Páginas: 378
Ano: 2015
Editora: Record
Adicione: Skoob
Sinopse: Um thriller psicológico que vai mudar para sempre a maneira como você observa a vida das pessoas ao seu redor.
Todas as manhãs, Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas dágua, pontes e aconchegantes casas.
Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes a quem chama de Jess e Jason , Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess na verdade Megan está desaparecida.
Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos.
Uma narrativa extremamente inteligente e repleta de reviravoltas, A garota No Trem é um thriller digno de Hitchcock a ser compulsivamente devorado.
Resenha: De repente, sua vida se encontra em um verdadeiro caos: alcoólatra, saindo de um relacionamento conturbado, cujo marido manteve um caso e agora se casa com a amante.
Sem um lar, Rachel passa a morar com a amiga Cathy, porém, a vergonha
pelo rumo que sua vida tomou, a obriga a esconder o fato de estar desempregada.
Ou seja, todo dia ela sai de casa, pega o trem e vai para Londres, onde passa o
dia perambulando pela cidade e bebendo nos pubs.
Durante o trajeto, Rachel vê todos os dias a casa onde morou e foi tão feliz
com Tom. Porém, a casa que mais lhe chama a atenção é a de um casal aparentemente muito apaixonado, que ela
deu o nome de Jess e Jason.
Eles formam um par, uma dupla. São felizes, está na cara. São o que eu era. São como Tom e eu éramos, há cinco anos. São o que eu perdi, são tudo o que eu quero ser.
Porém, um dia, enquanto olha para a casa de Jess e Jason, Rachel vê algo
que faz com que ela repense a
sua opinião a respeito do casal. E, alguns dias depois, descobre que Jess, que
na verdade se chama Megan, está desaparecida. Percebe que, na mesma noite em
que Megan sumiu, acordou em sua casa com
um galo na cabeça, a boca sangrando e
com vários machucados pelo corpo. Mas como sempre acontece quando bebe,
não consegue se lembrar de como ficou nesta situação.
... não armazenamos nenhuma lembrança durante essas amnésias alcoólicas. Não há nada a ser lembrado. É, e sempre será, um buraco negro na minha linha do tempo.
Resolve, então, ir à polícia
contar o que viu da janela do trem, antes de Megan desaparecer. Mas, seu
histórico como alcoólatra impede que seja considerada uma testemunha confiável, passando,
inclusive, a ser vista como suspeita.
Sem alternativas, decide tentar descobrir por conta própria o que
aconteceu com Megan, mas, quanto mais ela se envolve neste mistério, mais as coisas vão ficando piores, a ponto de correr risco de vida.
A garota no trem é um thriller psicológico, o que, por si só, já me
conquista. Mas o livro vai além do suspense, nos traz também pitadas de drama.
Com uma narrativa alternada por três mulheres, Rachel, Megan/Jess
e Anna, apresenta o ponto de
vista de cada uma das personagens em capítulos curtos contendo pistas do que
pode ter acontecido com Megan.
Gostei da forma como os
personagens foram apresentados e evoluíram ao longo da historia, me
surpreendendo no final com todos eles.
Rachel é uma personagem que causa
sentimentos ambíguos. Em um momento, você sente pena dela pelo fato de ter
perdido quase tudo e não conseguir mudar o rumo que sua vida está tomando, por
mais que, em alguns momentos, ela realmente tente com afinco, mas, sempre recai
no final. Porem, em outros momentos, percebemos que ela se aproveita deste posição que ocupa para despertar pena, principalmente
em Cathy.
É uma pessoa aparentemente fraca,
que sente a necessidade de receber carinho e vive em um mundo de constante
fantasia. Sua vida é tão sem graça que ela vive através das fantasias que cria
sobre os outros, e, constantemente, quer despertar o interesse masculino, seja
em Tom, a quem nunca deixou de amar,
seja do detetive-inspetor Gaskill, em quem insiste ver gestos de bondade, ou,
até mesmo do marido de Megan, Scott, a quem conhece usando de mentiras e
fantasias, com o intuito de ajudá-lo na busca por Megan.
Percebi que Rachel é uma
mentirosa compulsiva, onde uma mentira leva a outra, até que se vê incapaz de
escapar delas.
Mas, nem por isso deixa de ser
uma personagem fascinante, pois estas muitas facetas em uma mesma mulher faz
com que torçamos por ela durante todo o livro.
Megan é a peça central do livro,
é a partir do seu sumiço que nos damos conta de que nada é como parece. É a
personagem mais forte e marcante do livro, e é ela que une todos os outros
personagens, levando-os a um desfecho surpreendente.
Inicialmente Megan é apresentada
como uma mulher apaixonada, fiel e perfeita, mas, aos poucos, percebemos que assim como Rachel,
ela tem seu lado bom e seu lado mau que nos causa surpresa.
Já Anna, aparenta ser medrosa e
ciumenta, mas, assim com Rachel e Megan, mostra que não é quem aparenta ser e
no fundo também vive uma fantasia em um mundo de mentiras que ameaça ruir a
qualquer momento.
Em breve poderemos prestigiar
essa história fantástica no cinema,pois sua adaptação tem estreia prevista para
novembro e terá Emily Blunt como
Rachel, Rebecca Ferguson no
papel de Anna e Haley Bennett como
Megan. Nos papéis masculinos teremos Justin Theroux como Tom e Luke Evans como Scott.
Recomendo a leitura para quem
gosta de um bom suspense, porém leve, mas com um enfoque para vários dramas do
cotidiano feminino.
Boa leitura!!!!
Minha irmã adorou o livro, está tentando me convencer a ler e agora, com a sua resenha, acho que irei embarcar nele este fim de semana!
ResponderExcluirLeia, Letícia! Vai amar!
ExcluirUm livro diferente com uma pequena pitada de suspense.
Boa leitura! Bjinhus