ResponderExcluirGostaria de ler alguma hora e essa edição é muito linda, arrasaram ^^
Olá Nádya! Eu já li a obra e ela fez com que eu esgotasse meu estoque de lágrimas. Sou fascinada pela Segunda Guerra (só pra constar não sou neonazista não tá gente, Hitler e seus seguidores foram uns monstros) e esse livro é um dos melhores sobre o tema que já li. O final é tão emocionante, Bruno e Shmuel foram amigos até o fim. Como não amar esse edição de luxo com essas ilustrações maravilhosas? Já quero. Beijos
ResponderExcluirOi Nádya.
ResponderExcluirJá li esse livro e gostei bastante. Mas, confesso que gostei mais do filme.
Achei que faltou um pouco de profundidade no livro, mas isso se deve a narrativa sob ótica do Bruno.
Pra falar a verdade, não gostei muito dessa capa. Parece mais uma história do gênero terror. Gosto mais da original rs
Mas, gostei do fato dela ser de capa dura e das ilustrações.
Bjs
Olá, só assisti ao filme, mas sempre tive curiosidade de ler a obra, agora repaginada com uma capa linda. Como adoro tramas que envolvem acontecimentos históricos, com certeza colocarei o livro na minha listinha de desejados. Beijos.
ResponderExcluirSempre ouvi falar muito desse livro. Assistir ao filme (eu não sei se é fiel) e é uma história incrível, de apertar o coração mais muito boa. Estou tentando ler o livro. Adorei essa edição de aniversário.
ResponderExcluirOlá! Nossa, essa edição está linda! Eu não li esse livro, mas me lembro da edição antiga e essa está muito melhor! Eu assisti ao filme e, embora não devamos julgar um livro pelo filme, eu fiquei muito abalada pela história. Não sei se leria pelo sofrimento que eu senti ao assistir, mas é uma ótima dica.
ResponderExcluirBeijos.
Esse livro é muuuito bom! É um dos livros que mais me emocionaram na vida. E esse livro realmente passa uma mensagem muito linda! Mas a edição que eu tenho não é essa não, fiquei apaixonada por essa edição, já quero ela na minha estante haha
ResponderExcluirBeijos!
Eu sou doida com esse livro! Soube que ser chora horrores nele. E que nos mostra que a pureza das crianças continua a ser uma das melhores coisas nesse mundo.
ResponderExcluirAh! E outra coisa, me lembrou um pouco A Menina que Roubava livros, pelo tema de guerra, nazismo, etc. Esse também é maravilhoso demais e que derramou muitas lágrimas minhas. Beijos
ResponderExcluirOi Nádya.
ResponderExcluirEu sempre tive muita curiosidade em ler o livro O Menino do Pijama Listrado porém meu coração sabe que vai ser o livro triste e que vai doer principalmente pelo fato de que ele Contasse uma história vivida por muitas pessoas que sofreram na Segunda Guerra Mundial e apesar de ter ficado feliz em saber que o outro não retratar isso de forma vivida, ainda é algo que achou que não estou prepara para ler.
Bjs.
Se eu já choro vendo esse filme imagina lendo o livro, qualquer trama que tenha algo a ver com a Segunda Guerra Mundial eu já me interesso, por eu saber que esse será um livro que vai mexer comigo, acho que não estou no momento certo de lê-lo, mas quero muito e assim que eu ver que é a hora certa, vou começar no mesmo dia.
ResponderExcluirBeijos!
Nadya!
ResponderExcluirGosto muito de livros ambientados durante a Guerra porque podemos conhecer uma época que foi catastrófica e não tivemos oportunidade de vivenciar.
Saber uma visão sobre o Holocausto por uma criança de 9 anos deve ser interessante.
Assisti o filme e fiquei encantada, além de ter chorado muito.
Desejo um maravilhoso e florido final de semana!
“Para saber uma verdade qualquer a meu respeito, é preciso que eu passe pelo outro.” (Jean-Paul Sartre)
Cheirinhos
Rudy
Eu já li este livro, e realmente a narrativa deixa a mensagem de que devemos nos voltar contra qualquer tipo de preconceito, e devemos tratar as pessoas como igual e respeitando as diferenças. Esta edição realmente está muito bonita, eu não tinha visto esta edição ainda.
ResponderExcluirMe emocionei muito com a história deste livro, e realmente a história mostra que criança não discrimina, o homem é que ensina a discriminação e a intolerância. Gostei muito de sua resenha.
Oi, Nádya!
ResponderExcluirAinda não li nada do John Boyne, mas sei que seus livros são maravilhosos!! Não leio muito livros que falem sobre o holocausto, mas ainda estou tentada em ler algo desse autor.
Bjoss
Que edição maravilhosa é essa que eu não conhecia?? simplesmente linda! o livro é tocante e marcante, lembro de ter chorado nas ultimas páginas
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirEu não tinha conhecido essa capa do livro do autor, eu já assistir ao filme é para foi muito triste a história. Eu obtenho o livro porém não conseguir ler ele, porque para mim é muito triste a história é ainda espero poder ler.
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