Páginas:144
Ano: 2016
Editora: Record
Adicione: Skoob
Livro Cedido pela Editora
Sinopse: A Mãe Eterna - Morrer É Um Direito é a história da relação tão enlouquecedora quanto profunda que se estabelece entre uma mãe quase centenária e a filha, que se vê na condição de ser mãe da própria mãe, até o desenlace final. Autora do emocionante Carta ao filho, Betty Milan presenteia o leitor com um romance comovente que aborda grandes questões da atualidade: como suportar a perda dos seres amados? Como enfrentar a velhice extrema? Cabe ao médico vencer a morte e manter o doente indefinidamente vivo? Como humanizar o fim da vida?
Resenha: A mãe eterna - morrer é um direito é um livro de fácil leitura, com capítulos breves e, ao mesmo tempo, profundos. Escritos em forma de diário sem data, cujos personagens principais não são nomeados, trata-se apenas da “mãe” e da “filha”. É narrado em forma de desabafo, onde uma filha que já não pode mais se abrir com a mãe de 98 anos, busca, através da escrita, acalentar seu coração escrevendo pensamentos diários, memórias e reflexões como se estivesse falando para a própria mãe.
Sua vida está num impasse e, consequentemente, a minha também. Para escapar, eu te escrevo, ou melhor, escrevo à mãe que eu tive a que era capaz de me ouvir e me acalentar, a mãe que eu perdi.
A filha relata suas frustrações, alegrias, desapontamentos e
uma infinidade de sentimentos que perpassam por seu ser já um tanto fragilizado
pelo estado em que se encontra sua mãe. Essa mesma mulher que levou uma vida independente, cheia de
energia e amor no casamento, passa a depender da filha não apenas fisicamente,
mas, também, emocionalmente.
O livro descreve, sob o olhar da filha, a luta diária vivida
pela mãe para manter sua independência, apesar de suas perdas: visão, audição, mobilidade. Uma luta regada a
discussões, teimosia, abnegação e, acima de tudo, muito amor!
Ninguém vai embora de uma vez. Várias são as mortes que precedem o fim.Antes de morrer para a filha, você morreu para si mesma repetidamente: ao perder os dentes, ao perder a força do corpo, ao cair... Você só suporta porque já não tem a mesma capacidade de sofrer.
Retrata os sentimentos conflitantes da filha, que se vê abandonada
pelo irmão nessa missão, sendo a única responsável por sua mãe. O amor e a
compaixão entram em guerra... Compaixão para deixá-la ir embora e o amor para
mantê-la a seu lado para sempre!
Quando você diz que quer morrer, eu me digo que seria melhor para você não sofrer. No entanto, procuro silenciar o seu voto.- Quer mesmo um remédio para ir embora? Posso te dar um.Você ouve e se cala. Não sei se eu falo para você se calar ou porque não suporto mais ver o que tempo fez com você.
Velhice, decrepitude, morte...
Há nessas palavras a certeza de fatos que acontecerão na
vida de todos, com exceção de alguns que, por motivos variados, não chegarão á
velhice. E mesmo com essa certeza, elas nos atingem tão fortemente, com golpes
de angústia, medo e negação.
A mãe eterna - morrer
é um direito, traz uma reflexão sobre a vida, o curso
natural das coisas e a morte, mostrando os dois lados da história: a mãe que
finge aceitar o curso da natureza e se diz tranquila para seu fim, mesmo vendo
sua independência e sua dignidade se esvaindo junto aos dias que passam; e a
filha que vai sendo mudada pelo amor por sua mãe e pela situação, se desdobrando
para atender suas necessidades , já não mais se guiando pela razão e sim pela
emoção, onde não contraria aquela que lhe gerou a vida para não criar mais
conflitos e sofrimento para esta mãe.
A autora expõe pensamentos que passam na cabeça de quem vive
situações como essa, mas que, na maioria das vezes, não são faladas por não serem
bem aceitas na sociedade. A filha, apesar do amor incondicional por sua mãe, se
vê em alguns momentos revoltada por ter recebido tamanha missão, tendo que
abrir mão de sua própria vida para ser mãe de sua mãe... Para ela, isso não é
justo, as pessoas não deveriam chegar a esse ponto, poupando assim sofrimento
para ambas as partes. E se pergunta por que os médicos buscam vencer a morte, e
não põem fim a esse sofrimento.
O livro nos permite vivenciar e refletir a cada capítulo,
através dos acontecimentos vividos pelas personagens, a resignação do doente frente ás pequenas
mortes diárias; a revolta dos parentes pela não aceitação da situação; a indignação
por uma mãe se ver abandonada por aqueles a quem deu a vida em um momento em
que mais necessita de atenção, amor e dedicação; o pânico sentido pelos
parentes de também perder o controle das coisas na velhice.
A leitura desse livro fluiu como poucos, li em apenas duas horas, pois não conseguia parar. E não foi
necessário muito drama para me emocionar e chorar inúmeras vezes.
As descrições sobre a
vida, o tempo e a morte me fizeram refletir sobre o quanto é difícil aceitar a perda de alguém, o quão curta é a vida e, num piscar
de olhos, ela já passou, restando apenas memórias dos momentos vividos, das
pessoas que percorreram esse caminho a nosso lado e, acima de tudo, sobre a importância
que damos as pessoas que dividem conosco o maravilhoso agora!
Por isso, valorize a quem ama e viva intensamente cada
momento, tendo a certeza de que deu tudo de si!
Espero que também se emocionem e possam refletir sobre esse
maravilhoso livro.
Boa leitura!
Nossa que triste, eu vi esse livro e fiquei muito tentada a lê-lo, mas só de ler sua resenha já fiquei muito emocionada, pois uns dos maiores medos que tenho nessa vida é o de perder minha mãe. E também, livros que abordam a temática da morte, de como as pessoas lidam com ela, costumam me deixar aos frangalhos. Mas ainda assim quero ler esse livro.
ResponderExcluirBeijos, Hel - Leituras & Gatices
Olá Helena! Apesar do fato deste livro abordar um assunto muito triste e não aceito com muita naturalidade, eu super indico a leitura! É muito interessante para refletirmos sobre tudo o que envolve e nos sensibilizar sobre o valor da vida!
ExcluirEspero que leia e também se sinta tocada por esse livro maravilhoso.
bjinhus
Eu nunca tinha visto esse livro, mas sua resenha me deixou tão curiosa quanto a leitura que já coloquei ele na minha lista. Através das suas palavras dá pra sentir o quanto o livro é emocionante, e uma dor que não desejo a ninguém é a de perder a mãe, parece que junto a gente perde todo o rumo da vida.
ResponderExcluirOlá, Aline! Fico feliz que tenha se interessado! Com certeza foi um dos livros mais intensos que já li! e não vou mentir... é triste e fiquei com o coração apertado depois da leitura, mas me senti grata por ter a oportunidade de lê-lo e refletir sobre os verdadeiros valores da vida!
ExcluirBoa leitura!
bjinhus
Oie
ResponderExcluirEu não conhecia esse livro, me pareceu ser bastante intenso. Lendo a resenha já senti o coração apertado. Nem sei como ficaria lendo um livro tão emocionante e que ainda fala de perdas, mas mesmo assim gostaria de ler.
Parabéns pela resenha, principalmente o final, gostei muito.
bjs
Fernanda
http://pacoteliterario.blogspot.com.br/
Olá, Fernanda!
ExcluirEssa foi a leitura mais breve que já tive e a mais intensa... daquelas que se segura para não chorar o livro todo e aí desaba no final...rsrs
Mas com certeza não há arrependimento nenhum! Falar de perdas nunca é fácil e ainda mais quando envolve um ser tão perfeito quanto as mães!
Mas indico sim a leitura e espero que também se emocione e reflita muito sobre a vida, seus momentos e as pessoas!
Muito obrigada pelos elogios e boa leitura!
bjinhus
Fiquei arrepiada do começo ao fim da tua resenha! Solicitei esse livro à editora e estou contando os minutos para tê-lo em mãos e poder mergulhar na leitura. Eu adorei saber tua opinião sobre ele! Sinto que irei amar essa narrativa também. Adoro enredos sobre relação de mãe e filha; um muito bom, e forte, que li recentemente foi Uma Duas, de Eliane Brum. Fica a indicação :D
ResponderExcluirBeijos!
http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/
Olá Gabrielly!
ExcluirVai lê-lo num piscar de olhos e, com certeza, precisará piscar muito para afastar as lágrimas!
O que achei bastante interessante nesse livro é que ele retrata a relação de mãe e filha, mas não de uma forma de contos de fada, perfeitinha... e, sim, de forma bem realista com todos os seus altos e baixos, suas desavenças e, principalmente, sobre o "não dito", aquilo que pensamos em momentos de raiva mas não ousamos expor... algo tão normal e, ao mesmo tempo, tão escondido.
Espero que curta muito a leitura!
PS: Adoroooo indicações... já está na minha lista de desejados! Obrigada!
Boa leitura! bjinhus
Oiee ^^
ResponderExcluirJá tinha lido uma resenha sobre esse livro antes, mas, por mais que o pessoal esteja gostando do livro, eu não o leria. Não sei se aguentaria a história, sabe? Perdi alguém que era como uma mãe para mim no começo do ano e ainda não superei a perda, e acho que ler o livro só pioraria as coisas :/ Mas fico feliz em saber que você gostou do livro :)
MilkMilks
Olá, Dryh!
ExcluirSuper apoio você em sua decisão! Se não superou e não se sente preparada, não deve lê-lo mesmo! Espere a dor amenizar e, quem sabe, se sinta mais forte para ler livros com esse tema!
Sei que a perda de alguém que amamos não é fácil e te desejo toda a força necessária para enfrentar!
bjinhus e obrigada por suas palavras!
Ooi! Eu achei que iria me interessar pelo livro por causa da capa, mas após ler sua resenha não é exatamente o tipo de livro que procuro é leio, ainda mais pelas personagens não ter seu nome próprio, afastando-me um pouco, sabe?
ResponderExcluirParabéns pela resenha.
Beeijos
Olá, Ruhh!
ExcluirÉ super legal poder ver opiniões diferentes para agregar à nossa!
Referente a "falta de nomes", também achei no início que esse fator me distanciaria da história e do drama envolvido, mas me enganei! me senti tocada da mesma forma... e tive a impressão que isso fez com que me colocasse no lugar da personagem. Pode parecer bobeira, mas foi isso que senti, rsrs.
bjinhus!
Olá Neide!!!
ResponderExcluirEnquanto lia sua resenha sobre esse livro me lembrei da minha vó já falecida, como foi difícil a situação de convivência minha e da minha mãe quando ela chegou há uma idade que não sabia diferenciar nada.
Posso dizer que perder uma pessoa é muito difícil e o pior é quando vemos que ela não é a mesma.
Fomos abandonados pelos meus tios e só a mãe foi responsável até o último dia da minha avó, o livro parece ser simplesmente emocionante e arremeteria a esse momento difícil da minha vida.
Até uma próxima o/
lereliterario.blogspot.com
Olá, Antonia!
ExcluirEu não passei por essa situação ainda, mas com certeza a autora me fez sentir na pele o drama como se estivesse vivenciando!
Essa questão do apoio da família é algo tão revoltante... como assim uma mãe, ser divino e completo, pode ser abandonado em um momento crucial como esse?
Imagino sim a dor de sua família e de tantas outras...
Me senti feliz de poder ler esse livro e refletir mais profundamente sobre os verdadeiros valores da vida, as pessoas que amamos! e sobre o tão valioso AGORA!
bjinhus.
Só de ler sua resenha já fiquei emocionada. Tanto que não sei se conseguiria ler o livro.
ResponderExcluirAchei a premissa mais que interessante, e com certeza deve ser uma leitura incrível, mas fico pensando que não seria uma das leituras mais fáceis - devido a carga de emoção e sentimentos que ela tras.
No momento estou fugindo de leituras mais densas, ou com assuntos que irão mexer demais comigo. Mas vou deixar a dica anotada.
Beijinhos,
Lica
Ola, Lica!
ExcluirVocê expressou muito bem:uma leitura densa e carregada de emoção!
Eu li esse livro num piscar de olhos, não desgrudava os olhos do papel, e, em alguns momentos, precisava sair do transe pra realmente digerir o conteúdo.
Este livro mexeu muito comigo, mas me fez ter ótimas reflexões. E eu decidi tirar o lado bom de lê-lo em vez de me deprimir com o conteúdo da leitura: poder valorizar mais a quem amo e aproveitar todo e qualquer momento.
Bjinhus.
Oie
ResponderExcluiruaua eu já estava curiosa e agora depois da resenha estou mais do que nunca, que belo livro parece ser, será uma das minhas próximas leituras e espero me comover tanto quanto você
Beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/
Olá, Catharina!
ExcluirFico muitoooo feliz de ajudar a aumentar sua lista de desejados, rsrs.
Com certeza será uma leitura profunda e carregada de emoção... e espero que, assim como eu, você possa tirar boas reflexões acerca do assunto.
Bjinhus.