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Título: The Kiss of Deception - Crônicas de Amor e Ódio, 1Autor: Mary E. Pearson
Classificação Etária: +14
Nota:
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Sinopse: Tudo parecia perfeito, um verdadeiro conto de fadas menos para a protagonista dessa história. Morrighan é um reino imerso em tradições, histórias e deveres, e a Primeira Filha da Casa Real, uma garota de 17 anos chamada Lia, decidiu fugir de um casamento arranjado que supostamente selaria a paz entre dois reinos através de uma aliança política. O jovem príncipe escolhido se vê então obrigado a atravessar o continente para encontrá-la a qualquer custo. Mas essa se torna também a missão de um temido assassino. Quem a encontrará primeiro? Quando se vê refugiada em um pequeno vilarejo distante o lugar perfeito para recomeçar ela procura ser uma pessoa comum, se estabelecendo como garçonete, e escondendo sua vida de realeza. O que Lia não sabe, ao conhecer dois misteriosos rapazes recém-chegados ao vilarejo, é que um deles é o príncipe que fora abandonado e está desesperadamente à sua procura, e o outro, um assassino frio e sedutor enviado para dar um fim à sua breve vida. Lia se encontrará perante traições e segredos que vão desvendar um novo mundo ao seu redor. O romance de Mary E. Pearson evoca culturas do nosso mundo e as transpõe para a história de forma magnífica. Através de uma escrita apaixonante e uma convincente narrativa, o primeiro volume das Crônicas de Amor e Ódio é capaz de mudar a nossa concepção entre o bem e o mal e nos fazer repensar todos os estereótipos aos quais estamos condicionados. É um livro sobre a importância da autodescoberta, do amor, e como ele pode nos enganar. Às vezes, nossas mais belas lembranças são histórias distorcidas pelo tempo.
"Eu não era mais uma menina com um sonho. Agora, assim como acontecera com Walther, eu só tinha um desejo crescente e frio por justiça."
A outra pessoa que busca uma vitória pessoal é Lia, a Primeira Filha da Casa Real de Morrighan. Ao contrário do que era de se esperar, ser a Primeira Filha não garante uma vida de regalias nem desejos atendidos. Significa sacrifícios extremos durante todo o percurso, significa, muitas vezes, renunciar a própria personalidade em favor de um bem maior. No caso de Lia o buraco é um pouco mais embaixo, porque ser a Primeira Filha do Reino quer dizer sacrificar seu coração, abandonar tudo que ela conhece para ir morar em um reino desconhecido (Dalbreck), esposa de um príncipe velho e gordo que ela nunca viu na vida. Essa era a tradição e devia ser respeitada. Era assim desde a primeira Primeira Filha e continuaria assim para sempre. Em Morrighan, as tradições eram mais importantes que tudo, até mesmo mais que a família.
Só que Lia não pensa assim, ela já está de saco cheio dessas tradições que, para ela, não fazem sentido. Ela foi submissa desde que era criança e agora seu único sonho, de ser livre, seria ofuscado pelo seu belíssimo Kavah de casamento. Seria, se ela não tivesse tido a brilhante ideia de fugir. Com a ajuda de sua melhor amiga Pauline, ela foge no dia do seu casamento e deixa um princípe plantado no altar e duas famílias bem bravas para trás. Mas ela não estava nem aí para isso, estava decidida a não ser um soldado no exército de seu pai e muito corajosamente cavalgou em busca de um recomeço.
Esse recomeço que ela tanto almejava trouxe algumas consequências que até ela não previra. O príncipe, abandonado no altar, sai escondido atrás de Lia para a encontrar porque lá no fundo, ele estava era com inveja dela ter tido a coragem de fugir antes dele e queria ver o que ela tinha e ele não (cá para nós, nessa altura todos nós achamos que o problema está na palavra coragem mesmo). Paralela a essa empreitada do príncipe, o grande Komizar de Venda, o reino inimigo de Morrighan, viu nessa fuga da princesa uma oportunidade perfeita para eliminar um problema e contrata um assassino para matá-la.
Eis que um tempo, e muitas falsas pistas, depois os três se encontram cara a cara. O grande x da questão (e o ponto que a autora foi incrível) é que não sabemos o nome do assassino nem o do príncipe, de modo que quando eles se apresentam para Lia, como Rafe e Kaden, ficamos sem saber quem é quem. Temos conhecimento apenas de que os dois sabem que ela é a princesa e que ela não faz nem ideia de quem são eles (que também são estranhos entre si). A partir daí, os três vão se envolvendo mais e mais e nossa cabeça começa a dar voltas para tentar descobrir qual dos dois é o assassino e qual é o príncipe.
Mesmo com todas as reviravoltas que acontecem, Lia se mantém firme e sensata provando mais uma vez sua força e sua independência. Ela sabe se defender sozinha e tem a plena consciência de que não precisa que ninguém faça isso por ela. Ao contrário de muitas protagonistas, ela não fica se culpando por tudo que acontece no mundo e vai atrás dos seu sonho por ela mesma. Ela sempre teve uma opinião própria e nunca fez questão nenhuma de esconder isso de ninguém, o que a trouxe mais inimizades do que esperava. Por ser muito impulsiva, suas ações geram consequências imprevisíveis e dificilmente irremediáveis, mas ela sabe que não adianta ficar chorando pelo leite derramado, precisa levantar a cabeça e seguir em frente para evitar que mais coisas ruins aconteçam por causa de uma decisão tomadas as pressas e por impulso.
"No recanto mais longínquo, eu encontrarei você."
Mary E. Pearson é uma escritora fantástica que conseguiu desenvolver uma história extremamente rica de uma forma muito escondida. Desde a primeira página dá para perceber que ela é o tipo de escritora que vai liberando as informações aos poucos, vai guardando algumas coisas em segredo para que o leitor fique preso na história. Com o desenrolar da trama ela vai soltando no ar determinados elementos que precisam de muita atenção para serem associados à informações já ditas e se você conseguir ligar todos os pontos tudo fica mais claro.
A história é sutil e o desenrolar dela acontece de forma natural. A mitologia não é forçada em cima dos leitores nem é algo à parte da trama, ela está presente nas características dos personagens e muitas vezes é ela que guia as ações de cada um, provando a devoção e o respeito às tradições que Lia tanto critica no começo. Além de tudo, os personagens são muito bem construídos, são sólidos e mesmo quando ainda não sabemos quem é quem dá para notar as particularidades de cada um e as características que os definem. Apesar disso, não dá para ter 100% de certeza se suas suspeitas estão corretas porque a qualquer momento Mary E. Pearson vem com um diálogo e corta totalmente sua linha de investigação.
The Kiss of Deception é um livro que superou minhas expectativas e com certeza irá superar a de vocês. A dose de comédia é como o resto, sutil, e ação é algo que não vai faltar. Leia com muita atenção todas as nuances e as entrelinhas da história e vai ser ver dentro de outra narrativa, mais ampla e convidativa. Os deuses colocaram essa história no caminho de todos para que possamos decifrá-la, então o que você está esperando?
Nem sei como eu li esse livro, já que, quase não leio o gênero.
ResponderExcluirSó sei que curti muito e também não quis spoilers sobre quem era quem....
Mas meio que deduzi e fiquei feliz por ele ser o mocinho
Acho que tem pouco mais de um mês que essa trilogia ganhou por completo meu coração!!!Só tenho um arrependimento: não ter lido ela antes, já que estava na estante há tempos.
ResponderExcluirLia, Kaden e Rafe me tomaram inteira. Torci, chorei, me emocionei e fiquei brava com muitos acontecimentos!
Sei que li um livro atrás do outro e não sei dizer qual o mais lindo!!!!
Sem contar todos os personagens secundários, importantes demais e necessários demais para todo o desenvolvimento da história!!!
beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Olá Maíra
ResponderExcluirNão é o tipo de leitura que costumo fazer ,mas esse livro sempre me chama a atenção, só não o adquiri porquê dou preferência para os gêneros que realmente gosto
Mas se achar na biblioteca de minha cidade pegaria para ler
Eu tambem sou totalmente a favor de spoilers, vou sempre atrás deles yambem.
ResponderExcluirJá vi alguns elogios a essa série mas eu fui fisgada ppr uma outra e deixei essa para lá.
Porem agora vou poder saber um pouco mais através da sia resenha que foi bem envolvente, até senti vontade de conhecer mais sobre esses 3.
Acho essa edição lindaaa, tenho vontade de ler ele por terem me falando que é enemies to lovers parece muito bom
ResponderExcluirOlá! Realmente esse é aquele tipo de livro que não conseguimos largar, e que precisamos da continuação logo, muitos mistérios, intrigas e suspenses, quando eu li, sabia muito pouco sobre a história, então, foi muito bacana ir descobrindo tudo aos poucos, confesso que não tive êxito em me segurar para bisbilhotar o final (risos).
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