Páginas: 220
Ano: 2015
Editora: wwlivros
Gênero: Fantasia
Adicione: Skoob
Onde Comprar: Amazon
Nota:
Resenha original no blog Delírios Literários da Snow
Sinopse:Resenha:
Marko é um ex-escravo liberto que vaga pelo reino em busca de respostas para uma maldição que o assola. Quando ele se aproxima de uma vila de pescadores dominada por um tirano, ele terá que escolher ignorar ou proteger um povo cujo sofrimento se assemelha ao seu próprio passado.
Numa história grandiosa, contada em duas linhas temporais, Marko e o pequeno garoto Anak'mar terão de enfrentar os mais sórdidos inimigos para obter o desejo mais profundo em seus corações: liberdade.
Mark é um ex-escravo e possui a marca do liberto. Ele está sempre acompanhado do seu fiel amigo, Filip. Os dois, depois de Mark ser capturado, vão para uma vila que foi indicada por um homem chamado Basilio, que ao ouvir Mark tocar, foi conversar com ele.
“- Então é isso – concluiu Henrik, estalando os dedos como se houvesse decifrado uma charada. – Eu sei quem você é, garoto, já ouvi as histórias. Pele negra, viola nas contas, forte senso de justiça... Em Vasgrad, o chamam de A Sombra. ”
“Eu tenho A Marca do Liberto”Ao chegar na vila, eles descobrem que as pessoas entregam parte de tudo que colhem e pescam, para Dom, um homem que impõe suas leis e obrigações sobre aquele povo. Mark, vendo todo o sofrimento daquelas pessoas, resolve ficar e ajudar no que for necessário, incluindo retirar o poder das mãos daquele homem. Porém, ele não sabe o que o aguarda...
Réquiem para a Liberdade é uma história fantástica. Fiquei apaixonada pelo livro e me apeguei ao personagem. Uma das coisas mais interessantes, foi que o autor dividiu o livro. Entre os capítulos, tem os interlúdios, onde são contadas as histórias de Anak'mar, agora chamado de Mark. E isso é muito interessante, porque ao mesmo tempo que estamos no presente, vivenciando aquela história, voltamos no passado para conhecer mais da história do personagem. Foi um dos pontos que mais gostei.
“As pessoas não odeiam Libertos, Anak’mar. Elas têm medo. Escute bem, filho, as pessoas não aceitam que alguém de aparência e costumes tão diferentes como um nagô... sim, você é um nagô e deve se orgulhar disso – completou, ao ver a reação de surpresa do garoto. – Não aceitam que um nagô tenha os mesmos direitos que elas, frequentem os mesmos lugares e usem as mesmas roupas. Por isso, criaram esse medo irracional, sem pensar que do outro lado também há um ser humano.”Um tema muito abordado pelo escritor, até pelo fato de ser um ex-escravo, é o preconceito com o personagem. É um tema bem visível, principalmente nas partes do interlúdio e que o Thiago soube explorar muito bem. Inclusive, teve uma cena que me deixou chocada.
“- Sim. Não é como se A Marca tivesse poderes mágicos. É que se criou esta lenda de que há algo de diferente, de maligno num Liberto. Mais uma forma de justificar os maus tratos que sofremos.”A amizade que o personagem tem com o Filip, também foi algo muito positivo para a história. Eles não se desgrudavam em nenhuma circunstância e em determinados momentos eu duvidei dessa amizade. E o autor usou muito a dúvida, se aconteceu ou não uma traição da amizade e eu gostei disso, porque me prendeu na história.
Mark o tempo todo busca respostas sobre o que é ser um liberto, para descobrir quem ele é de verdade e eu sempre ficava com a sensação de que aquelas descobertas estavam perto e eu sempre queria ler mais para descobrir. Sem falar da busca do personagem pela sua liberdade, que sempre foi podada por ser quem ele é.
Os personagens são muito bem construídos. Mark, por exemplo, tem uma personalidade bem característica, que sempre quer ajudar, tem aquele senso de justiça, corajoso, enfim. Não tem como confundir os personagens porque cada um tem uma característica única e achei isso muito importante.
De um modo geral, a história é incrível. Muito bem contada, o escritor soube criar uma história e um mundo muito interessante, que prende o leitor o tempo todo e ficamos sempre curiosos, tentando imaginar o que vem a seguir. A escrita do Thiago também é muito boa e deixa a leitura mais leve. Ah, o final é maravilhoso e deixa aquele gostinho de quero mais.
Meus sinceros parabéns ao Thiago. Eu amei o livro e espero conseguir ler mais livros do autor.
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